Brasileiro é o atleta que mais vezes nadou a prova em 21 segundos
Foto: Satiro Sodré/CBDA
A medalha de bronze conquistada no último sábado (31) por Bruno Fratus na final dos 50 metros (m) livres da Olimpíada de Tóquio (Japão) coroou aquele que é um dos atletas mais regulares da natação mundial. Foi a 91ª vez que o fluminense de 32 anos nadou na marca dos 21 segundos. Segundo a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), ele é o atleta que mais atingiu o tempo na história da prova.
Na final, Fratus
cravou 21s57, ficando somente dois centésimos atrás do francês Florent
Manandou, que levou a prata. O ouro foi conquistado pelo norte-americano
Caeleb Dressel, com 21s07, quebrando o recorde olímpico da prova, que
pertencia ao brasileiro César Cielo (21s30). Ouro nos Jogos de Pequim
(China), em 2008, Cielo segue como recordista mundial, com os 20s91
atingidos no Campeonato Brasileiro de 2009.
Fratus já era
candidato a medalha na prova cinco anos atrás, nos Jogos do Rio de
Janeiro, após o bronze conquistado no Mundial de 2015, em Kazan
(Rússia), mas ficou em sexto lugar. Nos dois Mundiais seguintes,
conquistou a prata. Em 2019, conquistou o ouro dos 50 m livres nos Jogos
Pan-Americanos de Lima (Peru). Resultados que consolidaram o brasileiro
no cenário da disputa mais veloz da natação.
"Antes da prova,
a Mi [Michelle Lenhardt, esposa e treinadora] disse para eu me permitir
ser feliz. Vocês [jornalistas] sabem que tenho uma cobrança muito
grande em cima de mim. Às vezes, meu trabalho psicológico é botar o pé
no freio. Hoje [sábado] eu consegui não me cobrar tanto. Foi incrível",
disse o nadador, que, após receber a medalha, quebrou o protocolo e
correu até a esposa para beijá-la.
"Isso mostra o quanto você
não faz a parada sozinho. Publicamente, queria agradecer dois caras. Um é
o César [Cielo], que mostrou que era possível. No começo da carreira,
se eu não tivesse a oportunidade de treinar e competir tantas vezes com o
que eu acho ser o maior velocista da história, não teria chegado aqui. E
agradecer ao Fernando Scheffer [bronze nos 200 m livre em Tóquio], que
mostrou essa semana que era possível. Várias vezes, quando estava
ansioso eu pensava: o Scheffão fez e você pode fazer também", completou.
A medalha de Fratus foi a 15ª da natação brasileira na história olímpica (uma de ouro, três de prata e 11 de bronze). Com dois pódios em Tóquio, o Brasil melhorou o desempenho em relação aos Jogos do Rio de Janeiro, quando passou em branco nas piscinas.
Fonte: Agência Brasil
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