Após o presidente Jair Bolsonaro ter sido alvo do grupo Anonymous na
noite de segunda-feira, internautas divulgaram nas redes sociais uma
ficha virtual de filiação de Bolsonaro, atualmente sem partido, ao
Partido dos Trabalhadores (PT), usando dados pessoais do presidente que
foram divulgados. Na manhã desta terça, o perfil do PT no Twitter se
manifestou sobre a tentativa de filiação de Bolsonaro: "Indeferido",
disse a legenda. Os dados divulgados de Bolsonaro, como CPF, número de
telefone e título de eleitor, na verdade já eram públicos - eles ficam
disponíveis em sistemas da Justiça Eleitoral toda vez que qualquer
pessoa lança candidatura em eleições. Antes de se eleger presidente,
Bolsonaro foi deputado federal por sete mandatos. O preenchimento da
ficha de filiação do PT, partido de oposição ao governo Bolsonaro, é
feito pela internet. O PT informa em seu site que "qualquer homem ou
mulher que se disponha a lutar por uma sociedade democrática, plural e
solidária pode se filiar ao PT", desde que cumpra requisitos legais como
ter mais de 16 anos e não estar filiado a nenhum outro partido
político. Bolsonaro está sem partido desde o fim de 2019, quando deixou o
PSL para fundar o Aliança pelo Brasil, legenda que ainda não conseguiu
sua homologação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para que a
filiação seja validada, no entanto, é necessária a aprovação do próprio
partido, que cadastra a ficha do novo filiado no TSE. Em suas redes
sociais, o PT já informou que não fará isso com a suposta filiação de
Bolsonaro, preenchida na verdade por internautas. Em seu sistema de
filiação, o PT também informa que, antes de concluir o processo, o
partido apresenta "a história e o programa do nosso partido, além dos
direitos e deveres dos filiados e filiadas". "Sua filiação só será
concluída depois que você considerar que não há mais nenhuma dúvida",
diz o site. Também circulam nas redes sociais prints de tentativa de
filiação de Bolsonaro ao Partido da Causa Operária (PCO).
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