sábado, 3 de julho de 2021

Índia decide por carro flex e Brasil deve ganhar com isso

 

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Índia decide por carro flex e Brasil deve ganhar com isso

O governo da Índia se decidiu e ele quer o carro flex. Nitin Gadkari, ministro dos Transportes, confirmou oficialmente que o país usará o etanol como combustível alternativo, seguindo assim o exemplo do Brasil.

Gadkari disse que nos próximos três meses será elaborado um plano nacional para implementação da tecnologia e desde já, convoca a indústria automotiva indiana a apoiar o projeto.

Ele citou marcas como BMW, Mercedes-Benz e Toyota, mas em realidade, muitas outras presentes na Índia conhecem bem o que é um carro movido à etanol. Renault e Nissan, duas das mais populares, também sabem bem disso…

Índia decide por carro flex e Brasil deve ganhar com isso



Para a Índia, no entanto, fabricantes como Maruti-Suzuki e Tata Motors não possuem experiência com o combustível vegetal, mas a tecnologia está disponível com fornecedores como Magneti Marelli e Bosch, por exemplo.

Gadkari revelou ainda que as marcas de motos Bajaj e TVS já iniciaram testes com veículos de duas rodas abastecidos somente com etanol. O ministro fala também em carros abastecidos apenas com o combustível vegetal, porém, o que pode desestimular a indústria.

Aqui, o carro flex resolveu um grande dilema entre ter um veículo à gasolina ou à álcool, unindo os dois num mesmo motor. Desde 2003, os automóveis bicombustíveis dominam a cena brasileira. Isso provavelmente ocorrerá na Índia.

Lá, o consumidor não pensará muito em abastecer com etanol, visto que o preço estimado por litro será o equivalente a 62 rúpias ou R$ 4,15 numa conversão direta. A gasolina custa atualmente 100 rúpias ou R$ 6,70.

Aliás, o plano do governo é exatamente explorar o potencial de produção de etanol da cana-de-açúcar da Índia, que também é um exportador de açúcar, embora não em menos nível que o Brasil, o maior do mundo.

Índia decide por carro flex e Brasil deve ganhar com isso

Contudo, Gadkari mencionou também “arroz, milho e grãos alimentícios”, o que seria má ideia num país extremamente pobre como a Índia.

Com a iniciativa indiana, o Brasil tende a ganhar em vários sentidos. As filiais das montadoras instaladas aqui poderão fornecer a tecnologia para as similares daquele país, assim como os dois governos podem até se aproximar num sentido mais amplo.

O Brasil busca o etanol 2.0, usando o bagaço da cana e esse desenvolvimento pode ser exportado para a Índia. Outro ponto é que, perante as montadoras, o etanol ganha mais importância.

Com a eletrificação, alguns fabricantes já falam em portfólio 100% elétrico, mas com dois países enormes usando etanol, parte deles pode permitir o desenvolvimento de novos motores ou células de combustível para uso com derivado da cana.

[Fonte: Hindustan Times]

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