Atividade
econômica já demonstra sinais de enfraquecimento como resultado, em
parte, das últimas decisões do COPOM de aumentar a taxa de juros básica
da economia
A Confederação Nacional da Indústria (CNI)
considera equivocada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom),
do Banco Central, pela aceleração do ritmo de aumento da taxa básica de
juros (Selic) para 1,50 ponto percentual. “Os
aumentos anteriores da taxa de juros já começaram a ter reflexos na
economia. Percebemos que a atividade econômica dá sinais de
desaquecimento e, nos próximos meses, os efeitos defasados do aumento da
Selic vão continuar contribuindo para desestimular o consumo e
desacelerar a inflação”, avalia o presidente da CNI, Robson Braga de
Andrade. Segundo
ele, com novos aumentos expressivos da Selic, “o Banco Central põe em
risco a recuperação econômica e aumenta a probabilidade de uma recessão
em 2022”. A
decisão pelo sexto aumento expressivo da Selic terá impacto negativo
sobre as condições de crédito para os consumidores e para as empresas,
aumentará o custo do financiamento e desestimulará a demanda. O pé no
freio da economia ocorre em um momento ruim, quando as empresas ainda se
recuperam dos efeitos econômicos da pandemia e o consumo dá sinais de
desaquecimento.
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