A
diretoria da Agência Nacional Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitou
por unanimidade nesta quarta-feira o pedido do Ministério da Saúde para
importar doses da Covaxin, vacina contra Covid-19 do laboratório indiano
Bharat Biotech, alegando falta de documentos necessários e ausência de
dados sobre a segurança do imunizante. "O importador não apresentou
todos os documentos exigidos pela lei", disse o relator do pedido, Alex
Machado Campos, ao apresentar seu voto durante a reunião da diretoria
colegiada da Anvisa, composta por cinco membros. "Não é possível
determinar a relação benefício-risco da Covaxin com as informações
disponíveis até o momento", acrescentou o relator. "A área técnica
identifica risco de uso da vacina Covaxin nas condições atuais." O
presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, ao acompanhar o voto do
relator, assim como os demais diretores, lembrou que a agência não
estava analisando o pedido de uso emergencial da Covaxin, tampouco
eventual pedido de registro do imunizante. Ele disse ainda que nada
impede que, sanadas as questões levantadas pela Anvisa, a vacina obtenha
tanto autorização para uso emergencial quanto o registro definitivo.
"Não é um fechamento de portas", disse Barra Torres. O Ministério da
Saúde assinou contrato junto aos laboratórios Precisa Medicamentos e
Bharat Biotech para a aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin,
incluindo 8 milhões a serem importadas da Índia.
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