sábado, 27 de junho de 2020

Pesquisadores alertam para novo vírus da Zica no Brasil


Agora, mesmo em meio a pandemia do Covid-19, uma nova linhagem do vírus da zika foi descoberta por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz Bahia

Tribuna da Bahia, Salvador
27/06/2020 06:30 | Atualizado há 12 horas e 14 minutos
   
Foto: Prefeitura de Juiz de Fora/Divulgação
Por: Poliana Antunes

A zika foi diagnosticada pela primeira vez no Brasil em maio de 2015, quando se propagava pelo Nordeste transformando-se em epidemia. Contudo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou emergência mundial pela doença em fevereiro de 2016. Agora, mesmo em meio a pandemia do Covid-19, uma nova linhagem do vírus da zika foi descoberta por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz Bahia.
De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), no período de 29/12/2019 a 13/06/20, o estado teve pelo menos, 2.730 casos prováveis de Zika, casos/100 mil habitantes. No mesmo período de 2019, foram notificados 1.411 casos prováveis, o que representa um aumento de 93,5%.
Já para o Ministério da Saúde, das principais arboviroses que circulam no Brasil, a zika tem sido a com menor número de casos em 2020: foram notificados 3.692 casos prováveis (taxa de incidência 1,8 casos por 100 mil habitantes. “Mas essa situação pode mudar caso uma nova linhagem genética comece circular na população”, alerta.
Segundo pesquisadores do (Cidacs), a descoberta aconteceu por meio de uma ferramenta que monitora as sequências genéticas do vírus, os cientistas detectaram, pela primeira vez no país, um tipo africano dele, com potencial de originar uma nova epidemia.
Em entrevista para o site G1, Artur Queiroz, um dos líderes do estudo, explicou que dois dados indicam que a linhagem circulou pelo Brasil em 2019. “Ela foi encontrada em dois Estados distantes entre si: no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro. Os hospedeiros que “abrigavam” os vírus eram diferentes: um mosquito “primo” do Aedes aegypt, chamado Aedes albopictus, e uma espécie de macaco”.
SINTOMAS
Os sinais de infecção pelo Zika vírus são parecidos com os sintomas de dengue, e começam de 3 a 12 dias após a picada do mosquito. A maior parte dos indivíduos, cerca de 80 %, após se infectar com ZKV não desenvolverá qualquer sintoma da doença. Os sintomas de Zika Vírus, quando presentes, são:
Febre baixa (entre 37,8° e 38,5°C) Dor nas articulações (artralgia), mais frequentemente nas articulações das mãos e pés, com possível inchaço Dor muscular (mialgia) Dor de cabeça e atrás dos olhos Erupções cutâneas (exantemas), acompanhadas de coceira. Podem afetar o rosto, o tronco e alcançar membros periféricos, como mãos e pés Conjuntivite: um quadro de vermelhidão e inchaço nos olhos, mas em que não ocorre secreção.
A infecção pelo Zika Vírus na gestação, existem várias questões permanecem ainda sem resposta como: em que fase da gestação o vírus zika pode causar alterações congênitas, em que proporção as gestantes infectadas pelo zika transmitem a infecção aos fetos, por quanto tempo após a aquisição da infecção permanece o risco dessa transmissão, entre diversas outras indagações.
Sem tratamento específico, as complicações causadas pelo Zika vírus na gestação podem ser diminuídas pelo diagnóstico e acompanhamento precoce dos recém-nascidos acometidos e o Ministério da Saúde estabeleceu protocolos específicos para identificação dos casos.

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