O alerta é da Prefeitura de Salvador. Na manhã desta sexta-feira (28), o percentual da ocupação de leitos era de 79% a capital baiana.
Tribuna da Bahia, Salvador
28/05/2021 17:39 | Atualizado há 22 horas e 10 minutos
O aumento no número de casos ativos de Covid-19 em Salvador vem preocupando as autoridades. O crescimento acendeu o sinal amarelo no sistema de saúde e serve como um alerta sobre a necessidade de manter os cuidados. Mesmo com a imunização dada pela primeira e segunda dose das vacinas, é preciso seguir os protocolos como uso de máscara, do álcool em gel e manter o distanciamento social pois, mesmo vacinado, ainda é possível se contaminar.
Nesta sexta-feira (28) pela manhã, o
percentual da ocupação de leitos era de 79%, com mais de 206 mil casos
confirmados no município. Na lista dos bairros com maior número de
contaminação, a Pituba lidera com mais de 6,5 mil casos, seguido de
Pernambués, Brotas, Itapuã e Fazenda Grande do Retiro. Nestes últimos
quatro bairros, as medidas restritivas permanecem, com pontos de
testagem e distribuição de máscaras para a população.
A
infectologista da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Adielma Nizarala,
comenta sobre uma possível terceira onda, que pode ser inevitável.
“Podemos reduzir a quantidade de casos através da não aglomeração, do
uso adequado de máscara, distanciamento social e medidas de higiene, mas
isso infelizmente não está acontecendo”, desabafa.
Rotina pré-pandemia – Uma coisa que tem preocupado, segundo a médica, são casos de pessoas que, após a primeira dose da vacina, abandonaram o uso de máscara e adotaram a rotina pré-pandemia, sendo que este ainda não é o momento para isso. Ela alerta que, mesmo com as duas doses, a vacina não confere 100% de imunidade contra a doença – as doses apenas ajudam para que a contaminação não evolua para casos gravíssimos e até óbito.
Sobre
a disponibilidade de leitos na capital baiana, Adielma lembra que o
fato do município ter um número finito de possibilidade de leitos é
real. “Quanto menos pessoas tiverem o vírus, menor o número de pacientes
com casos graves. Hoje temos uma taxa de 3% de mortalidade, e a melhor
forma que temos de fazer a prevenção é não pegar. Sem a vacina, não
sabemos se o caso pode evoluir para mais grave”.
Precaução –
Hoje, Salvador já conta com mais de 750 mil cidadãos vacinados, por
idade, comorbidade ou profissão. A supervisora de indústria farmacêutica
Nathali Sampaio já recebeu a primeira dose da vacina de Oxford e conta
que, mesmo assim, mantém os protocolos sanitários no dia a dia.
Aos
36 anos de idade, ela relata que quando pode, mantém o home office e,
se houver necessidade de ir à rua, ela usa duas máscaras para proteção,
além de sempre ter o álcool gel em mãos e manter o distanciamento. “Não é
por ter tomado a vacina que ela vai resolver o problema. Eu redobrei os
cuidados, pois acredito que mesmo a gente estando vacinada com a
primeira dose, ainda podemos pegar a doença”.
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