Não se pode negar que a Audi é uma marca engenhosa. Desde os anos 1930, quando ainda era Auto Union, a fabricante das quatro argolas desenvolvia bólidos surreais para as pistas, como os Type C, com seu imenso motor montado atrás do cockpit, assim como o próprio Quattro, que “obrigou” que todo carro de rali competitivo deveria utilizar tração integral.
Agora ela acaba de revelar o RS Q e-tron Rally Dakar, o protótipo que vai disputar o rali em 2022, a ser disputado na Arábia Saudita entre os dias 2 e 14 de janeiro. O bólido terá conjunto híbrido, que combina o motor de 600 cv utilizado no DTM com uma transmissão elétrica.
Esse conceito de transmissão não é novidade na Audi. A marca das quatro argolas utilizou a caixa elétrica nas 24 Horas de Le Mans e agora levará para o rali. A grande diferença é que, em Le Mans, a prova dura 24 horas com picos de velocidade acima de 350 km/h.
No Dakar, são duas semanas de provas no calor do deserto com etapas de até 800 quilômetros. “É uma distância muito longa. O que estamos tentando fazer nunca foi feito antes. Este é o maior desafio para um sistema de transmissão elétrico”, afirma Andreas Roos, responsável pelo projeto Dakar na Audi Sport.
A transmissão eletrificada conta com baterias de 50 kWh. Ela é alimentada por unidades geradoras instaladas nos eixos do carr<CW35>o, como é feito com o monoposto FE07 da Fórmula E. Assim, a caixa eletrificada funciona como potência extra para o bólido. No entanto, ainda falta uma definição da organização de como o recurso poderá ser aplicado.
O Audi RS Q e-tron Rally Dakar segue o conceito dos protótipos atuais que disputam a prova. Ele conta com grandes ângulos de ataque e saída, conjunto ótico elevado, coletor de ar do tipo snorkel, assim como pneus estepe nas laterais.
No entanto, a Audi também aplicou barbatana na traseira, como nos
protótipos de provas de longa duração, para contribuir com a
estabilidade.
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