domingo, 28 de março de 2021

Papa celebra Domingo de Ramos em basílica quase vazia pelo segundo ano

 

POLITICA LIVRE
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O Papa Francisco celebrou os cultos do Domingo de Ramos em uma Basílica de São Pedro quase vazia por causa das restrições do coronavírus pelo segundo ano consecutivo e afirmou que o diabo está se aproveitando da pandemia.

“O Diabo está aproveitando a crise para semear desconfiança, desespero e discórdia”, disse ele neste domingo (28), acrescentando que a pandemia trouxe sofrimento físico, psicológico e espiritual.

Desde que foi eleito, em 2013, Francisco deixou claro acreditar que o diabo seja real, dizendo em um documento de 2018 que foi um erro considerá-lo um mito.

Em tempos pré-coronavírus, o Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa e leva à Páscoa, dezenas de milhares de pessoas enchiam a Praça de São Pedro segurando ramos de oliveira e folhas de palmeira intrincadamente tecidas em uma cerimônia ao ar livre.

Em vez disso, apenas cerca de 120 fiéis participaram da missa deste domingo, juntando-se ao papa e a 30 cardeais em uma ala secundária da enorme basílica.

“No ano passado, ficamos chocados. Este ano estamos mais sob pressão e a crise econômica se tornou pesada”, afirmou Francisco em seu tradicional discurso.

A Itália está em meio a outro lockdown nacional, previsto para terminar após a Páscoa. Na quarta-feira (24), o papa ordenou que cardeais e alguns clérigos reduzissem seus salários para salvar os empregos de outros funcionários.

Tanto em sua homilia durante a missa quanto em seus comentários posteriores, Francisco afirmou que a pandemia tornou mais importante do que nunca cuidar das pessoas em dificuldade, os pobres e os sofredores.

Quase todos os que participaram da missa, exceto o papa e o coro, usavam máscaras.

Em uma versão em pequena escala de um culto tradicional do Domingo de Ramos, o papa de 84 anos e os cardeais avançaram para o altar segurando folhas de palmeira.

O Domingo de Ramos comemora o dia em que os evangelhos dizem que Jesus entrou em Jerusalém e foi saudado pelo povo, apenas para ser crucificado cinco dias depois.

Durante a missa, Francisco mancou. Ele sofre de ciática, que causa dor nas pernas quando se manifesta.

O restante dos cultos da Semana Santa também acontecerá com um número limitado de participantes.

Philip Pullella / Folha de São Paulo

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