domingo, 27 de junho de 2021

Contas básicas são segundo maior motivo de dívidas no Nordeste

 


Com a queda na renda e o crescente aumento das despesas na pandemia, vai ficando mais difícil manter os pagamentos em dia


Tribuna da Bahia, Salvador
26/06/2021 08:30 | Atualizado há 1 dia, 9 horas e 56 minutos

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Foto: Reprodução

Por Lily Menezes

Quando chega o início ou final do mês e o dinheiro está curto, atire a primeira pedra quem nunca decidiu por qual conta começar os pagamentos. Durante a pandemia, esse tipo de escolha ficou ainda mais presente por conta do descompasso entre renda e despesas: 38% dos brasileiros relatam ter perdido a renda nos últimos meses, segundo a pesquisa O Bolso dos Brasileiros, feita pela Serasa Experian em parceria com a Opinion Box, ouvindo 2.059 cidadãos entre os dias 11 e 22 de fevereiro deste ano. Enquanto isso, os gastos em meio à crise sanitária aumentaram mais de 50%, especialmente com água e luz, a última com aumentos sucessivos por conta da grave crise hídrica atravessada pelo Brasil.

Em todo o país, são 62,56 milhões de inadimplentes por algum motivo, segundo a Serasa, e as contas de consumo representam 22,3% dos endividamentos, totalizando 37 milhões de dívidas. No Nordeste, a situação é mais grave: as despesas básicas são a segunda maior razão para os cidadãos ficarem no vermelho, com 25,4% das contas por pagar. Esse tipo de dívida perde apenas para os bancos e cartões de crédito. Ainda segundo o estudo, uma em quatro pessoas sentiu diferença na sua renda durante a emergência de saúde, de modo que nem todos os boletos são pagos ao mesmo tempo; assim, despesas como água e luz são priorizadas por serem essenciais à sobrevivência, enquanto outras contas, como cartões de crédito e empréstimos vão ficando para segundo plano. 

Nesse momento complicado, a melhor saída é a organização, a fim de evitar restrições na praça e o consequente estresse provocado pelo próprio endividamento. “Em um momento de aumento no valor de contas básicas, organização financeira é a principal dica para evitar complicações. As contas essenciais, como água, energia e gás devem ser priorizadas no orçamento mensal e, por isso, é importante ter claro o quanto do seu planejamento financeiro está comprometido com isso, para evitar o endividamento, que está bem alto no setor”, recomenda Nathalia Dirani, gerente de marketing da Serasa. Se a dívida já existe e virou uma bola de neve, a saída é renegociar com a empresa credora; é possível encontrar descontos atrativos e parcelar de acordo com as possibilidades do cidadão naquele momento. “No Serasa Limpa Nome, por exemplo, os acordos são fechados em menos de 3 minutos e nós já possibilitamos mais de 10 milhões de negócios desde janeiro”, diz a especialista.

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