No
sentido de promover o conhecimento sobre as novas faces do trabalho
escravo contemporâneo, o Instituto Sorria promoveu palestras no sábado
(30) em Itabuna e segunda-feira (01) em Ibicaraí. Os encontros tiveram a
participação de trabalhadores do campo, advogado e psicóloga. Dentre os
temas abordados, condições degradantes do trabalho escravo até maneiras
de identificar e denunciar possíveis atos que configuram o crime. "São
trabalhos sem as mínimas condições de saúde e higiene, não recebe
salário ou recebe descontados vários itens referentes ao exercício de
sua atividade, como alimentação e instrumento de trabalho.” afirmou o
advogado Jorge Latrilha. Para a
psicóloga, Eliane Oliveira, o trabalhador escravizado sofre o chamado
‘acorrentamento da mente’, quando o indivíduo já não se reconhece. “Com a
desestruturação da saúde emocional, por conta do trabalho exaustivo,
essa pessoa passa a ter consequências psíquicas silenciosas e se
submetem porque não têm perspectiva.” A trabalhadora rural, Maria
Cristina, definiu como uma palestra esclarecedora. “Para nós
agricultores e agricultoras familiares a palestra nos trouxe algo muito
importante que é nos alertar e orientar a fazer essa denúncia, para que
as pessoas não fiquem escravizadas.” De acordo com o coordenador do
Instituto, Jacson Cardoso Chagas, o Observatório Social cumpre também o
papel de alertar. “Esse crime ainda acontece nos tempos atuais, por isso
as políticas públicas e fiscalização devem ser constantes, pois as
formas de escravidão se renovam.” O Observatório Social para diagnóstico
e denúncia sobre trabalho é uma iniciativa do Governo do Estado, por
meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre),
realizado pelo Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), em
parceria com o Instituto Sorria. Caso você desconfie de uma situação de
trabalho escravo, pode denunciar anonimamente, pelo aplicativo, site
www.institutosorria.org.br e whatsapp (73 99856-8442).
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