O Risco global da variante Ômicron, detectada na África do Sul, é “muito alto”, alerta a OMS em documento enviado aos governos
Por Leon Ferrari
O risco global da variante Ômicron, detectada na África do Sul, é “muito alto”, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS) em documento enviado aos governos. A entidade destaca que as principais preocupações residem na transmissibilidade, na capacidade de escape imunológico das vacinas existentes e no perfil de gravidade da nova cepa. A depender da resposta a essas dúvidas, a organização internacional aponta que pode haver outro pico da covid-19 com “consequências graves”.
A OMS, porém, destaca que há poucas evidências substanciais sobre a "variante de preocupação", termo usado para designar novas cepas que suscitam maior atenção por parte das autoridades de saúde. Por isso, a entidade diz que a avaliação de risco global por enquanto tem “incerteza considerável” e deve ser atualizada conforme novas informações surgirem.
“A Ômicron tem um número sem precedentes de mutações de pico, algumas das quais são preocupantes por seu impacto potencial na trajetória da pandemia”, destaca o documento. “A evidência preliminar sugere que pode haver um risco aumentado de reinfecção com esta variante, em comparação com outras variantes preocupantes.”
A variante foi identificada pela primeira vez em 24 de novembro, na África do Sul. Segundo a OMS, coincidindo com a detecção, nas últimas semanas, as infecções por covid-19 aumentaram “vertiginosamente” no país.
A entidade destaca que estudos sobre a transmissibilidade, o potencial de escape imunológico, a apresentação clínica, a gravidade e a resposta a outras medidas de prevenção da Ômicron estão sendo feitos. Essas características serão capazes de indicar a possibilidade de um novo pico da pandemia com "consequências graves”.
Somente o potencial de aumentar os casos, independente de de uma mudança na gravidade, já preocupa, avalia a OMS. Isso porque a entidade teme uma “demanda esmagadora” nos sistemas de saúde, que pode levar ao aumento da mortalidade da doença.
Fonte: O Estado de S.Paulo
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