quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Não é só disforia de gênero. Agora é marxismo na veia.

 



O marxismo, que se guia pelo princípio da destruição, ajuda a explicar o estridente ativismo transgênero atual. Artigo de Walt Heyer para o Daily Signal, com tradução para a Gazeta do Povo:


A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou, no dia 4 de janeiro, um pacote de medidas que explicitamente elimina “linguagem de gênero” dos textos da instituição. As nova regras proíbem o uso de termos que determinem o gênero dos entes familiares — pai, mãe, filho, filha, irmão, irmã, e assim por diante — e os substituem por termos de gênero neutro.

Tammy Bruce, da Fox Nation, afirma que essa estratégia é “pornograficamente marxista” porque “desconstrói o sentido do feminino”. Ela diz ainda que essa linguagem “reduz todos nós e elimina o valor do indivíduo e nosso caráter único como tal”.

O objetivo do policiamento da linguagem é o controle do pensamento, o que simboliza a pauta marxista.

Como alguém diagnosticado com disforia de gênero e que se identificou e viveu como mulher durante oito anos e que agora se dedica a ajudar outras pessoas que não querem ter a mesma vida que eu tive, não entendo a motivação por trás da defesa da “identidade de gênero”, sobretudo entre as crianças, e o cancelamento e a perseguição aos que discordam.

Depois de anos ajudando pessoas que se arrependeram de “mudar de sexo” a se recuperarem de diagnósticos errados de disforia de gênero, finalmente entendo o que motiva essa defesa obsessiva pela linguagem neutra e o identitarismo trans. Como Bruce explicou, isso é “pornograficamente marxista” porque desconstrói o que significa ser mulher.

O aumento no caso de pessoas que se dizem confusas com o próprio sexo faz sentido quando visto pelo prisma marxista. A explosão nos casos de disforia de gênero acoberta a adoção das ideias raciais e destrutivas do marxismo.

O marxismo, que se guia pelo princípio da destruição, ajuda a explicar o ativismo transgênero estridente atual. As forças por trás do movimento transgênero fazem uso das técnicas marxistas do silenciamento de dissidentes a fim de levar a população em geral, por coação, à conformidade.

Tenho visto respeitados médicos e pesquisadores serem difamados ou obrigados a abandonar a profissão por uma multidão raivosa, só porque ousaram discutir o estudar alternativas à “transição” de crianças. Alguns exemplos são o dr. Allan Josephson, Dr. Kenneth Zucker, James Caspian, dra. Lisa Littman.

Intencionalmente ou não, homens que vivem como mulheres, como foi o meu caso, zombam do que significa ser mulher. Exibir que os 99,7% da população que vivem bem em seus gêneros de nascimento é negar a realidade biológica e significa obrigar essas pessoas a concordarem que um homem pode viver como mulher, e vice-versa, apenas se declarando como tal.

Enquanto isso, obrigar as pessoas a usarem termos sem gênero para os entes familiares desmoraliza e desumaniza as relações.

Isso é consistente com o ateísmo marxista, uma ideologia sem alma que é fundamentalmente incompatível com as bases judaico-cristãs ocidentais. Ela importa a “luta de classes” da economia para a esfera cultural, provocando conflitos entre ideias e pessoas.

O objetivo do marxismo cultural é extinguir as bases existentes da sociedade e centralizar o poder na mão do Estado. Ele prospera no “nós contra eles” e na divisão do mundo entre oprimidos e opressores.

No século XX, as ideias de Karl Marx foram responsáveis pela morte de 100 milhões de pessoas no mundo. Ele não queria o debate – ele buscava o poder por qualquer meio necessário.

O marxismo tinha três objetivos: desumanizar as pessoas, desmoralizar as relações e tirar o caráter cívico das instituições, incluindo a igreja.

Os sucessores ideológicos dele, Antonio Gramsci e os intelectuais da Escola de Frankfurt, trouxeram o marxismo cultural para os Estados Unidos e dividiram a sociedade em categorias baseadas em raça, sexo, orientação sexual e identidade de gênero, como explica Mike Gonzalez no livro “The Plot to Change America: How Identity Politics is Dividing the Land of the Free” [O plano para transformar a América: como a política identitária está dividindo a terra da liberdade].

Marxismo x Religião

Os objetivos marxistas são opostos aos da fé. O marxismo se baseia no ódio a Deus e na destruição do indivíduo, da família e da religião.

Sua influência é à primeira vista tímida, se infiltrando entre os jovens por meio do currículo escolar, até que toda uma geração deixa de aprender sobre os perigos dessas ideias. Muitos jovens e cristãos parecem ignorar os perigos da contaminar a mensagem bíblica com ideias marxistas.

Um documentário recente tenta tratar desse assunto. “Wolf in Sheep’s Clothing II: The Gender Agenda” [Lobo em pele de cordeiro II: a pauta de gênero] investiga a origem da chamada revolução sexual, com sua ênfase atual na disforia de gênero e na homossexualidade.

O filme é esclarecedor. (Só para avisar, eu apareço no filme). Nele, Paul Kengor, escritor e professor de ciências políticas no Grove City College, diz que os revolucionários de hoje entendem “o que os revolucionários radicais do passado ignoraram, que é preciso acabar com a religião porque ela atrapalha”.

O livro mais recente de Kengor, “The Devil and Karl Marx” [O diabo e Karl Marx], mostra o que ele chama de “os elementos mais diabólicos do marxismo e de Marx”. O objetivo dele é “expor aos conservadores os fatos que eles precisam conhecer sobre essa ideologia horrível e que insiste em não desaparecer”.

Socialistas explícitos e simpatizantes do marxismo, como Raphael Warnock, o democrata recém-eleito senador pela Georgia, Cori Bush, deputada democrata pelo Missouri e as mulheres de extrema-esquerda conhecidas como “o esquadrão” — estão ganhando poder.

Yuri Bezmenov, desertor soviético, ex-propagandista e agente da KGB, expôs em detalhes, durante uma entrevista de 1985, o processo pelo qual uma sociedade libre entra em colapso: desmoralização, desestabilização e crise, seguidas pela normalização – termo que os marxistas usavam para descrever o “novo normal”.

Temos de nos opor ao marxismo de todas as formas porque ele ameaça nossa liberdade. Estamos à beira do colapso e precisamos confrontar as autoridades governamentais. Com a mudança na presidência, a implementação a pauta marxista pode avançar rapidamente. Nossa reação precisa ser imediata.

Walt Heyer é autor e porta-voz em auxílio daqueles que se arrependem da mudança de gênero. Por meio de seu site, SexChangeRegret.com, e de seu blog, WaltHeyer.com, ele alerta para a incidência de arrependimentos e trágicas consequências que podem resultar do processo.
 
 
 
BLOG  ORLANDO  TAMBOSI

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