sábado, 31 de julho de 2021

TSE E LADRÃO NÃO PASSAM RECIBO

 


A frustração dos apoiadores do Presidente Bolsonaro com as “provas” que Sua Excelência disse que iria apresentar na sua polêmica “Live” de 5º feira,29.07.21,de forma alguma afasta a absoluta certeza de que efetivamente as eleições presidenciais de segundo turno em 2014 foram fraudadas,beneficiando a candidata do PT,Dilma Rousseff,em detrimento de Aécio Neves,do PSDB. Mas para que se evite desde logo insinuações ou interpretações maldosas ou errôneas,esclareço desde logo  que não votei em nenhum deles.

Bolsonaro somente conseguiu demonstrar que, efetivamente,através da opinião de peritos, o sistema de votação e apuração dos votos nas urnas e  computadores  do TSE estão “sujeitos” a manipulações fraudulentas.                                                                                                                   

Embora o Presidente não tenha provado material ou documentalmente a alegada fraude eleitoral,há que se convir que esse tipo de prova seria absolutamente impossível de produzir,e qualquer juiz deve saber disso,simplesmente porque a fraude “virtual”foi muito bem feita,não deixando qualquer “rastro”,como se tivesse sido uma pequena porção de vento dentro de uma ventania,”irresgatável”,ou ação de um criminoso que apaga as suas pegadas  deixadas no chão.

Mas há outras maneiras de se provar-se ter havido fraude na apuração do resultado da eleição presidencial de segundo turno em outubro de 2014.

Dentro dos “esquemas” dos quais sempre participou com os governos de esquerda,e que se beneficiou,de 1985 a 2018,o Grupo Globo detinha uma espécie de “monopólio” da Justiça Eleitoral para divulgar em primeira mão pela sua televisão os resultados das eleições periódicas comandadas pelo TSE. E é justamente aí que que iremos encontrar a prova decisiva da fraude eleitoral no segundo turno das eleições presidenciais de 2014.

O “famoso”apresentador William Bonner,da Globo,era o encarregado de anunciar pela televisão os resultados dessa eleição presidencial.

Pois bem,até quase o finalzinho da apuração e divulgação dos votos,o candidato Aécio Neves,do PSDB, estava “dando-de-relho”,bem à frente da candidata do PT,Dilma Rousseff. Mas de repente tudo parou. A eleição “congelou”. Bonner ficou “mudo”. Com “cara-de-bunda”,sem saber que outra cara fazer.

Passados os minutos “necessários”  pelos computadores do TSE,qual não foi a surpresa quando  os resultados da eleição recomeçaram a ser apurados e divulgados,com os computadores em pleno funcionamento ,indicando que Dilma Rousseff estava “emparelhando” com Aécio Neves,para em seguida ultrapassá-lo,sendo reeleita e diplomada pelo TSE,reconduzida à Presidência da República em 1º de janeiro de 2015.

Segundo René Descartes (1596-1650)),filósofo,físico e matemático francês,no seu “Discurso Sobre o Método”,a mais soberba  de todas as provas seria a  EVIDÊNCIA: “Não devemos aceitar nada como realmente  verdadeiro se não se apresentar EVIDENTEMENTE como tal”. 

Tenho para mim, portanto,porque também tenho o direito de julgar,como qualquer juiz,que a eleição presidencial  de 2º Turno em outubro de 2014 foi inequivocamente fraudada,com base nas “evidências” dos  fatos acima narrados.

O estúpido argumento,inclusive da Justiça,segundo o qual  até hoje não surgiram quaisquer “provas” da alegada fraude  eleitoral em outubro de 2014,dá no mesmo que exigir do  ladrão tenha assinado algum recibo relativo ao que roubou.

 

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado e Sociólogo                                                                                                                                          

Uber Moto chega à capital baiana

 


Uber Moto contará com todos os recursos de segurança do app, incluindo os relacionados à Covid-19

Redação
BAHIA.BA 
Foto: Divulgação Uber
Foto: Divulgação Uber

 

A Uber vai expandir e passará a ter também o Uber Moto, uma nova modalidade da plataforma no Brasil, para a cidade de Salvador. Com a novidade, os usuários do app poderão se deslocar pela cidade de motocicleta, por um preço menor do que o do UberX e com a mesma tranquilidade já proporcionada pelos recursos de segurança oferecidos no app da Uber.

Todas as viagens com a Uber – e agora também com Uber Moto – incluem, entre outras medidas, a checagem de apontamentos criminais dos parceiros e dão aos usuários a possibilidade de compartilhar com seus contatos a placa, a identificação do condutor e sua localização no mapa, em tempo real.

Presente em diversas capitais

O Uber Moto foi lançado em novembro de 2020 e já está presente em dez cidades do país. Agora, será expandido para a capital baiana e algumas outras cidades, Manaus, Rio Branco e Campina Grande. Por ser uma novidade, nos primeiros dias o tempo de espera por uma viagem pode oscilar para cima ou para baixo, mas em pouco tempo a tecnologia da Uber possibilita maior equilíbrio entre oferta e demanda.

“As viagens de moto já fazem parte da rotina de muitos brasileiros, então, para que sejamos realmente o app que faz parte do dia a dia das pessoas, era importante que também tivéssemos essa opção”, afirma Silvia Penna, gerente de operações da Uber.

Com a chegada da nova modalidade, entregadores parceiros que usam motocicleta e já estão cadastrados no Uber Eats podem optar por também fazer viagens de Uber Moto. Para dirigir na modalidade, o motociclista parceiro precisa ter CNH com a observação de atividade remunerada (EAR).

Segundo Penna, com mais esse lançamento a plataforma da Uber oferece cada vez mais oportunidades de renda para motociclistas, que podem escolher, para encaixar em sua rotina, a entrega de pedidos de Uber Eats, viagens de Uber Moto e a entregas de itens no Uber Flash Moto , modalidade já disponível em algumas cidades do país.

“O parceiro que já faz entregas de Uber Eats agora poderá optar por fazer viagens de Uber Moto nos momentos em que houver menor demanda de pedidos de refeições, por exemplo.”

Segurança 

As viagens de Uber Moto contarão com uma série de recursos de segurança oferecidos pela plataforma da Uber em todas as viagens, como seguro para acidentes pessoais tanto para usuários quanto para parceiros.

Assim como os entregadores parceiros do Uber Eats, condutores do Uber Moto receberão conteúdo educacional sobre segurança viária, estimulando a direção segura e o respeito às leis de trânsito. Todos os parceiros da Uber também passam por uma checagem de identidade via selfie, e, desde o começo da pandemia, uma selfie adicional verifica o uso de máscara.

A Uber também contratou um especialista para validar um protocolo de prevenção ao coronavírus específico para o Uber Moto. O trabalho foi realizado pelo médico Alexandre Naime Barbosa, que é chefe do Departamento de Infectologia da Unesp e consultor para Covid-19 da Sociedade Brasileira de Infectologia e da Associação Médica Brasileira.

Entre as recomendações que serão informadas aos usuários e parceiros estão a limpeza de mãos e superfícies da moto com álcool em gel, que os usuários levem seus próprios capacetes, ou que capacetes extras sejam higienizados com produtos específicos e usados com toucas higiênicas – que podem ser fornecidas pelos condutores e ter o valor reembolsado pela Uber.

“A Covid-19 é uma doença com alta taxa de transmissibilidade, então elaboramos recomendações com o objetivo de reduzir substancialmente a chance de infecção entre pessoas que usam o serviço”, afirma Barbosa. Ele explica ainda que o uso de máscaras de forma correta segue sendo a medida de prevenção mais efetiva quando a proximidade entre as pessoas é inevitável, como em meios de transporte.

Sobre a Uber

A missão da Uber é criar oportunidade pelo movimento. A empresa iniciou suas operações em 2010 para resolver um problema simples: como conseguir um carro ao toque de um botão? Mais de 15 bilhões de viagens depois, criamos soluções para colocar as pessoas mais perto de onde elas querem estar. Ao mudar a maneira como as pessoas, a comida e as coisas se movem ou se conectam pelas cidades, a Uber é uma plataforma que abre o mundo para novas possibilidades.

BNDES apoia plantio de 7,4 milhões de árvores em Minas Gerais

 


Investimento é de até R$ 27,4 milhões

Agência Brasil
BAHIA.BA 
Foto: CNA/Wenderson Araujo/Trilux
Foto: CNA/Wenderson Araujo/Trilux

 

Por Alana Gandra 

O plantio de 1,48 milhão de metros cúbicos (m³) de madeira de eucalipto, equivalentes a 7,4 milhões de árvores, nos municípios de Grão Mogol, Josenópolis e Padre Carvalho, no norte de Minas Gerais, terá apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de até R$ 27,4 milhões, cerca de 80% do total investido no projeto. O financiamento ocorre no âmbito do BNDES Finem (Financiamento a Empreendimentos).

Segundo a Norflor Empreendimentos Agrícolas, empresa responsável pelo projeto, o plantio trará como impacto ambiental positivo a absorção de mais de 1,8 milhão de toneladas de gás carbônico (CO2) equivalentes, principal componente dos gases de efeito estufa. Esse valor equivale ao carbono lançado na atmosfera por mais de 48 mil automóveis.

O superintendente da área industrial do BNDES, Marcos Rossi, disse nesta sexta-feira (30) que o projeto da Norflor vai contribuir para promover a captura de carbono e consequente redução da disponibilidade de gases causadores do efeito estufa.

Ele destacou que, “adicionalmente, o investimento realizado em municípios de baixa renda e baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), onde a empresa possui participação relevante, é crucial para a redução das desigualdades regionais”.

Florestamento
O programa vai ser realizado em uma área de até 8.500 hectares e prevê a comercialização da madeira de eucalipto daqui a sete anos, tempo estimado para o ciclo completo do plantio.

O processo de florestamento contempla ainda as atividades de reforma e rebrota. A primeira consiste no plantio de novas mudas de eucalipto, clones mais adaptados e produtivos, em terras onde já ocorreram colheitas.

Já a rebrota se caracteriza pelo manejo de uma nova plantação sobre os troncos das árvores que foram cortadas recentemente, esclareceu o BNDES, por meio de sua assessoria de imprensa. De acordo com o banco, mais de 76% do apoio financeiro ao projeto da Norflor estão relacionados a essas duas atividades

A Norflor está sediada em Montes Claros (MG) e tem como principais atividades o desenvolvimento de ativos florestais, comercialização de madeiras, prestação de serviços de gestão florestal e produção e comercialização de carvão vegetal.

Autorização de viagem para menores de 16 anos pode ser feita online

 


Novo procedimento começa a valer na segunda-feira (2)

Agência Brasil
BAHIA.BA 
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

 

A partir de segunda-feira (2), os pais poderão emitir pela internet uma autorização para que seus filhos menores de 16 anos possam viajar sozinhos em voos nacionais.

O novo procedimento foi regulamentado neste ano pela Corregedoria Nacional de Justiça e implementado pelo Colégio Notarial do Brasil, que congrega mais de 9 mil cartórios espalhados pelo país.

Até agora, para que um menor de 16 anos pudesse viajar desacompanhado era necessário preencher um formulário em papel, que deveria ser assinado e ter firma reconhecida em cartório, para depois poder ser apresentado às empresas de transportes.

Agora, a Autorização Eletrônica de Viagem (AEV) permite realizar o procedimento inteiramente online, por meio da plataforma e-Notariado, que dispensa o comparecimento ao cartório para diversos serviços.

Na plataforma, os pais poderão realizar uma videoconferência com o notário, que após confirmar a autorização para a viagem, por prazo ou por trecho apontado. Um QR Code para verificação será então emitido e poderá ser apresentado nos guichês das companhias aéreas pelo celular ou impresso em papel.

Por essa via, a autorização poderá ser cancelada a qualquer momento pelos pais ou responsáveis, e o QR Code deixa de funcionar.

Nesse primeiro momento, a opção pela Autorização Eletrônica de Viagem (AEV) é disponibilizada apenas para as viagens aéreas nacionais. A previsão, contudo, é que a facilidade seja ampliada para voos internacionais e meios rodoviários e hidroviários, embora ainda não haja prazo para a expansão.

Desde 2011 a autorização de viagem para menores pode ser feita extrajudicialmente, diretamente nos cartórios, após uma regulamentação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nos casos mais complexos, com conflito entre os pais, por exemplo, pode ser necessário uma decisão judicial para permitir o embarque.

Inteligência artificial pode desafogar sistema de saúde na pandemia

 


Robô ajuda a fazer triagem de pacientes com covid-19

Agência Brasil
BAHIA.BA 
Foto: Peter Ilicciev/Fiocruz
Foto: Peter Ilicciev/Fiocruz

 

Por Alana Gandra 

Estudo feito em parceria por pesquisadores da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Fundação Getulio Vargas (FGV) e Instituto Laura Fressatto provou que atendimentos feitos com uso de inteligência artificial, por meio do robô Laura Care, ajudaram a desafogar o sistema de saúde durante a pandemia de Covid-19.

O médico Murilo Guedes, pesquisador pós-doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da PUCPR, disse à Agência Brasil que foi desenvolvido um algorítimo de inteligência artificial (IA) que tem a capacidade de fazer a triagem de pacientes com covid-19.

“O paciente entra em contato com a plataforma do robô Laura e digita algumas informações que o robô identifica e interpreta. O paciente tanto pode receber informações, como prevenção, vacinas e orientações sobre covid-19, mas também pode descrever os sintomas [que está sentindo] para o algorítimo”.

A partir da descrição dos sintomas, o algorítimo detecta a gravidade da doença no paciente, disponibilizando as informações para um profissional de saúde. A ferramenta funciona como um pronto atendimento digital, fazendo triagens e encaminhamentos para o atendimento e acompanhamento de pacientes.

Se o paciente é classificado como leve, ele continua em interação com o robô, fazendo atualizações a cada três dias para que sejam tomadas as medidas apropriadas. Se o paciente piora, o robô redireciona o paciente para um teleatendimento com enfermeiro ou médico, para consulta por mensagem ou vídeo.

Segundo Murilo Guedes, a ferramenta permite o atendimento por níveis de cuidado, otimizando o uso inteligente dos recursos e o atendimento imediato do usuário.

Análises
O trabalho analisou atendimentos feitos por essa plataforma a 24,1 mil pessoas, entre julho e outubro de 2020, em três municípios: Curitiba (PR), São Bernardo do Campo (SP) e Catanduva (SP). Desse total, 44,8% dos pacientes foram classificados com sintomas leves de covid-19, 33,6% dos casos foram considerados moderados e apenas 14,2% foram diagnosticados como casos graves da doença.

Segundo os pesquisadores, o atendimento feito com inteligência artificial, ao mesmo tempo que se apresenta como solução para a triagem de pacientes e acompanhamento da evolução dos sintomas da covid-19, faz com que o acesso ao sistema de saúde ocorra de maneira coordenada, contribuindo para não sobrecarregar os hospitais e unidades de pronto atendimento.

Os resultados preliminares de viabilidade dessa tecnologia constam do estudo Covid-19 in Brazil – Preliminary Analysis of Response Supported by Artificial Intelligence in Municipalities, publicado no jornal Frontiers in Digital Health, considerado referência internacional para trabalhos que abordam as intersecções entre saúde e tecnologia.

Eficácia
No momento, os pesquisadores estão executando novos estudos com o robô Laura Care para avaliar a segurança e eficácia desse algorítimo para implementação em mais ampla escala, em nível nacional. “O que a gente ainda precisa fazer, daqui para a frente, é mostrar que a ferramenta tem eficácia na avaliação dela e que ela é segura”. Essa fase nova tem prazo de conclusão prevista em torno de três a seis meses.

Murilo Guedes afirmou que a tecnologia está sendo aplicada em outros contextos, sejam públicos, como sistemas de saúde municipais, ou privados, como seguradoras de saúde. “Ou outras instituições que possam se beneficiar da triagem, usando inteligência artificial para pacientes que procuram pronto atendimento”. Isso se aplica não só para a covid-19, mas para outras doenças.

De acordo com o pesquisador, o objetivo é que a tecnologia seja aplicada em todos os contextos na medicina de urgência e emergência, para triagem de pacientes para pronto atendimento. “O grande objetivo aqui é otimização de recursos em saúde para desafogar as instituições de saúde”, disse o pesquisador da universidade.

Vaquejada de Serrinha é cancelada em razão do decreto estadual


O documento permite a realização de eventos com no máximo 200 pessoas e a festa excede o limite permitido; O evento será realizado em 2022


Tribuna da Bahia, Salvador
30/07/2021 18:48 | Atualizado há 23 horas e 52 minutos

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Foto: Divulgação/Vaquejada de Serrinha

A Vaquejada de Serrinha 2021 foi cancelada, devido o decreto estadual, que permite a realização de eventos com no máximo 200 pessoas. O cancelamento da festa foi anunciado nesta sexta-feira (30), na página oficial do evento no Instagram.

A edição 2021 estava prevista para acontecer entre os dias 01 e 05 de setembro, no Parque Maria do Carmo, em Serrinha. No comunicado, os organizadores do evento afirmam que o número de pessoas excede o permitido em decreto e essa questão inviabiliza a execução da festa. 

O evento foi remarcado para 2022, nos dias 07 a 11 de setembro. Quem efetuou a compra dos ingressos deste ano, devem utilizá-los na próxima edição, isto é, em 2022.

 

CPI da Covid pode quebrar de sigilo de 10 sites


Os requerimentos já estão sendo elaborados e devem ser votados na terça-feira, 3 de agosto, primeiro dia de retorno das sessões após recesso de 15 dias.


Tribuna da Bahia, Salvador
31/07/2021 06:00 | Atualizado há 12 horas e 35 minutos

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Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado

 A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 deve pedir na próxima semana a quebra de sigilo bancário de 10 sites bolsonaristas que divulgam informações falsas sobre a pandemia. A intenção é descobrir quem financia esses sites. Um deles é de grande alcance nacional. Pode entrar na lista, também, um canal do Youtube. 

Os requerimentos já estão sendo elaborados e devem ser votados na terça-feira, 3 de agosto, primeiro dia de retorno das sessões após recesso de 15 dias. Mesmo sem as sessões da CPI, durante esse período de duas semanas a comissão foi dividida em sete núcleos, sendo que um deles apura desinformação (fake news) no âmbito da pandemia. O assunto ‘fake news’ sempre esteve presente na comissão. 

Até o momento, a comissão se dedicou em algumas frentes, como o chamado ‘gabinete paralelo’, formado por pessoas que abasteciam o presidente da República com informações negacionistas sobre a pandemia; e as suspeitas de corrupção na negociação de vacinas. Esta última linha de investigação deve continuar forte nas próximas sessões da comissão, que foi prorrogada e irá até 5 de novembro.  

Entretanto, a CPI pretende investigar mais a fundo a desinformação sobre a covid-19, com publicações falsas sobre vacinas. Esse núcleo terá a colaboração de um delegado da Polícia Federal, e possivelmente de um agente, para investigar influenciadores, parlamentares, sites e canais no Youtube. A CPI, atualmente, conta com o trabalho de três delegados da PF. 

Durante o recesso, o grupo que está apurando desinformação listou 76 perfis, dentre eles 11 parlamentares bolsonaristas. Chegou-se a avaliar a possibilidade de se pedir a quebra de sigilo dos envolvidos, a fim de verificar se receberam recursos públicos enquanto divulgavam informações falsas sobre a pandemia. Mas a estratégia foi alterada, para não atingir pessoa física. No caso desses perfis, houve um trabalho de triagem. Menos de um terço permaneceu na lista, que será entregue ao delegado para que investigue os conteúdos desses perfis nas redes. No caso dos 11 parlamentares que também foram listados, o grupo de trabalho já coletou uma série de informações em seus perfis. 

O gigante da tecnologia Google também está no radar da comissão. Entre os senadores da CPI, há entendimento de que a empresa tem responsabilidade com o conteúdo anunciado via “Google Ads”. Ainda em junho, foi aprovada a convocação de um representante da Google Brasil, assim como do Twitter e Facebook. 

Fonte: Correio Brazilienze

Bolsonaro participa de motociata em Presidente Prudente, neste sábado (31)

 


Bolsonaro registrou o momento nas suas redes sociais, em transmissão ao vivo


Tribuna da Bahia, Salvador
31/07/2021 14:03 | Atualizado há 4 horas e 26 minutos

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Foto: Alan Santos/ PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou, neste sábado (31), de um passeio de motociata com seus apoiadores em Presidente Prudente, localizado no interior de São Paulo. Bolsonaro registrou o momento nas suas redes sociais, em transmissão ao vivo.

O esquema de segurança para a visita do presidente ao estado, resultou em um montante equivalente a R$ 300 mil aos cofres públicos, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo.

Na oportunidade, Bolsonaro voltou a falar indiretamente sobre as eleições de 2022. “Não aceitaremos uma farsa”, disse. 

“O soldado que vai à guerra e tem medo de morrer é um covarde. Jamais temerei alguns homens. A vontade do Brasil é a vontade de Deus e a vontade aqui na terra é a vontade de cada um de vocês”, continuou. 

O Chefe do Executivo ainda falou sobre a reforma ministerial que vem promovendo com a nomeação de Ciro Nogueira (PP-PI), para ocupar a Casa Civil. “Nunca o Brasil teve um time de ministros como, graças a Deus, eu tenho, escolhidos pelo critério técnico e cada vez mais cada um deles vem dizendo a que veio”, completou, antes de a transmissão ao vivo ser encerrada.

Vice-presidente Hamilton Mourão foi aconselhado por aliados a renunciar o cargo

 


Mourão, no entanto, respondeu que ainda não era momento de deixar o governo


Tribuna da Bahia, Salvador
31/07/2021 15:08 | Atualizado há 3 horas e 18 minutos

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Foto: Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) foi aconselhado por um general da reserva próximo a ele,  a renunciar ao cargo. Mourão, no entanto, respondeu que ainda não era momento de deixar o governo. 

O aconselhamento surgiu no início da semana, em razão das declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comparando o político com um cunhado indesejado. 

De acordo com o site CNN, nos próximos dias o vice-presidente terá uma conversa a sós com Bolsonaro para discutirem sobre o assunto e Mourão mostrar a sua insatisfação.

A medida de deixar o governo, entretanto, não era pensado pelo vice, porém nos últimos dias ele começou a pensar na possibilidade. Caso Mourão deixe o posto, a sua vaga deverá ser ocupada por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.

Grupo português visita projetos de fruticultura e Polo Agroindustrial baiano

 


A comitiva visitou a Agrovale, referência em agricultura irrigada e produtividade de cana por hectare, no setor sucroalcooleiro.


Tribuna da Bahia, Salvador
31/07/2021 17:24 | Atualizado há 59 minutos

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Foto: Divulgação

Uma comitiva formada pelo presidente do grupo português Convento Espinheiro, Nuno Camacho, o Cônsul de Portugal, Jorge Fonseca, e liderada pelo vice-governador João Leão, secretário do Planejamento, visitou projetos de fruticultura no Vale do São Francisco e o Polo Agroindustrial e Bioenergético do Médio São Francisco baiano, neste sábado (31). A missão esteve em Juazeiro, Casa Nova e Barra, na Bahia, e também em Petrolina/PE.   

“Mais do que falar dos projetos, gosto de trazer possíveis investidores para ver in loco a transformação que temos feito no Estado. Os projetos de fruticultura são uma maravilha. Estamos produzindo frutas com uma qualidade excepcional no Sertão do São Francisco. Temos ainda o Polo Agroindustrial, um vetor de crescimento da região. E gosto sempre de frisar que a capacitação da população local foi uma das nossas preocupações, por isso, criamos a Fazenda Escola Modelo, que conta com parcerias importantíssimas”, declara Leão. 

A comitiva visitou a Agrovale, referência em agricultura irrigada e produtividade de cana por hectare, no setor sucroalcooleiro. A empresa produz açúcar, etanol e bioeletricidade, no município de Juazeiro. Esteve ainda na fazenda de frutas Corsino e conheceu os projetos experimentais de pera da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). 

Em Barra, o grupo esteve na Fazenda Escola Modelo CEEP Águas. A missão percorreu ainda as fazendas Barra Agropecuária, que está em fase de supressão vegetal e que produzirá soja, milho, feijão e tomate; Euroeste, que investe em um empreendimento agropecuário; e a Desterro, que produzirá grãos. o diretor-geral do Instituto do Patrimônio, Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), João Carlos Oliveira, e o ex-secretário do Turismo do Estado, Fausto Franco, participaram da comitiva.

Guedes quer PEC contra ‘meteoro’ de precatórios

 


Guedes usou a figura de linguagem sem entrar em detalhes porque o desenho de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) ainda está em elaboração.


Tribuna da Bahia, Salvador
31/07/2021 18:03 | Atualizado há 18 minutos

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli

O governo Jair Bolsonaro voltou a discutir mudanças nas regras de pagamento de precatórios (valores devidos a empresas e pessoas físicas após sentença definitiva na Justiça) depois de identificar um crescimento expressivo dessa despesa na elaboração da proposta de Orçamento para 2022.

A elevação nos gastos com precatórios é o que o ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou ontem de "meteoro" que vem de "outros Poderes", segundo apurou o Estadão/Broadcast. Conforme fontes ouvidas pela reportagem, o valor dessas sentenças é calculado entre R$ 80 bilhões e R$ 90 bilhões para 2022 - bem mais do que os R$ 54,75 bilhões previstos no Orçamento deste ano.

O ministro da Economia disse também que o governo precisa disparar um míssil para impedir que o "meteoro" acerte a Terra - neste caso, as finanças da União. O pagamento dos precatórios fica sob o guarda-chuva do teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação, e o governo já tem outras pretensões para o espaço disponível, como a reformulação do Bolsa Família.

Guedes usou a figura de linguagem sem entrar em detalhes porque o desenho de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) ainda está em elaboração. Uma das alternativas pode ser a extensão do prazo para o pagamento de sentenças de maior valor, um mecanismo que já existe hoje na Constituição e poderia ser ampliado para abarcar volume maior de precatórios. As discussões, porém, estão em andamento.

Uma tentativa de atacar a conta elevada dos precatórios foi feita no ano passado, durante a tramitação do Orçamento de 2021, com o objetivo de liberar espaço para lançar o Renda Cidadã, programa social turbinado do governo. Sem sucesso, discutiu-se limitar o pagamento das sentenças a um porcentual da receita corrente líquida.

A proposta, apresentada no Palácio do Alvorada aos líderes da base do governo, foi classificada de "pedalada" por adiar o pagamento de uma dívida da União, repercutiu mal no mercado financeiro e sofreu críticas por prejudicar pessoas e empresas - parte significativa dos precatórios está relacionada a aposentadorias e pensões.

O problema, segundo fontes do governo, é que esse gasto continua subindo em escala explosiva e precisa ser contido com um "freio de arrumação para o seu pagamento". A preocupação agora é construir uma proposta tecnicamente robusta, que afaste a avaliação de que se trata de uma pedalada fiscal para postergar pagamentos e abrir espaço no teto de gastos.

Uma das preocupações é mostrar que essa mudança é necessária independentemente da reformulação do Bolsa Família, embora integrantes da equipe econômica reconheçam, reservadamente, que antes do meteoro "tinha" espaço para o programa social dentro do teto. O próprio presidente Jair Bolsonaro, em tom misterioso, em entrevista no início desta semana, pediu apoio dos congressistas para aprovar uma PEC para resolver o problema do Bolsa Família. A reportagem ouviu cinco integrantes do governo que confirmaram os estudos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Fonte: Estadão Conteúdo

Bahia registra 1.396 novos casos de Covid e mais 33 óbitos

 



Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 1.396 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,1%) e 1.543 recuperados (+0,1%). O boletim epidemiológico deste sábado (31) também registra 33 óbitos. Apesar de as mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram realizados hoje. Dos 1.193.689 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.161.864 já são considerados recuperados, 6.075 encontram-se ativos e 25.750 tiveram óbito confirmado. O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.440.257 casos descartados e 231.634 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste sábado. Na Bahia, 51.423 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Com 6.329.978 vacinados contra o coronavírus (Covid-19) com a primeira dose, dos quais 2.546.390 receberam também a segunda aplicação, e mais 249.583 vacinados com o imunizante de dose única, até as 17 horas deste sábado, a Bahia já vacinou 59,01% da população baiana com 18 anos ou mais (estimada em 11.148.781) com, pelo menos, a primeira dose.

As verdadeiras lições olímpicas

 



Simone Biles é o reflexo da atual sociedade, que enaltece quem chora mais, quem se vitimiza e quem se ofende por tudo. Ana Paula Henkel para a revista Oeste:


Entramos em mais uma Olimpíada. De quatro em quatro anos vivemos, através das lentes dos fotógrafos e das telas de TV, acontecimentos que mexem emocionalmente com milhões de famílias pelo mundo. A torcida por seu país, histórias de superação, derrotas inesperadas, vitórias extraordinárias. Se o mundo dos esportes é fascinante, o dos esportes olímpicos é hipnotizante.

Todo atleta olímpico tem sua história, e ela é única. Caminhos parecidos entre atletas podem até se esbarrar, mas jamais serão iguais. Família, treinamentos, técnicos, escola, relacionamentos, contusões, traumas, tudo tem um peso diferente para cada atleta. É difícil estabelecer certezas nas muitas vias que cada um percorre até chegar a uma Olimpíada, mas é exatamente nas poucas e profundas similaridades entre nós que percebemos que existe algo em comum entre todos os que estão ali.

Como ex-atleta olímpica pelo Brasil em quatro edições dos Jogos, não tenho resposta para as centenas de perguntas que chegam até mim nesta época. Como mencionei, cada história é única, mas creio que posso afirmar uma ou duas coisas sobre esse mundo. Às vezes, assistindo aos Jogos com a família, os filhos perguntam “Como você sabia que isso ia acontecer, que ele erraria?”, “Como você sabia que ela recuperaria?”. A resposta é: não sei. Talvez algo no olhar, na linguagem corporal, alguma intuição por já ter estado lá e saber, na pele, o que pode estar passando naquele momento na cabeça daquele atleta. Todos nós ali já vivemos um turbilhão de emoções: medo, alívio, dor, alegria, decepção, dúvida, entorpecimento pela glória, humilhação pela queda.

Meu primeiro contato com os Jogos Olímpicos, e as emoções que eles podem trazer, foi em 1980, na Olímpiada de Moscou. No interior de Minas, em Lavras, lá estava a menina de 8 anos, aos prantos, assistindo à cerimônia de despedida daqueles Jogos com o inesquecível ursinho Misha, que também derramava uma lágrima numa coreografia feita pelo próprio público nas arquibancadas. Ali foi apenas o começo de um longo namoro e casamento com o esporte. Eu mal podia esperar pela próxima edição, e logo veio a Olimpíada de Los Angeles, em 1984, que nos deu a geração de prata no vôlei masculino num jogo inesquecível contra os donos da casa. Mas aquela Olimpíada me deu muito mais do que o amor necessário para querer defender o Brasil jogando vôlei. Ela me deu Gabriela Andersen. E eu nunca mais fui a mesma.

Assim como as reuniões de família nesta semana para assistir aos eventos esportivos de Tóquio, em 1984 estávamos todos em casa diante da TV para acompanhar a chegada da maratona feminina. Foi quando Gabriela Andersen, da Suíça, entrou no Coliseu de Los Angeles e mudou para sempre minha alma de atleta. Ninguém se lembra quem foi ouro, prata ou bronze naquela prova, mas todos se lembram de Gabriela Andersen.

Os 30 graus centígrados de calor e umidade de agosto em Los Angeles estavam insuportáveis e longe das condições ideais para uma maratona. Além disso, Gabriela, de alguma forma, havia perdido a estação de água no caminho. Muito desidratada, a maratonista entrou no estádio olímpico quase tropeçando nas próprias pernas. Ela se inclinava desajeitadamente para a esquerda e para a direita, cambaleando através das raias da pista. Foi uma visão desesperadora para os espectadores nas arquibancadas e para os espectadores em todo o mundo que seguiam a prova pela TV. Milhares de pessoas assistiam atônitas àquela cena e torciam para que ela não desabasse. Diante daquela imagem emocionante e agonizante, o estádio inteiro, agora de pé, começou a incentivar Gabriela a completar a prova.

Seu marido, Dick Andersen, acompanhava angustiado das arquibancadas, enquanto os oficiais e médicos caminhavam ao lado dela perguntando sobre sua condição. Em entrevistas, Gabriela lembra que essa era a primeira maratona feminina em Olimpíadas e recorda o que dizia a si mesma: “’Tente continuar correndo’. ‘Tente ficar ereta’. Mas meus músculos simplesmente não respondiam e tudo se deteriorou nos últimos 400 metros. Nesse ponto, apenas pensei: ‘Estou na Olimpíada, não pare!’.”

Enquanto ela cambaleava, os gritos de incentivo de milhares de espectadores ficavam cada vez mais altos. “Lembro-me claramente dos aplausos e do barulho. Foi simplesmente incrível. Estava muito alto. Não esperava algo assim. Isso provavelmente me manteve de pé também!” No dia 23 de agosto de 1984, em Los Angeles, depois de 2 horas, 24 minutos e 52 segundos, Gabriela Andersen finalmente alcançou a linha de chegada, caindo nos braços de três médicos que a carregaram para fora da pista.

No mesmo 23 de agosto de 1984, em Minas Gerais, uma menina de 12 anos está quase sem conseguir respirar diante da TV, com os olhos cheios de lágrimas e hipnotizada por aquele momento. Uma única coisa passava pela minha cabeça: “Agora eu entendi”. Eu havia sido engolida pelo verdadeiro espírito olímpico.

Como em toda Olimpíada, um drama marcou Tóquio nesta semana. A superestrela da ginástica e atual campeã olímpica Simone Biles desistiu da competição individual geral dos Jogos para se concentrar em seu “bem-estar mental”. A decisão veio um dia depois que Simone se retirou da final de equipe após uma apresentação bem abaixo do esperado no salto. Ao falar para a imprensa, ela citou sua saúde mental como o motivo. Ao comunicar a saída de sua maior estrela, a federação norte-americana de ginástica disse em um trecho da nota oficial: “Após uma avaliação médica adicional, Simone Biles retirou-se da competição individual geral final. Apoiamos de todo o coração a decisão de Simone e aplaudimos sua bravura em priorizar seu bem-estar. Sua coragem mostra, mais uma vez, por que ela é um modelo para tantos”.

Posso até entender a decisão de Simone. Dramas psicológicos no mundo esportivo, principalmente no universo da alta performance, não são raros. As pressões são muitas, eu sei. Não conheço as condições psicológicas da atleta e o que, de fato, a levou a tomar essa decisão. Posso tranquilamente me solidarizar com suas possíveis batalhas internas, e espero que ela saia desse redemoinho mental que, muitas vezes, pode ser perigoso. Dito isso, meu problema com essa situação é outro.

O primeiro é o fato de que Simone não competia sozinha. Ela fazia parte de uma equipe que dependia dela, que se preparou e treinou durante anos para este momento. Com sua decisão, a atleta não prejudicou apenas o seu caminho. Respeitaria muito mais as suas palavras se elas fossem suportadas com o ônus de uma decisão individual. Simone não fez isso. Depois da performance com notas baixas na qualificação, ela desistiu. A melhor ginasta do elenco dos EUA, uma das atletas olímpicas norte-americanas mais festejadas de todos os tempos, optou por abandonar seu time no meio da final. Suas companheiras de equipe perderam o ouro e terminaram em segundo, atrás da lendária rival na ginástica, a arqui-inimiga Rússia. Medo do fracasso?

Na coletiva, com as companheiras tentando mostrar algum apoio, mas ainda com os olhos arregalados e um pouco perdidos, Simone Biles reclamou que a Olimpíada não foi “divertida” neste ano: “Estes Jogos Olímpicos, eu queria que fossem para mim mesma quando entrei e eu senti que ainda estava fazendo tudo isso para outras pessoas”. Mais tarde, ela disse que é importante “colocar a saúde mental em primeiro lugar” porque, se não o fizer, “você não vai gostar do seu esporte” e reclamou da “pressão” que está sofrendo.

Sinceramente? Não há nada de terrivelmente surpreendente nas razões que ela apresentou. A pressão a que está submetida uma atleta mundialmente famosa em um palco global é bastante pesada, tanto no nível emocional quanto no físico. Não é um crime desistir sob pressão, mas quando isso se tornou algo para ser admirado com profunda reverência? Esse é meu segundo problema em todo esse evento.

Se Simone Biles tivesse desistido da competição em equipe e se desculpado após o fato, com um pouco mais de humildade, talvez o público reagisse de outra maneira e o assunto seria encerrado. É difícil competir em Olimpíadas. Todos nós temos, uma vez ou outra, vontade de desistir de tudo. É por isso que, quando alguém desiste, normalmente balançamos a cabeça e dizemos: “Que pena, sinto muito”, e seguimos em frente com nossa vida.

O problema é que agora somos exortados a não apenas entender por que alguém desiste de algo. Temos de aplaudi-lo por isso. O que torna a história de Simone Biles preocupante não é que a equipe de ginástica feminina teve de se contentar com uma medalha de prata — o que me incomoda é o fato de que a atual mídia e partes da sociedade querem que celebremos a covardia de um soldado ao abandonar seus companheiros no campo de batalha. Poderíamos tranquilamente dizer: “Simone Biles desistiu da Olimpíada, ela está com problemas. Que pena”. Mas o que querem é que digamos: “Simone Biles desistiu. Não estará mais com o time porque ela precisa pensar nela. Que ato corajoso!”.

Não, não, não é corajoso. Pode ser humano, mas é o oposto de coragem. Ter coragem é colocar o time acima de suas dores, físicas ou emocionais, quando você já está comprometida com ele. Simone Biles poderia ter se inspirado na ginasta Kerri Strug, também norte-americana, que competiu na Olimpíada de 1996, em Atlanta. Na disputa por equipes, um evento dominado pelos soviéticos por décadas e nunca vencido pelos Estados Unidos, os norte-americanos competiriam com as seleções da Rússia, Romênia e Ucrânia. Depois de um salto, Kerri aterrissou bruscamente e lesionou dois ligamentos no tornozelo. Ela era a última peça do time que poderia trazer o ouro para as norte-americanas. Diante da importante lesão, a ginasta poderia ter desistido, mas se negou a abandonar a competição. A equipe médica tentou estabilizar o tornozelo com esparadrapos, e Kerri, com dois ligamentos comprometidos, saltou… Sim, o final é esse mesmo que você está pensando. As norte-americanas venceram, e Kerri foi carregada até o pódio para receber o tão sonhado ouro olímpico em equipes para a ginástica dos EUA.


Entre muitos esportes olímpicos, talvez a ginástica seja um dos mais cruéis com seus atletas. Além da pressão física, há casos de supressões hormonais (para que as atletas não cresçam) e até de assédio e abusos sexuais. Não sabemos o que sucedeu na mente de Simone Biles, e ela não é uma vilã por ter desistido, mas também não é uma heroína. Simone é o reflexo da atual sociedade, que enaltece quem chora mais, quem se vitimiza e quem se ofende por tudo. Em uma sociedade com balaios coletivistas, divididos em categorias “negros”, “mulheres”, “gays” etc., é interessante ver que aplausos, elogios e contratos de publicidade são dados àqueles que colocam exatamente as suas necessidades e desejos pessoais em primeiro plano.

Gabriela Andersen, hoje com 76 anos, em uma entrevista para o canal oficial dos Jogos Olímpicos, disse que o que a surpreendeu foi a compaixão e a reação dos espectadores e dos atletas. Ela relata que estava com muita vergonha pela performance ruim (Andersen chegou em 37º lugar, quase último) e que se sentia culpada. Ela achava que não merecia tanta atenção. “Na época eu teria trocado por qualquer coisa entre o 10º e o 15º lugar para não ter aquilo que considerei apenas um espetáculo”, disse. “Mas agora, olhando para trás, posso ver que as pessoas se identificaram por causa da luta. Se você realmente se dedicar, poderá superar muitos obstáculos. Há lição em tudo.”

Vitória não é apenas vencer os adversários e abraçar a glória, muitas vezes entorpecente e traiçoeira. É superar os próprios limites e, como Gabriela Andersen, inspirar milhões a não desistir, mesmo chegando em último lugar, mesmo com o ego ferido.

O espírito olímpico é justamente o da superação e do sacrifício, mesmo que isso não lhe traga nenhum esplendor. E essa lição não fica restrita ao esporte, ela o acompanha por toda a vida. Salve, Gabriela Andersen!