sexta-feira, 30 de abril de 2021
Estudo mapeia genes do sistema imune envolvidos na resistência ao coronavírus
O trabalho se baseou na análise do material genético de 86 casais em que apenas um dos cônjuges foi infectado
Em estudo divulgado na plataforma medRxiv, pesquisadores brasileiros deram os primeiros passos no sentido de entender por que algumas pessoas são naturalmente resistentes à infecção pelo novo coronavírus.
O trabalho se baseou na análise do material genético de 86 casais em que apenas um dos cônjuges foi infectado pelo coronavírus (SARS-CoV-2), embora ambos tenham sido expostos. Os resultados – que ainda estão em processo de revisão por pares – sugerem que determinadas variantes genéticas encontradas com maior frequência nos parceiros resistentes estariam associadas à ativação mais eficiente de células de defesa conhecidas como exterminadoras naturais ou NK (do inglês natural killers).
Esse tipo de leucócito faz parte da resposta imune inata, a primeira barreira imunológica contra vírus e outros patógenos. Quando as NKs são acionadas corretamente, conseguem reconhecer e destruir células infectadas, impedindo que a doença se instale no organismo.
“Nossa hipótese é que as variantes genômicas mais frequentes nos parceiros suscetíveis levariam à produção de moléculas que inibem a ativação das células NK. Mas isso é algo que ainda precisa ser validado por meio de estudos funcionais”, explica Mayana Zatz, professora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) e coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco (CEGH-CEL), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fapesp.
Após anunciar na imprensa que buscavam voluntários para o projeto, em meados de 2020, os cientistas do IB-USP foram contatados por aproximadamente mil casais com histórias parecidas e intrigantes. Um homem com mais de 70 anos, por exemplo, precisou ser hospitalizado para tratar complicações da Covid-19 enquanto sua esposa, na mesma faixa etária, e sua sogra, que tem 98 anos e mora na mesma casa, não apresentaram qualquer sinal de infecção. Outro caso curioso é o de um homem de cem anos que testou negativo para o vírus apesar de ter mantido o contato rotineiro com sua esposa, de 90 anos, que foi contaminada.
“Inicialmente achávamos que casos como esses eram raros e nos surpreendemos com a variedade de relatos. Selecionamos cem casais com características comparáveis – entre elas idade e ancestralidade genética – e coletamos amostras de sangue para uma análise mais detalhada”, conta Zatz à Agência Fapesp.
A identificação dos casais e a coleta de material dos voluntários foram conduzidas pelo bolsista de pós-doutorado da Fapesp Mateus Vidigal.
“O primeiro passo foi fazer um teste sorológico para excluir da amostra eventuais casos assintomáticos [pessoas que, na verdade, haviam sido infectadas, mas não apresentaram sintomas]. Após essa triagem, restaram 86 casais de fato sorodiscordantes, ou seja, em que apenas um cônjuge carregava no sangue anticorpos contra o novo coronavírus”, relata Vidigal.
Enquanto no grupo dos suscetíveis havia uma maioria de homens (53 contra 33), as mulheres predominavam entre os resistentes (57 contra 29). Vidigal destaca que a pesquisa foi conduzida antes do surgimento das novas cepas do SARS-CoV-2, consideradas mais transmissíveis. “Não temos certeza de que os achados seriam os mesmos em pessoas expostas à P.1., por exemplo”, pondera.
Herança complexa
De acordo com Zatz, o fato de a resistência ao SARS-CoV-2 ser uma característica relativamente comum na população – diferentemente do HIV, causador da Aids, por exemplo – fala a favor de uma herança genética complexa, na qual muito genes estão envolvidos.
“Isso significa que, para achar algo significativo ao olhar o genoma como um todo, seria preciso ter uma amostra gigantesca, com mais de 20 mil voluntários. Decidimos então focar em dois grandes grupos de genes relacionados com a resposta imune: o complexo principal de histocompatibilidade [MHC, na sigla em inglês] e o complexo de receptores leucocitários [LRC]. São os genes do MHC que definem, no caso de um transplante, por exemplo, se dois indivíduos são compatíveis ou não”, explica a pesquisadora.
Mesmo com esse filtro a tarefa estava longe de ser trivial. Alguns dos genes que integram esses dois complexos chegam a ter mais de 7 mil formas alternativas, também chamadas de polimorfismos.
“Um exemplo de polimorfismo são os diferentes tipos sanguíneos. Existem quatro variantes genéticas dentro do sistema ABO: A, B, AB e O. No caso dos complexos MHC e LRC, alguns genes têm milhares de variantes”, conta a pesquisadora.
Para ajudar na empreitada, o grupo do IB-USP estabeleceu colaboração com Erick Castelli, da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu. Recentemente, com apoio da FAPESP, o pesquisador desenvolveu métodos computacionais que facilitam o estudo dos complexos MHC e LRC.
“Imagine que você está tentando montar um quebra-cabeça [o genoma] com base em uma única referência, mas há várias peças muito parecidas e há milhares de possibilidades para uma mesma peça, com alterações muito sutis entre elas, tornando impossível saber onde cada uma se encaixa. O algoritmo se baseia em milhares de sequências já descritas para esses genes para decidir o local de cada peça, fazendo a montagem do genoma de forma muito mais detalhada. O método também permite inferir qual é a sequência de cada cromossomo e qual proteína seria produzida a partir de cada gene”, conta Castelli à Agência FAPESP.
A análise do complexo MHC indicou que variantes de dois genes – conhecidos como MICA e MICB – parecem influenciar a resistência ao SARS-CoV-2. Segundo Castelli, a expressão desses genes normalmente aumenta quando as células estão sob algum tipo de estresse e isso leva à produção de moléculas que se ligam a receptores das NK, sinalizando que tem algo errado com aquela célula.
“No caso do MICA, o polimorfismo mais frequente nos indivíduos infectados aparentemente faz com que a proteína codificada por esse gene seja produzida em maior quantidade, possivelmente na forma solúvel, o que inibe a ativação das células NK. No caso do MICB, entre os suscetíveis, foi 2,5 vezes mais frequente uma variante associada à menor expressão do RNA mensageiro que codifica a proteína ativadora de NK. Os dois caminhos, portanto, levariam à menor ativação dessa barreira imunológica”, explica Castelli.
Segundo o pesquisador, no complexo LRC, foram identificadas variantes de interesse nos genes LILRB1 e LILRB2.
“Nos indivíduos infectados, foi cinco vezes mais frequente uma variante do LILRB1 que, pela nossa análise, levaria à maior expressão de receptores que inibem a ação das células NK”, conta Castelli.
As hipóteses referentes ao papel de cada polimorfismo na resistência ou suscetibilidade ao SARS-CoV-2 foram elaboradas em parceria com um grupo de pesquisadores do Instituto do Coração (InCor) liderados por Edécio Cunha Neto.
“De modo geral, os indivíduos suscetíveis teriam variantes genéticas que resultariam em uma resposta de células NK mais fraca, enquanto nos resistentes essa resposta seria mais robusta. Há diversos testes que podem ser feitos para comprovar essa hipótese. Um deles é incubar o SARS-CoV-2 com células do sangue periférico de indivíduos suscetíveis e resistentes e observar como varia em cada caso a ativação das células NK”, sugere Cunha Neto.
Ainda que os achados se confirmem, pondera o pesquisador do InCor, certamente há outros mecanismos da resposta imune inata atuando em paralelo para determinar a resistência ao vírus. “Um deles certamente é a capacidade das células de defesa de produzir rapidamente interferons [uma classe de proteínas fundamental para a resposta antiviral]”, avalia. Por Karina Toledo, da Agência Fapesp.
Número de cervejarias registradas no pais aumentou 14,4% em 2020
Anuário da Cerveja contabiliza 1.383 cervejarias em todo o país
Por Pedro Peduzzi
O número de cervejarias está aumentando no Brasil. De acordo com o Anuário da Cerveja 2020 divulgado hoje (30) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), existem 1.383 cervejarias registradas no Brasil. O número é 14,4% maior do que o registrado no ano anterior.
Segundo o levantamento, só no ano passado foram registradas 204 novas cervejarias no país, enquanto 30 foram canceladas – o que dá um saldo positivo de 174 novas cervejarias no ano. Além disso, pela primeira vez, todos as unidades federativas têm, em seu território, pelo menos uma cervejaria, após ser aberta a primeira fábrica desse tipo de produto no Acre.
As regiões Sul e Sudeste continuam sendo as que concentram o maior número de cervejarias, com 85,6% do total de empreendimentos desse tipo registrados no Ministério da Agricultura.
O Anuário da Cerveja 2020 aponta que o Piauí foi o estado que obteve maior crescimento de cervejarias (200%), seguido da Paraíba, que apresentou uma alta de 60%. No caso dos municípios, o maior crescimento foi o registrado em Ribeirão Preto (aumento de 50%) e São Paulo (44%).
O número de municípios com cervejarias aumentou em 5%, chegando a 609 em 2020, informa o anuário que apresenta, também, um levantamento que calcula a densidade por habitantes.
“Nesse quesito, o estado de Santa Catarina aparece em primeiro lugar, com 41.443 habitantes por cervejaria registrada. Em nível municipal, nove dos 10 municípios com maior densidade por habitante estão no Rio Grande do Sul, com destaque para Santo Antônio do Palma (RS), com 1.062 habitantes por cervejaria registrada no Mapa”, informou, em nota, o ministério.
A ampliação do número de pequenos municípios que têm empresas ou locais onde vendem cervejas é explicada pelo atendimento a demandas locais e pela ocupação já saturada de espaços nos grandes centros urbanos. “Por isso, os novos estabelecimentos passam a se instalar em cidades menores, em regiões menos atendidas”, explica o coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Mapa, Carlos Vitor Müller.
O Mapa concedeu 8.459 novos registros de produtos para cerveja em 2020. O número, no entanto, representa uma queda de 15% na comparação com 2019. Segundo a pasta, é a primeira vez que isso ocorre.
“Sabemos que muitos desses lançamentos de novos produtos foram impactados pela pandemia, pelas restrições de consumo e restrições econômicas de forma geral. Com um menor número de lançamentos, se faz um menor número de registros de produtos também”, justifica Müller.
Só em São Paulo, foram registrados 2.347 novos produtos voltados à cerveja em 2020. Em Santa Catarina foram 1.413 e em Minas Gerais, 1.233 produtos foram registrados.
O registro dos estabelecimentos é feito pelo Mapa que autoriza o funcionamento de cervejarias. Essa autorização considera elementos como capacidade técnica e condições higiênico sanitárias do empreendimento.
“A solicitação de registro de estabelecimento deve ser feita pela internet por meio do Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários, e toda a gestão da relação da cervejaria com o Mapa é realizada exclusivamente neste sistema”, informa a pasta.
Ministro da Saúde faz apelo a países com doses extras de vacinas contra coronavírus
Marcelo Queiroga diz que medida ajudará a conter fase crítica da pandemia e evitar proliferação de novas variantes
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu nesta sexta-feira (30) que países que possuam doses em excedente de vacinas contra o novo coronavírus as compartilhem com o Brasil. O apelo ocorreu durante videoconferência com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom.
“Reiteramos nosso apelo àqueles que possuem doses extras de vacinas para que possam compartilhá-las com o Brasil o quanto antes possível, de modo a nos permitir lograr avançar em nossa ampla campanha de vacinação de modo a conter a fase crítica da pandemia e evitar a proliferação de novas linhagens e variantes do vírus”, disse Queiroga, segundo informações da CNN Brasil.
O ministro afirmou que, desde que assumiu a pasta, trabalha em duas frentes: a aceleração do programa de vacinação e a orientação da população “de maneira clara e objetiva sobre medidas não farmacológicas cientificamente comprovadas”, como o uso de máscara, a higienização das mãos e o respeito ao distanciamento social.
“Desse modo, busquei conciliar as medidas sanitárias com a necessidade de buscar emprego e renda da população brasileira. Para essas ações, tive como pilar o Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo”, disse Queiroga, de acordo com o canal pago.
Prefeitura anuncia cancelamento do São João por causa da Covid-19
De acordo com prefeita, também há a possibilidade de cancelar os festejos do aniversário da cidade
A prefeitura de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, decidiu cancelar as festas de São João deste ano, por causa da pandemia do novo coronavírus. O anúncio foi feito pela prefeita Sheila Lemos, que afirmou que não há possibilidade em pensar em festejos juninos antes que a população tenha sido toda vacinada.
Além do São João, a gestora afirmou que não foi descartada a possibilidade de cancelamento também dos festejos do aniversário da cidade, que ocorre em novembro. Contudo, ainda há esperanças para a realização das comemorações de Natal.
Atualmente, Vitória da Conquista está com 74% dos leitos para pacientes com Covid-19 ocupados. Segundo a prefeita, a compra de vacinas é negociada por meio do consórcio dos prefeitos da Bahia.
Relator vota por impeachment e inelegibilidade de Witzel
Governador afastado tentou suspender o julgamento, mas pedido foi negado pelo Supremo Tribunal Federal
Relator do processo de impeachment de Wilson Witzel, o deputado Waldeck Carneiro (PT). votou na tarde desta sexta-feira (30) pela condenação do governador afastado por crime de responsabilidade. O parlamentar determinou em seu parecer a perda do cargo e inelegibilidade por 5 anos. Mais nove votos serão lidos, sendo quatro parlamentares e cinco magistrados do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
A sessão final do Tribunal Especial Misto começou às 9h33 desta sexta-feira (30). Witzel é investigado por crime de responsabilidade e corrupção na condução da pandemia de Covid-19. Depois do voto do relator, o tribunal teve uma pausa para almoço. Wilson Witzel tentou suspender o julgamento, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, negou esse pedido.
Durante a leitura de seu voto, Waldeck Carneiro argumentou que foi devidamente assegurado ao réu o direito de ser ouvido, com todas as devidas garantias, em prazo razoável, tanto na Assembleia Legislativa (Alerj) quanto no Tribunal.
Relembrou as duas acusações que motivaram o pedido de impeachment: a requalificação da Organização Social Unir Saúde, permitindo que ela voltasse a contratar com o estado, e a contratação do Iabas, para construir e administrar os hospitais de campanha no RJ. Destacou que o réu anunciou a abertura de oito unidades, mas apenas duas foram inauguradas pelo governo estadual.
O relator leu trechos de depoimento do próprio Witzel e do ex-secretário de Saúde, Edmar Santos. Carneiro disse ainda que o governador afastado ignorou os vários relatórios que apontavam a sua incapacidade de prestar serviços médicos e pediu a sua reabilitação. Fonte: G1.
Presença das Forças Armadas na Amazônia poderá ser estendida, diz Mourão
Decisão pode ser tomada ainda nesta sexta-feira (30)
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) revelou que as Forças Armadas podem continuar a Operação Verde Brasil 2 na região amazônica. O prazo da Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) acaba nesta sexta-feira (30), mas o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda pode decidir pela prorrogação.
“O ministro da Defesa não me deu retorno [sobre a prorrogação]. O presidente poderá decidir isso a qualquer momento. Vamos dizer o seguinte, todo comandante tem que ter uma reserva, a reserva do presidente qual é? São as Forças Armadas. Se sentir que não estamos conseguindo cumprir a tarefa com que nós temos, a gente entrega às Forças”, declarou Mourão nesta sexta.
CPI da Covid pode convocar ministros, prefeitos e governadores na próxima semana
Dos 209 requerimentos que ainda aguardam deliberação dos senadores membros da CPI, 134 são pedidos de convocação
Agência Senado
A CPI da Pandemia pode votar a partir da próxima semana a convocação de cinco ministros de Estado, quatro governadores, quatro prefeitos, 13 secretários estaduais e municipais de saúde e um integrante do Supremo Tribunal Federal (STF). Dos 209 requerimentos que ainda aguardam deliberação do colegiado, 134 são pedidos de convocação. Outros 73 são de convite e apenas dois de informações.
Os parlamentares sugerem a convocação dos ministros Paulo Guedes (Economia), Walter Braga Netto (Defesa e ex-Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil e ex-Secretaria de Governo), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos). O ministro Wagner Rosário, da Controladoria Geral da União (CGU), é chamado a depor em um pedido de convite. Há ainda requerimentos para a convocação do ex-ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores).
A CPI da Pandemia pode votar ainda a convocação dos governadores João Doria (São Paulo), Wilson Lima (Amazonas), Rui Costa (Bahia) e Hélder Barbalho (Pará). Wellington Dias (Piauí) é convidado como representante do Fórum de Governadores.
O prefeito de Manaus (AM), David Almeida, é alvo de três requerimentos. Além dele, há pedidos para a convocação dos gestores de Chapecó (SC), João Rodrigues; Ilha Bela (RJ), Toninho Colucci; e São Lourenço (MG), Walter Lessa. Outro requerimento pede a convocação do ex-prefeito de Fortaleza (CE), Roberto Cláudio.
A CPI da Pandemia pode votar ainda a convocação dos secretários estaduais de Saúde de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Rio Grande do Norte. Além deles, podem ser convocadas a depor as gestoras municipais de Saúde de Manaus e de Porto Seguro (BA). Há ainda requerimentos para a convocação de ex-secretários do Amazonas, do Distrito Federal e de Fortaleza.
“Gabinete do ódio”
De todos os requerimentos que aguardam apreciação, apenas quatro têm
data confirmada de votação. Eles se referem à convocação de Fabio
Wajngarten, ex-secretário especial de Comunicação Social da Presidência
da República. Em entrevista à revista Veja, Wajngarten afirmou que houve
“incompetência” e “ineficiência” de gestores do Ministério da Saúde
para negociar a compra de vacinas. Os quatro pedidos devem ser votados
na próxima terça-feira (4).
Os senadores podem apreciar ainda a convocação do chamado “gabinete do ódio”: um grupo de servidores que atua nas redes sociais da Presidência da República e é suspeito de promover uma campanha de desinformação durante a pandemia. Podem ser chamados a depor os assessores Tércio Arnaud Tomaz, José Matheus Gomes e Mateus Matos Diniz, além do secretário de Comunicação da Presidência, Flávio Rocha.
Os parlamentares apresentaram ainda requerimentos para a convocação do ex-comandante do Exército, general Edson Pujol. Durante a gestão dele, o Laboratório do Exército intensificou a produção de cloroquina, um medicamento sem eficácia comprovada contra a covid-19.
Quem também aparece entre os requerimentos de convocação é o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em março do ano passado, ele decidiu que governadores e prefeitos podem adotar medidas para o enfrentamento do coronavírus — assim como o presidente da República.
Os senadores sugerem ainda a convocação do diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino. Também podem ser chamados a depor o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier, e o ex-secretário do Tesouro Nacional e atual secretário especial de Fazenda, Bruno Funchal.
Convites e informações
Dos 73 requerimentos de convite, 16 se referem à realização de
audiências públicas. Eles sugerem a participação de representantes de
universidades, entidades médicas, organismos multilaterais de saúde,
governos estaduais, prefeituras, hospitais públicos e privados, santas
casas, especialistas em relações internacionais, órgãos de controle e
institutos de pesquisa. Um requerimento também sugere a presença de
infectologistas para “prestar informações sobre as evidências
cientificas que comprovam a eficácia do tratamento precoce contra a
covid-19”.
Os senadores apresentam ainda requerimentos para ouvir representantes de laboratórios que desenvolvem ou já produzem vacinas contra o coronavírus. São eles: Instituto Butantan, Sinovac, Fundação Oswaldo Cruz, AstraZeneca, União Química, Instituto Gamaleya, Instituto do Soro da Índia e Janssen.
Os dois requerimentos de informação pendentes de votação solicitam dados à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e ao Ministério da Saúde. O primeiro se refere a propagandas, campanhas ou inserções midiáticas realizadas pelo governo federal em temas relacionados à pandemia. O segundo pede informações sobre a compra de exames para a detecção da covid-19.
Pesquisa mostra que 673 municípios ficaram sem vacina nesta semana
Confederação Nacional dos Municípios ouviram 2.831 prefeituras
Por Jonas Valente
Dos 2.831 municípios ouvidos na sexta edição da pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) sobre a pandemia do novo coronavírus, 673 relataram ter ficado sem vacina contra a covid-19 para a primeira dose destinada aos públicos prioritários nesta semana ou na anterior. O número equivale a 23,8% das cidades que participaram da sondagem. Outros 2.136 (75,5%) disseram não ter vivido este problema no período.
Já no caso da segunda dose, o índice de prefeituras que manifestaram ter ficado sem o imunizante sobe para 30,7%. Outros 68,7% disseram não ter passado por desabastecimento dessa dose.
A falta de vacinas ocorreu pela dificuldade de acesso aos insumos para fabricação e de aquisição de doses adquiridas e prometidas. Depois de dias com essa situação, na quarta-feira (28) o governo anunciou um novo lote de 5,2 milhões. Ontem, mais 1 milhão de doses da vacina da Pfizer chegaram.
Recursos
Ainda de acordo com a nova edição da pesquisa da CNM, mais da metade das prefeituras ouvidas (56,7%) relataram o recebimento de menos recursos no início de 2021 em relação a 2020.
“O número reforça a preocupação dos gestores no enfrentamento de um momento ainda crítico da pandemia”, dizem os autores da pesquisa.
Filas de espera
A pesquisa analisou também se os sistemas de saúde locais estão com filas de espera para leitos em Unidades de Terapia Intensiva. Este problema vem ocorrendo desde o avanço da segunda onda da pandemia no país.
Entre 533 cidades com Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), 119 relataram estar com pessoas em fila de espera. Esse número corresponde a 22,3% deste universo analisado.
Insumos e oxigênio
O risco de desabastecimento de medicamentos do chamado kit intubação foi apontado por 641 cidades, o equivalente a 22,6% das consultadas. O nome é dado a remédios usados no uso de suporte ventilatório de pacientes com covid-19, como anestésicos e neurobloquedores.
O receio de faltar oxigênio para o atendimento aos pacientes com covid-19 foi colocado por 223 prefeituras, o correspondente a 7,9% das entrevistadas. Já 2.528 disseram não ter essa preocupação, ou 89,3% das ouvidas.
Banco Central nega falha de segurança no Pix e adverte contra golpes
Segundo órgão, fraudes ocorrem por manipulação de contextos sociais
Eventuais golpes que ocorram por meio do Pix decorrem da manipulação de contextos sociais por fraudadores, não de falhas de segurança no sistema, advertiu hoje (30) o Banco Central (BC), no encerramento da campanha O Pix é novo, mas os golpes são antigos. Segundo a autoridade monetária, cabe ao usuário precaver-se para não ser lesado.
“Em situações de medo ou ganância, pare e pense no contexto e se faz sentido. Então, tome domínio da situação”, disse o chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Carlos Eduardo Brandt, no painel de encerramento da campanha, transmitido ao vivo pela internet.
Segundo os participantes do evento, o Pix representa apenas um meio de pagamento, que não está relacionado diretamente ao descuido de quem cai numa fraude. Os participantes do evento listaram os principais golpes: pedido de dinheiro por aplicativo de mensagem clonado (Whatsapp ou Telegram) de amigos e conhecidos; SMS, e-mail ou ligações que pedem atualização de cadastros com links para páginas falsas e lojas virtuais falsas que jamais enviam os produtos comprados.
Nessas situações, o Pix, informou o Banco Central, é mais seguro que os mecanismos tradicionais de transferência. Isso porque a ferramenta fornece as informações do receptor do pagamento, como nome completo e parte do número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). Cabe ao usuário conferir os dados de quem recebe a transferência.
Dicas
Os participantes do painel deram dicas para evitar cair em golpes. No
caso de clonagem de aplicativos de mensagens, deve-se telefonar para a
pessoa para confirmar o pedido de dinheiro. No caso de atualizações
cadastrais que resultem na clonagem da conta bancária, o cliente jamais
deve clicar em links enviados e deve ligar de volta para a instituição
financeira para perguntar se os dados bancários estão em dia.
Em relação a lojas virtuais falsas, o usuário deve primeiramente verificar se o endereço da página, que se parece com o da loja original, tem alguma letra trocada e desconfiar de produtos e de serviços em condições supervantajosas. Por fim, o consumidor pode tentar navegar no site para ver se a página é verdadeira.
Municípios não têm como bancar a conta do piso salarial da enfermagem, alerta UPB
Apesar da preocupação, o presidente da entidade, Zé Cocá, afirmou que os gestores não são contrários à luta dos profissionais
A possibilidade de pagamento de um piso salarial nacional para os profissionais da área da enfermagem pode comprometer ainda mais as finanças dos municípios baianos. O Projeto de Lei 2.564/2020 já está em tramitação no Senado Federal. Por causa disso, a União dos Municípios da Bahia (UPB) produziu uma carta aberta que foi encaminhada aos senadores e deputados federais da Bahia solicitando o apoio em razão do enorme impacto financeiro para os municípios brasileiros.
O presidente da UPB, Zé Cocá, esclarece que os prefeitos e prefeitas não são contrários à luta e as conquistas dos profissionais de enfermagem. “Nós entendemos a necessidade de fazer a remuneração mais justa desses profissionais, principalmente neste período de pandemia. Porém a fixação do piso salarial para as categorias geraria um grave problema financeiro para os municípios, que já não dispõem de receita compatível com as despesas”, destacou.
Cocá ressaltou ainda que a UPB se antecipou em mobilizar a bancada federal da Bahia diante da reação dos prefeitos. “Nós encaminhamos uma carta para os senadores e deputados da Bahia solicitando apoio, pois os municípios não tem como arcar com um piso sem a contrapartida financeira. Agora vamos lutar junto com a CNM e as associações de todo Brasil”, afirmou.
Em visita a UPB, o prefeito de Xique-Xique, Reinaldo Braga ressaltou sua preocupação com o piso salarial da saúde, especificamente da enfermagem. “Tem que vir acompanhado de uma contrapartida financeira do Governo Federal. Não adianta se criar um piso sem a contrapartida financeira. No ponto de vista da categoria é justo e necessário, os salários estão defasados, mas precisa ter a compreensão do Governo Federal. De que adianta da obrigação sem da a fonte de receita”, disse.
A realidade paralela dos sites de fake news
Como as fábricas de boatos do universo digital atraem dinheiro de publicidade e são compartilhadas sem filtros. Paula Leal para a Oeste:
A manipulação de imagens pelos soviéticos, muito antes da era das fake news. Os “retoques” na imagem original, de 1926, foram apagando um a um os desafetos do ditador Josef Stalin. |
O Brasil como Pulitzer queria demonstrar
O Brasil está perfeitamente virado do avesso: os ladrões condenados na banca dos juízes e os juízes no banco dos réus. Fernão Lara Mesquita:
Papa acaba com privilégios judiciais para cardeais e bispos
Documento muda competência dos órgãos jurídicos do Estado do Vaticano
Foto: Reuters
O papa Francisco emitiu hoje um "motu proprio" (documento pontifício) em que submete bispos e cardeais à Justiça ordinária do Vaticano em eventuais julgamentos, que até agora eram da competência do Tribunal Supremo.
O texto modifica a competência dos órgãos jurídicos do Estado do Vaticano, com o objetivo de "igualdade" no momento de se "fazer justiça", tal como o papa tinha anunciado na abertura do Ano Judicial.
"A exigência prioritária é a de que, por meio de mudanças normativas oportunas do sistema processual vigente, emerja a igualdade de todos os membros da Igreja e a sua igual dignidade e posição, sem privilégios que remontam no tempo e que já não estão consoantes com as responsabilidade de cada um na aedificatio Ecclesiae (contrução da Igreja)", defendeu o papa.
Nesse sentido, o "motu proprio" diz que na atualidade "é preciso exigência" na modificação do ordenamento jurídico do Estado do Vaticano. para "assegurar a todos um juízo articulado e com mais graus" e "em linha" com os sistemas judiciais internacionais "mais avançados".
Mudanças
As medidas alteram a Lei CCLI, que regula o sistema judicial do Vaticano.
A primeira modificação é a do Artigo 6, que dota a Justiça ordinária de capacidade em processos de cardeais e bispos, "com prévio assentimento do Sumo Pontífice".
Mesmo assim, há uma série de exceções estabelecidas no Artigo 1.410 do Código de Direito Canônico: "As causas que se referem a questões espirituais ou inerentes a elas", ou "a violação das leis eclesiásticas e de tudo o que contenha razão de pecado".
A segunda mudança é a revogação do Artigo 24 da lei, pelo qual "o Tribunal Supremo é a única instância competente para julgar, com o consentimento do Sumo Pontífice, os cardeais e bispos nos processos penais".
Assim, o papa acaba com um "privilégio" até agora reservados aos mais altos cargos do Vaticano.
"Isto decido e estabeleço, não obstante qualquer disposição contrária", conclui o documento, que entrará em vigor um dia depois da publicação no L`Osservatore Romano.
Fonte: Agência Brasil
Tratamento para endometriose devolve o sonho da maternidade a mulheres
A doença é provocada por células do tecido do útero que, ao invés de serem expelidas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal
Foto: Divulgação
Dores ao menstruar e uma cirurgia de cisto levaram ao diagnóstico de endometriose da Engenheira de Produção, Elaine do Nascimento Reis Silva, de 37 anos. "Descobri a endometriose aos 22 anos quando fiz a minha primeira cirurgia de cisto e no laudo foi identificado que eu tinha a doença. Realizei o tratamento com pílula para não menstruar durante 10 anos, mas tive uma crise forte de dor que me levou à emergência e lá fui informada que eu estava fazendo o tratamento errado. Recebi a prescrição correta da medicação, porém já existiam muitos focos de endometriose que me impediam de engravidar”, relata Elaine sobre a descoberta da enfermidade. “Depois de muitas pesquisas na internet cheguei ao Dr. Marcos Travessa que foi o responsável pelo meu tratamento cirúrgico”, conta aliviada.
Entenda a Endometriose
A
doença é provocada por células do tecido do útero que, ao invés de
serem expelidas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e
caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde multiplicam-se,
causando sangramentos. A endometriose afeta 2 bilhões de mulheres no
mundo, entre as idades de 15 a 49 anos. No Brasil, são 7 milhões de
mulheres portadoras da doença que se apresenta com cólicas intensas no
período menstrual, dificuldade de engravidar, dor no ato sexual e na
região pélvica, sangramento vaginal anormal, cansaço excessivo, dor ao
urinar, dentre diversos outros sintomas que impactam de forma negativa
na qualidade de vida.
Diagnóstico
O exame
ginecológico clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser
confirmado pelos seguintes exames complementares: ultrassom,
ressonância magnética podendo ser necessário em alguns casos até a
realização da laparoscopia com fins diagnósticos. O diagnóstico
definitivo, porém, depende da realização de biópsia. A endometriose é
uma doença crônica que tende a regredir seus sintomas com a menopausa,
em razão da queda na produção dos hormônios femininos e fim das
menstruações. Mulheres mais jovens podem utilizar medicamentos que
suspendem a menstruação. Em casos selecionados, o tratamento cirúrgico é
o mais apropriado.
O cirurgião ginecológico, Diretor do
Núcleo de Ginecologia do Instituto Baiano de Cirurgia Robótica (IBCR) e
do Centro de Endometriose da Bahia, Dr. Marcos Travessa, informa que a
endometriose acomete de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva e de
30 a 40% das causas de infertilidade feminina. "O melhor remédio contra a
doença é descobrir cedo e tomar as devidas precauções, tanto em relação
a fertilidade quanto em relação a qualidade de vida", recomenda o
médico.
Tratamento com cirurgia robótica
Além
da cirurgia convencional (aberta) e laparoscópica, existe um grande
aliado para as mulheres que desejam realizar o sonho da maternidade, que
é o tratamento através da cirurgia robótica, uma evolução da
videolaparoscopia e um procedimento minimamente invasivo, que
proporciona menos riscos de complicações. Associar a experiência de
profissionais de diferentes áreas aos benefícios da Cirurgia Robótica -
tais como a visão tridimensional ampliada em 10 vezes, melhores
ergonomia e precisão dos movimentos dos cirurgiões, redução dos
sangramentos, menos dor no pós-operatório e menor tempo de retorno da
paciente para casa - aumenta a chance de sucesso do tratamento da
endometriose. Por esta razão, cada vez mais baianas estão optando por
esta modalidade cirúrgica.
"Quando o tratamento cirúrgico é
indicado, a tecnologia robótica se mostra como um grande aliado nas
portadoras da doença. O resultado cirúrgico é bastante eficaz e
dependente da quantidade de doença retirada na cirurgia e, com a visão
tridimensional e aumentada oferecida pelo robô, além de diversos outros
benefícios associados, sentimos que estamos entregando mais aos nossos
pacientes”, informa Dr. Travessa.
Hoje em dia, a engenheira
comemora o resultado positivo da cirurgia robótica realizada por Dr.
Marcos Travessa que viabilizou a realização do seu sonho de ser mãe, sem
precisar recorrer a algum método de inseminação e a combater a doença.
“Sentir meu filho nos braços foi maravilhoso. Deus foi muito generoso
comigo, colocando pessoas abençoadas no meu caminho. Agora estou bem,
sem dores e feliz, podendo ser a mãe de Bryan, de 1 ano e 5 meses”,
celebra Elane.
Endometriose em números:
2 bilhões de mulheres acometidas no mundo (15-49 anos)
7 milhões de mulheres no Brasil
1 em cada 10 mulheres têm endometriose
Em torno de 7 médicos são consultados até o diagnóstico final
38% causas de improdutividade no trabalho
OMS: mortes e internações por Covid-19 estão diminuindo no Brasil
Segundo a organização, casos caíram por quatro semanas consecutivas.
Foto: Reuters / Denis Balibouse / Direitos Reservados
As internações e mortes por Covid-19 começaram a diminuir após quatro semanas de infecções desaceleradas no Brasil, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (30).
"Os casos agora diminuíram por quatro semanas consecutivas, e as internações e mortes também estão diminuindo. Isso é uma notícia boa e esperamos que essa tendência continue", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva.
Mesmo assim, ele descreveu uma situação grave no país, que nesta semana se tornou o segundo a ultrapassar a marca de 400 mil mortes por Covid-19, depois dos Estados Unidos.
"Desde o início de novembro, o Brasil vive uma crise aguda, com o aumento dos casos da doença, internações e óbitos, inclusive entre os mais jovens. Durante o mês de abril, as unidades de terapia intensiva estiveram quase em capacidade máxima em todo o país", afirmou.
Fonte: Agência Brasil.
O inferno afegão em nova fase
A retirada das forças norte-americanas do Afeganistão no próximo 11 de setembro lembrará a saída vergonhosa do Vietnã. Os extremistas dirão que venceram a guerra, e a narrativa não está longe da verdade. Dagomir Marquezi para a nova edição da revista Oeste:
Pressionadas por radicais, universidades americanas adotam a "segregação racial do bem".
"Em vez de oferecer oportunidades para que os estudantes se misturem livremente com colegas de origens diferentes, as faculdades promovem enclaves étnicos, provocam ressentimento racial e constroem estruturas baseadas em rancores grupais", diz relatório da Associação Nacional dos Pesquisadores. Gabriel de Arruda Castro para a Gazeta do Povo:
O homem de seis trilhões de dólares: nem o céu é o limite para Biden.
Em cem dias de governo, o novo presidente já liberou ou prometeu liberar quantias tão alucinantes que não têm paralelo histórico. Vilma Gryzinski: