sexta-feira, 3 de abril de 2020

Respiradores comprados pela Bahia ficam retidos nos EUA


Uma carga de 600 respiradores artificiais chineses comprada por estados do Nordeste ficou retida no aeroporto de Miami (EUA), onde fazia conexão aérea para ser enviada ao Brasil. O contrato no valor de R$ 42 milhões assinado pelo governo da Bahia como representante da região foi cancelado pela empresa fornecedora sem maiores explicações no início da semana. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. “Alegaram apenas razões técnicas”, afirmou à publicação Bruno Dauster, secretário estadual da Casa Civil. De acordo com a Folha, a empresa, cujo nome não foi revelado, disse que a carga teria outro destino, não especificado. A desconfiança é que os equipamentos se destinem agora ao combate da crise do coronavírus nos EUA, que teriam acertado pagar mais à empresa chinesa.
“Estamos indo atrás de outro fornecedor”, disse Dauster. O valor não chegou a ser desembolsado pelo governo baiano, segundo a reportagem. O cancelamento da compra é exemplo de um fenômeno que vem acontecendo mundialmente, como revelou na quarta (1°) o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Agora que o presidente Donald Trump abandonou sua postura cética sobre o tamanho da crise e moderou as críticas à China, passou a olhar para o país asiático em busca de doações e compra de equipamentos. E outros países têm sido preteridos. Apesar do risco de haver novos cancelamentos, governadores, por falta de opção, seguem recorrendo à China.

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