sexta-feira, 1 de maio de 2020

De cada 10 mortos por Covid-19 na Bahia, seis estavam em hospitais públicos

VERDINHO DE ITABUNA
Uma análise dos dados das 100 primeiras mortes por coronavírus na Bahia aponta que, do total de vítimas, 57 estavam internadas em hospitais e unidades de saúde da rede pública quando morreram. Dezoito morreram em hospitais privados e outras 18 estavam em unidades filantrópicas. Há, ainda, seis casos em que as pessoas morreram fora de hospitais e um caso não especificado. Os dados foram computados pelo Metro1 com base nas informações de boletins diários da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), desde o dia 29 de março, quando ocorreu o primeiro óbito.
A primeira morte em um hospital público no estado foi registrada em 3 de abril, quando uma mulher de 41 anos, hipertensa, asmática e obesa, foi a quinta pessoa a vir a óbito pela doença. Até então, todos os registros haviam sido de hospitais privados. A partir do dia 7 de abril, os óbitos em hospitais públicos passaram a crescer em um ritmo mais rápido do que os registros de unidades particulares.


O quinto óbito também marcou a primeira vez em que uma pessoa do sexo feminino foi vitimada. Na escalada da Covid-19, as mulheres viriam a se tornar maioria entre os óbitos: foram 52 vítimas do sexo feminino e 48 homens. Os registros apontam que a doença vitimava menos mulheres até o último dia 28, quando oito das dez mortes registradas foram de pessoas do sexo feminino.
Em seis casos, os pacientes morreram fora de hospitais ou unidades de saúde, sendo cinco em domicílio. Apenas um desses casos ocorreu em uma instituição de permanência de idosos, vitimando uma mulher de 92 anos, com histórico de doença pulmonar crônica.
Ainda segundo os dados da Sesab, o tempo transcorrido entre o primeiro e o 50º óbito foi de 23 dias. Já entre a 51ª morte, registrada em 22 de abril, e a 100ª, confirmada na quarta (29), foram apenas sete dias.
O levantamento foi realizado pelo Metro1, inicialmente, com base nos boletins divulgados pela Sesab em seu site oficial. Em 10 registros, no entanto, faltavam informações sobre o tipo de unidade de saúde na qual os pacientes estavam internados. Tais detalhes foram solicitados diretamente à pasta, que enviou informações sobre nove das ocorrências.

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