Este sábado é dedicado ao Dia Nacional de Combate ao Câncer
Foto: Bruno Concha/SecomPor Davi Valadares
Instituído pelo Ministério da Saúde em 1988, o Dia Nacional de Combate ao Câncer é lembrado neste sábado (27). O Hospital Aristides Maltez (HAM), único Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) da Bahia, por meio da oncologista Dra. Maria Romilda Maltez, 1ª vice-presidente da Liga Bahiana Contra o Câncer, destacou a passagem do dia e reforçou a importância da prevenção e do diagnóstico precoce das neoplasias malignas.
"O Dia Nacional de Combate ao Câncer foi instituído pelo Ministério da Saúde em 1988 e anualmente reafirma o propósito do Brasil em zelar pela saúde e cuidar dos seus cidadãos, lembrando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce das neoplasias malignas. Muitas pessoas não sabem dessa data. É um dia que faz a gente lembrar da situação do nosso país, do nosso estado e do mundo quanto ao câncer. É extremamente importante na saúde do povo em geral a lembrança desse dia”, destacou Maria Romilda Maltez.
Segundo ainda a oncologista, o HAM assume um papel fundamental quando se fala na saúde da população baiana. O Hospital atende pacientes de todo o estado, estando capacitado para o diagnóstico e tratamento de todos os tipos de câncer. Conforme ela ressalta, são, em média, 3.500 pessoas em suas instalações a cada dia. Somente no primeiro semestre de 2021, a unidade filantrópica 100% SUS registrou 4.263 casos novos de câncer e realizou mais de 2,2 milhões de procedimentos.
“A assistência digna aos pacientes com câncer, especialmente os mais carentes, é o fulcro de nossa instituição desde sempre. Dificuldades e imperfeições, sim, muitas. Mas a chama da caridade e a estrela da filantropia nos guiam pelos caminhos do aperfeiçoamento contínuo e da renovação salutar a bem dos atendidos”. O HAM é quem mais realiza cirurgias oncológicas e aplicações de radioterapia e um dos primeiros em ciclos de quimioterapia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.
Prevenção
Conforme ainda a Dra. Maria Romilda Maltez, é necessário alertar, que, frente à pandemia, em 2020-2021, muitas pessoas deixaram de procurar atendimento médico e, em especial, oncológico. Tal fato gerou uma "demanda reprimida" e os pacientes chegam, agora, ao hospital com a doença em estágios mais avançados da doença, que requerem tratamentos mais complexos. Até 31 de outubro, 8.063 pacientes foram operados em 2021 e este número deve passar dos 9.700 até 31 de dezembro somente no HAM.
“É uma preocupação unânime das instituições que lidam com pacientes com câncer. Aqui no HAM em 2019 foram diagnosticados 9.615 casos de câncer. Em 2020 esse número caiu para 8.517. Ou seja, cerca de quase de mil casos deixaram de ser diagnosticados ou tratados. Isso é um problema, pois quando não se descobre, esse câncer evolui e a chance de cura diminui. Muitos estados não estão preparados para essa demanda reprimida que já está aparecendo e vão continuar a aparecer em 2022”, apontou.
Mama & próstata
Segundo a oncologista, se tratando da Bahia, há dois tipos de câncer mais diagnosticados. No caso dos homens, o câncer de próstata é o tipo de câncer mais comum. Nas mulheres, o câncer mais comum é o de mama. O HAM atende mais da metade de todos os casos de câncer no estado.
“Já diz o ditado popular que ‘antes prevenir do que remediar’. O que a
gente enfatiza é a necessidade da prevenção. Infelizmente nem todos os
casos são evitáveis, mas certamente eles podem ser diagnosticados
precocemente. A principal mensagem é que todas as pessoas fiquem ligadas
na necessidade de prevenção e de diagnóstico precoce. Procure seu
médico com regularidade. Ao contrário do que muitos pensam, os tumores
não doem no seu início. Então faz-se necessário a prevenção”, finalizou.
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