Nas
mãos do Estado ou do agente “empoderado” pelo Estado, são “fake news”
todas as narrativas do inimigo e são “narrativas” todas as fake news dos
correligionários.
Desviar
as decisões de sanção do mau comportamento político do povo para o
Estado é sempre o caminho mais curto para ir da solução para a
instrumentalização política. Delegadas aos Estados colonizados pelos
políticos acabam fatalmente sendo utilizadas seletivamente como mais uma
arma da luta (suja) pelo poder.
Só
o eleitor, só o povo, de onde “emana” todo o poder, tem legitimidade
para exercer essas sanções contra os seus (e somente os seus)
representantes eleitos decidindo em que momento eles passaram a
representá-lo mal, retomando-lhes os mandatos (recall) e, com eles, a
inimputabilidade do funcionário ou do político traíra para joga-lo de
volta pra justiça comum.
(“Justiça
comum” nas democracias sem aspas é, aliás, um pleonasmo. Se houver mais
de uma, por definição, não é democracia. Assim como não é “democracia
representativa” o sistema cuja fórmula eleitoral não permite saber quem
representa quem).
A
internet é a praça pública do mundo. O único filtro isento das
conversas que rolam nas praças publicas é o que sempre funcionou desde o
início dos tempos. Aos poucos serão selecionadas PELO PÚBLICO as
empresas dedicadas a prestar o serviço de apurar os fatos segundo regras
conhecidas e minimamente equilibradas que ele “reeleger” diariamente
pagando para ler, para ver e para ouvir o que elas publicam. E o resto
será ouvido com a devida reserva. Fora daí o que se instala é a censura e
o terror.
Só
“não sabem” dessa obviedade o douto “constitucionalista” brazuca
Alexandre de Moraes e seus pares e a imprensa reacionária que corre
atras dele pra ver se consegue fazer a História voltar pra trás e ela
continuar com o monopólio da concessão de “lugar de fala” naquele tipo
de “debate político” pra boi dormir onde a palavra “PRIVILÉGIO” está
banida do dicionário e “democracia” é só o que os 11 monocratas disserem
que é.
O Brasil só começa a se curar quando começar a discutir CONCEITUALMENTE o que é (e o que não é) democracia.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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