quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Não basta pensar nos idosos apenas durante a pandemia

 


Rede de saúde faz alerta no Dia do Idoso e pede mais atenção à terceira idade

Os idosos ganharam espaço no noticiário nacional e internacional nos últimos meses. Vistos como principal grupo de risco para a Covid-19, eles despertaram a atenção de todo o país, que se mobilizou em iniciativas para ajudar aqueles que moram sozinhos, os que vivem em abrigos e os que não têm ninguém para contar. Durante semanas, os olhos do mundo estavam voltados para eles. Acontece que a pandemia passa e o olhar desvia. E isso é um erro. 

De acordo com dados do IBGE, em 2060 um quarto da população do Brasil deverá ter mais de 65 anos, e já a partir de 2030 constataremos a inversão da pirâmide etária populacional com o número de idosos superando o de jovens com até 14 anos. Esse envelhecimento demanda ações na área da saúde. “Uma população com expectativa de vida cada vez mais alta nos leva automaticamente a um novo perfil epidemiológico de doenças crônicas prevalentes e, consequentemente, a uma perda de autonomia e dependência maior do outro”, afirma Carlos Costa, CEO da Rede Paulo de Tarso de Cuidados Continuados Integrados. 

Há anos atuando no setor da saúde, o executivo alerta que ainda faltam no país mais opções para os idosos. “Hoje ainda são poucos os serviços voltados para eles. E se formos pensar que nos últimos 16 anos obtivemos um aumento de 76% da população idosa no país e em pouco tempo eles serão uma parcela relevante da população, medidas deveriam ser tomadas desde já”. Por isso, a expectativa é que a Rede do qual faz parte possa inspirar outras instituições a oferecerem serviços às pessoas da terceira idade com o objetivo de identificar não somente problemas biológicos (doenças), mas os psicológicos e sociais, inclusive. 

Para isso, a família também deve ser o foco da atenção, para garantir prevenção e promoção de cuidados voltados à saúde como um todo. “Uma rede de cuidados continuados integrados, como a que formamos recentemente, aparece como um elo que faltava ao sistema de saúde e representa uma evolução às políticas assistenciais para entregar maior autonomia e qualidade de vida às pessoas, sem que elas precisem depender de parentes ou unidades hospitalares tradicionais de alta complexidade não concebidas para esta finalidade de cuidados”, explica Carlos. 

O geriatra Vinícius Lisboa, Diretor Clínico da Rede Paulo de Tarso, alerta que os idosos tendem a ficar muito sozinhos, o que leva a um problema recorrente que é o da automedicação. “No caso da pandemia, vimos muito isso. A orientação era não sair de casa, então eles não procuravam ajuda e resolviam qualquer problema com o remédio que tinham à mão. Mas, pela idade, o idoso já tem uma lentidão maior da resposta imunológica. Além disso, é normal que ele já tenha algumas comorbidades crônicas, como diabetes, hipertensão, doença cardíaca, entre outras já que 70% dos idosos possuem uma ou mais doenças crônicas associadas. Por isso é muito importante contarem com um acompanhamento médico, ou seja, um cuidado frequente e não pontual”.

Na formação atual, que ainda receberá reforço, a Rede Paulo de Tarso conta com um Hospital de Transição, uma Clínica Integrada e o serviço de Atenção Domiciliar. O primeiro é indicado a pessoas que estiveram (ou estão) internadas por um tempo e ainda precisam de cuidados médicos e equipe multiprofissional essenciais, mas sem demandar intervenções de alta complexidade ou terapia intensiva (fornecidas pelos hospitais gerais). Trata-se da melhor opção para pacientes com enfermidades crônicas ou degenerativas, pessoas que requerem tratamento especial e cuidados prolongados que visem a reabilitação, readaptação e reinserção social, garantindo maior autonomia, independência e qualidade de vida. 

Na Clínica Integrada, é realizado atendimento ambulatorial nas especialidades de geriatria, clínica médica, nutrologia, fisiatria, neurologia e serviço de aplicação de Toxina Botulínica para ganhos funcionais e reabilitação motora. Ela ainda contará, em breve, com serviços nas áreas de Psiquiatria, Endocrinologia, Ortopedia, Urologia, Cardiologia, Odontologia, Estomaterapia e Endoscopia. 

Já na Atenção Domiciliar, é oferecido um serviço que vai além de um cuidado ao paciente em sua casa. Ele está conectado às linhas de cuidado do Hospital de Transição Paulo de Tarso e busca garantir um retorno seguro para o domicílio com manutenção e continuidade dos cuidados integrados. Todo o plano e meta terapêutica são pensados com o objetivo de reduzir readmissões hospitalares garantindo segurança para pacientes e famílias. Um cuidado feito de forma continuada e frequente. Afinal, a pandemia passa, mas os idosos continuam precisando de atenção. 



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