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Finance View traça panorama promissor, transformador e dinâmico do Mundo Open Evento
online que reuniu experts em tecnologia e finanças, mostrou tendências,
desafios e novas oportunidades de negócios que já existem e estão se
transformando cada vez mais São Paulo, setembro de 2021
- O uso de novas tecnologias e soluções na jornada financeira já é uma
realidade que proporciona novos negócios e muda a forma como as pessoas
consomem, mas ainda há muito por vir em termos de conveniência,
praticidade, agilidade, assertividade e colaboração, além de
oportunidades revolucionárias de transações e novos produtos. Esse novo
mundo foi apresentado durante a Finance View, evento 100% online organizado pelo Idea D,
empresa especializada em eventos de conteúdo, que aconteceu nesta
quarta-feira, 29 de setembro, com especialistas das áreas de Finanças e
Tecnologia.
Entre os destaques estão o painel “Pagamento - A capacidade de inovação e aceleração das iniciativas digitais para pagamentos fluídos e sem fricção”,
os painelistas abordaram de que forma o Open Banking deve agregar ainda
mais aos meios de pagamento e de que forma isso será feito. Elaine Shimoda, Head de Inovação em Pagamento do Mercado Pago,
destacou que 40% das compras transacionadas via companhia já são pagas
com sistema de cartão de aproximação, assim como o uso de pagamento por
aplicativo de celular já está em franco crescimento. “A nova fronteira
do Open Banking muda a forma como os pagamentos vão acontecer e farão
uma revolução no mercado, mudando a experiência do cliente”, disse.
De acordo com Thiago Saldanha, CTO da Sinqia,
o Open Banking começou por uma iniciativa regulatória e de
padronização, mas será uma grande oportunidade para todos os bancos
terem novos clientes, novos serviços personalizados, abrindo muitas
possibilidades. “O novo ambiente do Open Banking retira a fricção das
formas de pagamento. É como uma rodovia que será aberta para a criação
de novos produtos, transações e aplicativos que serão cada vez mais
frequentes no dia a dia”, afirmou. No segmento de cartões, as novas
formas de pagamentos podem ser concorrentes, mas ao mesmo tempo trazem
agilidade e inovação. “É uma concorrência saudável para o ecossistema e o
trabalho é feito em conjunto: sobre quaisquer ameaças sofridas pelos
novos modelos podemos atuar como parceiros porque temos know how de uma
indústria tradicional para aportar valor nas transações. Temos
ferramentas, processos e metodologias que podem servir de apoio aos
nossos parceiros”, destacou Edson Ortega, vice-presidente de Risco da Visa do Brasil.
Com
devices na palma da mão para resolver praticamente todas as questões da
vida, os consumidores também querem praticidade e segurança para as
compras e o tema foi analisado no Painel “Embedded Finance -
Varejo e a oferta de serviços financeiros personalizados que fidelizam
clientes e promovem inclusão digital”. “Os fundos de
investimento com marca própria podem trazer mais inclusão financeira,
lembrando que os dois lados, tanto o credor quanto o consumidor, são
importantes na equação para gerar valor agregado e estreitar serviços,
explicou Ricardo Kalichsztein, fundador e CEO da empresa Bom Pra Crédito.
Nesse
contexto, a mudança de mindset traz uma revolução dentro e fora dos
marketplaces. “Temos que ter habilidades para lidar com crediário,
cartões e outros meios de pagamento para trazer empoderamento ao cliente
quando ele começar a usar seus dados no Open Banking. O grande desafio é
acompanhar a jornada e oferecer soluções. Aí entra a arquitetura
tecnológica e sistemas legados para viabilizar esse novo momento. O
embedded finance para instituições financeiras e para o varejo traz
benefícios e engajamento das bases porque agora tudo que foi
verticalizado no passado precisará ser reorganizado para estar em mais
lugares ao mesmo tempo e mais próximos o cliente”, destacou Carlos Leoni, diretor de Cartões, Inovação e Meios de Pagamento da Via. Na opinião de Marcelo Oliveira, diretor executivo do Agi,
serão firmadas bases sólidas pelo regulador desse novo mundo Open com
movimentos na área de investimentos e com a chegada o Open Insurance.
“Haverá mais inclusão, expansão de novos mercados, e o acesso a essa
tecnologia facilita e reduz atritos com uma quebra de assimetria,
modelando o crédito de forma mais inteligente e melhorando a capacidade
de fornecê-lo”, analisou.
Por meio de um case com um produto de cartão de crédito, Breno Costa, diretor de Produtos e Sucesso do Cliente na Neurotech, mostrou como a explosão de dados pode trazer mais assertividade para os negócios. Na apresentação “Data & Analytics- Explosão de Dados: otimizando resultados através de múltiplas fontes”,
ele apresentou o funcionamento do HubScore, um algoritmo de arquitetura
complexa baseado em modelos especialistas e deep learning que, no case
apresentado, foi capaz de calcular o melhor dos cenários para uma
carteira específica. Foram 13% de ganho na performance do modelo de
Credit Score, redução de inadimplência, redução de custos e queda da
inadimplência. O ROI aumentou quatro vezes sem gastos adicionais só
aplicando a metodologia do HubScore”, detalhou Costa. “Nosso negócio é
conectar dados com Inteligência Artificial para prever o futuro com
essas informações, nos propondo a ser o sistema digestivo desse mundo
complexo de dados”, afirmou.
No painel “Open Innovation - Como construir e inovar de forma coletiva e colaborativa no mercado financeiro”, Claudia Ferris, investidora e mentora na BBX,
comentou como empresas mais tradicionais podem se atualizar por meio de
parcerias com startups e que precisam estar abertas às mudanças que não
param. “Se antes as empresas tinham a postura de desacreditar que novos
entrantes pudessem trazer algum tipo de ameaça aos seus negócios, hoje
elas sabem que o mundo atual apresenta muitas opções diferentes de
negócios e relações e elas precisam estar preparadas. A questão cultural
é a etapa mais complicada e é necessário renunciar algumas coisas para
se adaptar ao novo ecossistema”, detalhou ela.
José Martinez Calasans, líder da Vertical Fintech no Cubo do Itaú,
explicou que a inovação aberta foi bastante pivotada durante a pandemia
por toda a necessidade do cenário que se apresentou. “Temos visto
grandes empresas com humildade para conhecer esse novo mundo com pessoas
resolvendo problemas em vários lugares e percebendo que cada vez mais
as startups podem trabalhar muito bem com grandes empresas”, salientou.
Na visão de Juliana Innecco, Head do Torq e Lead do Torq Ventures,
o momento é de grande aprendizado para todos os envolvidos. “As
estratégias estão sendo amadurecidas dentro da evolução aberta. Olhamos o
mercado de startups com olhar de complementação e a aceleração que elas
trazem ao sistema”, disse.
Mundo Open
Classificado como uma nova era para todo o mercado financeiro, o Open Banking foi o tema do Painel “Open Banking - Abrindo as fronteiras dos serviços financeiros para novas experiências e melhores ofertas”. De acordo com Karen Machado, executiva líder no Projeto Open Banking no Banco do Brasil,
além de atender a agenda regulatória, esse novo sistema que está em
fase de implementação e permite o compartilhamento de dados dos
clientes, trazendo novas ofertas de serviços financeiros por meio de
canais digitais próprios e de terceiro para captar clientes, criar
experiências e desenvolver novos negócios, traz grandes desafios. “Para
que opere de forma esperada, é necessária a integração e
interoperabilidade em um cronograma desafiador que teve adiamentos.
Todos os bancos precisam trabalhar juntos porque o sistema precisa da
integração para que se cumpra a missão de melhorar as relações,
experiências e oportunidades”, salientou.
De acordo com Flavio Gaspar, Head de Produtos da Topaz,
além de toda a construção em andamento para implantação do sistema, é
necessário educar a sociedade que vai usar essas tecnologias. “Sabemos
de toda a desigualdade do País com muitos desbancarizados e muita gente
com pouca habilidade e acesso no uso das tecnologias. Quando tudo for
unificado, uma vez que os dados são apresentados com formatos e layouts
diferentes pelas instituições, tanto as pessoas quanto os bancos
precisarão passar por um período de adaptação e de jornada para
conseguir extrair o valor de todas essas informações. A partir daí
começarão a surgir as ofertas coerentes com a realidade de cada
cliente”, salientou.
Hoje o consumidor pode não querer
compartilhar seus dados por desconfiança e preocupação e será preciso
educá-lo a lidar com Open Banking. É o que explica Rogério Melfi, especialista em Novas Plataformas na TecBan.
“Ele vai de fato entrar na jornada quando precisar de crédito ou outro
produto e entender que compartilhando terá produtos adequados ou
vantagens exclusivas”, exemplificou. Para Melfi, é fundamental o
tratamento desses dados para obter resultados. “Muitas campanhas de
bancos trabalham dados internos para criar ofertas adequadas e isso vai
se ampliar exponencialmente. Veremos muitas coisas acontecer, não será
uma entrega imediata, mas após um período de entendimento e adaptação
veremos muita coisa boa”, acredita ele.
Segundo Pedro Begotti, Head de Novos Negócios ABC Brasil,
as regras praticamente estão sendo escritas e experimentadas na
prática, conforme as estruturas estão sendo desenvolvidas. “De tempos em
tempos, após a implantação, será necessário voltar e implementar tudo
que for necessário para ficar mais aderente ao consumidor. Nada será
mais desafiador que o cliente entender e assumir a posição de
protagonista, abrindo seus dados para ter vantagens e melhores
experiências em troca”, destacou.
No painel que veio na sequência, “Open Insurance - Como o compartilhamento de dados pode beneficiar o mercado de seguros e alcançar mais consumidores”, especialistas da área de seguros traçaram algumas perspectivas que a cultura open deve trazer a esse tradicional mercado. Segundo Domingos Monteiro, fundador e presidente da Neurotech,
essa mudança que logo mais aportará no mercado com as regras da
Superintendência de Seguros Privados (Susep) mexe com a indústria como
um todo. “Haverá uma nova onda de empreendimentos e negócios sendo
criados e esse era o objetivo da Susep: aumentar a concorrência e dar
mais opções de escolha ao consumidor. Os grandes players vão se proteger
e os novos vão se posicionar nesse mercado”, destacou ele.
“Fizemos
pesquisas em parceria com a Ipsos sobre a experiência do consumidor que
apontaram que ele tem boa receptividade de ofertas baseadas no seu
histórico e quanto ganha com produtos aderentes do ponto de vista de
cobertura, necessidade de uso e valor. Quanto mais produtos inclusivos,
maior diversificação para o ecossistema e evolução dos processos,
trazendo desburocratização e acesso a mais produtos de seguros”,
explicou Fernando Tassin, gerente de Meios de Pagamento e Tendências na TecBan.
De acordo com Eduardo Guedes, vice-presidente de Tecnologia e Operações na Seguros SURA,
as empresas terão que aprender a gerenciar seus negócios com essa nova
gama de dados. “Com muito mais disponibilização de informação, haverá
mais ofertas de serviços e negócios, mas será necessário reconstruir
suas bases, pensar nas soluções para as dificuldades e em novas
interfaces. Todos terão que se adaptar para usar os dados de forma
unificada e transparente”, ressaltou. Na visão de Rodrigo Ventura, da 88i Seguros,
as oportunidades de novos negócios já estão acontecendo e o Brasil tem
oportunidade de fazer a leitura de experiências open já realizadas em
outros países e se adaptar a esse ambiente regulado. “Através da
tecnologia será promovida a competição e a chegada de novos produtos e
novos serviços para maior inclusão”, destacou.
Na última palestra, o público teve acesso ao conceito que agora é possível monetizar com a produção de seus dados. Segundo André Vellozo fundador da DrumWave, que apresentou a palestra “Data Monetization - Os dados serão a próxima fonte de renda da transformação digital?”,
hoje as pessoas acabam pagando para o processamento de dados no
planeta, mas no futuro será possível às pessoas ter a custódia dos seus
dados e atribuir valores a eles. “A personal data value journey deve
acontecer num prazo de 5 a 10 anos e veremos uma das maiores revoluções
do mundo, com apoio da convergência 5G, criptografia e uso das nuvens
híbridas em escala global. Cada vez mais o consumidor poderá ter a
custódia dos dados e, podendo transportá-los, dar score de valor para
criar métricas. Será possível garantir governança e negócios entre
carteiras de dados”, ressaltou ele sobre o futuro da monetização de
dados.
Regina Crespo, curadora do evento e Diretora da Idea D,
ressalta que o evento foi um grande sucesso com discussões sobre a
realidade e tendências do mercado financeiro. “Todos os painéis e
palestras trouxeram diferentes pontos de vista para um momento de
profundas transformações. O Finance View permitiu uma observação
abrangente sobre os diversos aspectos destas mudanças e as oportunidades
que elas criam. Já estamos pensando na edição de 2022 e nos
desdobramentos das inovações nesse mercado tão pujante”, conclui. Assessoria de Imprensa
DFreire Comunicação e Negócios Debora Freire – F. 11 99976-1165 - debora@dfreire.com.br Luciana Abritta – F. 11 99299-0411 - lucianaabritta@dfreire.com.br |
Evento
online que reuniu experts em tecnologia e finanças, mostrou tendências,
desafios e novas oportunidades de negócios que já existem e estão se
transformando cada vez mais São Paulo, setembro de 2021
- O uso de novas tecnologias e soluções na jornada financeira já é uma
realidade que proporciona novos negócios e muda a forma como as pessoas
consomem, mas ainda há muito por vir em termos de conveniência,
praticidade, agilidade, assertividade e colaboração, além de
oportunidades revolucionárias de transações e novos produtos. Esse novo
mundo foi apresentado durante a Finance View, evento 100% online organizado pelo Idea D,
empresa especializada em eventos de conteúdo, que aconteceu nesta
quarta-feira, 29 de setembro, com especialistas das áreas de Finanças e
Tecnologia.
Entre os destaques estão o painel “Pagamento - A capacidade de inovação e aceleração das iniciativas digitais para pagamentos fluídos e sem fricção”,
os painelistas abordaram de que forma o Open Banking deve agregar ainda
mais aos meios de pagamento e de que forma isso será feito. Elaine Shimoda, Head de Inovação em Pagamento do Mercado Pago,
destacou que 40% das compras transacionadas via companhia já são pagas
com sistema de cartão de aproximação, assim como o uso de pagamento por
aplicativo de celular já está em franco crescimento. “A nova fronteira
do Open Banking muda a forma como os pagamentos vão acontecer e farão
uma revolução no mercado, mudando a experiência do cliente”, disse.
De acordo com Thiago Saldanha, CTO da Sinqia,
o Open Banking começou por uma iniciativa regulatória e de
padronização, mas será uma grande oportunidade para todos os bancos
terem novos clientes, novos serviços personalizados, abrindo muitas
possibilidades. “O novo ambiente do Open Banking retira a fricção das
formas de pagamento. É como uma rodovia que será aberta para a criação
de novos produtos, transações e aplicativos que serão cada vez mais
frequentes no dia a dia”, afirmou. No segmento de cartões, as novas
formas de pagamentos podem ser concorrentes, mas ao mesmo tempo trazem
agilidade e inovação. “É uma concorrência saudável para o ecossistema e o
trabalho é feito em conjunto: sobre quaisquer ameaças sofridas pelos
novos modelos podemos atuar como parceiros porque temos know how de uma
indústria tradicional para aportar valor nas transações. Temos
ferramentas, processos e metodologias que podem servir de apoio aos
nossos parceiros”, destacou Edson Ortega, vice-presidente de Risco da Visa do Brasil.
Com
devices na palma da mão para resolver praticamente todas as questões da
vida, os consumidores também querem praticidade e segurança para as
compras e o tema foi analisado no Painel “Embedded Finance -
Varejo e a oferta de serviços financeiros personalizados que fidelizam
clientes e promovem inclusão digital”. “Os fundos de
investimento com marca própria podem trazer mais inclusão financeira,
lembrando que os dois lados, tanto o credor quanto o consumidor, são
importantes na equação para gerar valor agregado e estreitar serviços,
explicou Ricardo Kalichsztein, fundador e CEO da empresa Bom Pra Crédito.
Nesse
contexto, a mudança de mindset traz uma revolução dentro e fora dos
marketplaces. “Temos que ter habilidades para lidar com crediário,
cartões e outros meios de pagamento para trazer empoderamento ao cliente
quando ele começar a usar seus dados no Open Banking. O grande desafio é
acompanhar a jornada e oferecer soluções. Aí entra a arquitetura
tecnológica e sistemas legados para viabilizar esse novo momento. O
embedded finance para instituições financeiras e para o varejo traz
benefícios e engajamento das bases porque agora tudo que foi
verticalizado no passado precisará ser reorganizado para estar em mais
lugares ao mesmo tempo e mais próximos o cliente”, destacou Carlos Leoni, diretor de Cartões, Inovação e Meios de Pagamento da Via. Na opinião de Marcelo Oliveira, diretor executivo do Agi,
serão firmadas bases sólidas pelo regulador desse novo mundo Open com
movimentos na área de investimentos e com a chegada o Open Insurance.
“Haverá mais inclusão, expansão de novos mercados, e o acesso a essa
tecnologia facilita e reduz atritos com uma quebra de assimetria,
modelando o crédito de forma mais inteligente e melhorando a capacidade
de fornecê-lo”, analisou.
Por meio de um case com um produto de cartão de crédito, Breno Costa, diretor de Produtos e Sucesso do Cliente na Neurotech, mostrou como a explosão de dados pode trazer mais assertividade para os negócios. Na apresentação “Data & Analytics- Explosão de Dados: otimizando resultados através de múltiplas fontes”,
ele apresentou o funcionamento do HubScore, um algoritmo de arquitetura
complexa baseado em modelos especialistas e deep learning que, no case
apresentado, foi capaz de calcular o melhor dos cenários para uma
carteira específica. Foram 13% de ganho na performance do modelo de
Credit Score, redução de inadimplência, redução de custos e queda da
inadimplência. O ROI aumentou quatro vezes sem gastos adicionais só
aplicando a metodologia do HubScore”, detalhou Costa. “Nosso negócio é
conectar dados com Inteligência Artificial para prever o futuro com
essas informações, nos propondo a ser o sistema digestivo desse mundo
complexo de dados”, afirmou.
No painel “Open Innovation - Como construir e inovar de forma coletiva e colaborativa no mercado financeiro”, Claudia Ferris, investidora e mentora na BBX,
comentou como empresas mais tradicionais podem se atualizar por meio de
parcerias com startups e que precisam estar abertas às mudanças que não
param. “Se antes as empresas tinham a postura de desacreditar que novos
entrantes pudessem trazer algum tipo de ameaça aos seus negócios, hoje
elas sabem que o mundo atual apresenta muitas opções diferentes de
negócios e relações e elas precisam estar preparadas. A questão cultural
é a etapa mais complicada e é necessário renunciar algumas coisas para
se adaptar ao novo ecossistema”, detalhou ela.
José Martinez Calasans, líder da Vertical Fintech no Cubo do Itaú,
explicou que a inovação aberta foi bastante pivotada durante a pandemia
por toda a necessidade do cenário que se apresentou. “Temos visto
grandes empresas com humildade para conhecer esse novo mundo com pessoas
resolvendo problemas em vários lugares e percebendo que cada vez mais
as startups podem trabalhar muito bem com grandes empresas”, salientou.
Na visão de Juliana Innecco, Head do Torq e Lead do Torq Ventures,
o momento é de grande aprendizado para todos os envolvidos. “As
estratégias estão sendo amadurecidas dentro da evolução aberta. Olhamos o
mercado de startups com olhar de complementação e a aceleração que elas
trazem ao sistema”, disse.
Mundo Open
Classificado como uma nova era para todo o mercado financeiro, o Open Banking foi o tema do Painel “Open Banking - Abrindo as fronteiras dos serviços financeiros para novas experiências e melhores ofertas”. De acordo com Karen Machado, executiva líder no Projeto Open Banking no Banco do Brasil,
além de atender a agenda regulatória, esse novo sistema que está em
fase de implementação e permite o compartilhamento de dados dos
clientes, trazendo novas ofertas de serviços financeiros por meio de
canais digitais próprios e de terceiro para captar clientes, criar
experiências e desenvolver novos negócios, traz grandes desafios. “Para
que opere de forma esperada, é necessária a integração e
interoperabilidade em um cronograma desafiador que teve adiamentos.
Todos os bancos precisam trabalhar juntos porque o sistema precisa da
integração para que se cumpra a missão de melhorar as relações,
experiências e oportunidades”, salientou.
De acordo com Flavio Gaspar, Head de Produtos da Topaz,
além de toda a construção em andamento para implantação do sistema, é
necessário educar a sociedade que vai usar essas tecnologias. “Sabemos
de toda a desigualdade do País com muitos desbancarizados e muita gente
com pouca habilidade e acesso no uso das tecnologias. Quando tudo for
unificado, uma vez que os dados são apresentados com formatos e layouts
diferentes pelas instituições, tanto as pessoas quanto os bancos
precisarão passar por um período de adaptação e de jornada para
conseguir extrair o valor de todas essas informações. A partir daí
começarão a surgir as ofertas coerentes com a realidade de cada
cliente”, salientou.
Hoje o consumidor pode não querer
compartilhar seus dados por desconfiança e preocupação e será preciso
educá-lo a lidar com Open Banking. É o que explica Rogério Melfi, especialista em Novas Plataformas na TecBan.
“Ele vai de fato entrar na jornada quando precisar de crédito ou outro
produto e entender que compartilhando terá produtos adequados ou
vantagens exclusivas”, exemplificou. Para Melfi, é fundamental o
tratamento desses dados para obter resultados. “Muitas campanhas de
bancos trabalham dados internos para criar ofertas adequadas e isso vai
se ampliar exponencialmente. Veremos muitas coisas acontecer, não será
uma entrega imediata, mas após um período de entendimento e adaptação
veremos muita coisa boa”, acredita ele.
Segundo Pedro Begotti, Head de Novos Negócios ABC Brasil,
as regras praticamente estão sendo escritas e experimentadas na
prática, conforme as estruturas estão sendo desenvolvidas. “De tempos em
tempos, após a implantação, será necessário voltar e implementar tudo
que for necessário para ficar mais aderente ao consumidor. Nada será
mais desafiador que o cliente entender e assumir a posição de
protagonista, abrindo seus dados para ter vantagens e melhores
experiências em troca”, destacou.
No painel que veio na sequência, “Open Insurance - Como o compartilhamento de dados pode beneficiar o mercado de seguros e alcançar mais consumidores”, especialistas da área de seguros traçaram algumas perspectivas que a cultura open deve trazer a esse tradicional mercado. Segundo Domingos Monteiro, fundador e presidente da Neurotech,
essa mudança que logo mais aportará no mercado com as regras da
Superintendência de Seguros Privados (Susep) mexe com a indústria como
um todo. “Haverá uma nova onda de empreendimentos e negócios sendo
criados e esse era o objetivo da Susep: aumentar a concorrência e dar
mais opções de escolha ao consumidor. Os grandes players vão se proteger
e os novos vão se posicionar nesse mercado”, destacou ele.
“Fizemos
pesquisas em parceria com a Ipsos sobre a experiência do consumidor que
apontaram que ele tem boa receptividade de ofertas baseadas no seu
histórico e quanto ganha com produtos aderentes do ponto de vista de
cobertura, necessidade de uso e valor. Quanto mais produtos inclusivos,
maior diversificação para o ecossistema e evolução dos processos,
trazendo desburocratização e acesso a mais produtos de seguros”,
explicou Fernando Tassin, gerente de Meios de Pagamento e Tendências na TecBan.
De acordo com Eduardo Guedes, vice-presidente de Tecnologia e Operações na Seguros SURA,
as empresas terão que aprender a gerenciar seus negócios com essa nova
gama de dados. “Com muito mais disponibilização de informação, haverá
mais ofertas de serviços e negócios, mas será necessário reconstruir
suas bases, pensar nas soluções para as dificuldades e em novas
interfaces. Todos terão que se adaptar para usar os dados de forma
unificada e transparente”, ressaltou. Na visão de Rodrigo Ventura, da 88i Seguros,
as oportunidades de novos negócios já estão acontecendo e o Brasil tem
oportunidade de fazer a leitura de experiências open já realizadas em
outros países e se adaptar a esse ambiente regulado. “Através da
tecnologia será promovida a competição e a chegada de novos produtos e
novos serviços para maior inclusão”, destacou.
Na última palestra, o público teve acesso ao conceito que agora é possível monetizar com a produção de seus dados. Segundo André Vellozo fundador da DrumWave, que apresentou a palestra “Data Monetization - Os dados serão a próxima fonte de renda da transformação digital?”,
hoje as pessoas acabam pagando para o processamento de dados no
planeta, mas no futuro será possível às pessoas ter a custódia dos seus
dados e atribuir valores a eles. “A personal data value journey deve
acontecer num prazo de 5 a 10 anos e veremos uma das maiores revoluções
do mundo, com apoio da convergência 5G, criptografia e uso das nuvens
híbridas em escala global. Cada vez mais o consumidor poderá ter a
custódia dos dados e, podendo transportá-los, dar score de valor para
criar métricas. Será possível garantir governança e negócios entre
carteiras de dados”, ressaltou ele sobre o futuro da monetização de
dados.
Regina Crespo, curadora do evento e Diretora da Idea D,
ressalta que o evento foi um grande sucesso com discussões sobre a
realidade e tendências do mercado financeiro. “Todos os painéis e
palestras trouxeram diferentes pontos de vista para um momento de
profundas transformações. O Finance View permitiu uma observação
abrangente sobre os diversos aspectos destas mudanças e as oportunidades
que elas criam. Já estamos pensando na edição de 2022 e nos
desdobramentos das inovações nesse mercado tão pujante”, conclui. Assessoria de Imprensa
DFreire Comunicação e Negócios Debora Freire – F. 11 99976-1165 - debora@dfreire.com.br Luciana Abritta – F. 11 99299-0411 - lucianaabritta@dfreire.com.br |
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