quinta-feira, 30 de abril de 2020

Momento de ressignificação das doações nas ações filantrópicas

Movimento Bem Maior

Com a pandemia do novo Coronavírus em curso acelerado, a cultura de doação se fortalece no Brasil. A solidariedade, de norte a sul do país, tem se multiplicado por meio de ações e doações extremamente relevantes. Não faltam exemplos, do pequeno ao mega empresário, das Ongs, e de cada cidadão que tem se comprometido até individualmente nessa rede de proteção contra a pandemia.
O Movimento Bem Maior tem como objetivo fomentar o investimento social privado, visando desenvolver e fortalecer o terceiro setor e a cultura de Colaboração no país. 
Além disso, conecta causas, empresas e pessoas unindo os propósitos. Atentos as emergências do momento, ainda assim não se pode deixar de lado princípios de compliance e gestão.
Juntos, os fundadores e o Movimento Bem Maior, anteciparam investimentos de projetos futuros para atuar nas demandas emergenciais em prol do combate ao coronavírus, em duas frentes: saúde e alimentação.
Em parceria com IDIS e BSocial criou o Fundo Emergencial para Saúde – Coronavírus Brasil, para prover insumos e equipamentos para Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Hospital Santa Marcelina, Hospital São Paulo, Santa Casa de Misericórdia SP e Comunitas. Em um mês, o fundo arrecadou R$ 6,6 milhões, e estamos finalizando a adesão de mais R$ 5 milhões. Alcançamos mais de 5 mil doadores, estimulando e fomentando a democratização da filantropia.
Na frente de saúde em Minas Gerais, o Movimento Bem Maior está fazendo a governança da campanha Dias Melhores, projeto de empresárias de Minas Gerais que visa arrecadar fundos que serão destinados para a compra de EPIs para a rede pública de saúde do estado.
Na outra frente está o projeto Ação da Cidadania e nessa parceria já foram arrecadadas 2,2 mil toneladas de alimentos, destinados a 782 mil pessoas, distribuídas em 21 estados que equivalem a 6,8 milhões de pratos de comida. Arrecadou R$ 8,8 milhões e aguardando o repasse de outras parcerias no valor de R$ 3 milhões.
Além disso a instituição direciona olhar cuidadoso aos 50 projetos de impacto local, em diversos eixos temáticos, que estão sob sua governança, e que atualmente também recebem recursos para darem continuidade às suas ações e auxiliar a sua comunidade em torno para os cuidados da pandemia.
“Quanto mais doamos, mais nos aproximamos do nosso propósito e mais fortes nos tornamos. Acreditamos nas pessoas, no engajamento e na força que ações estruturadas têm para transformar o mundo”, diz Elie Horn, empresário e proprietário da incorporadora Cyrela e um dos fundadores do Bem Maior.
Outro fundador do Movimento Bem Maior, Rubens Menin, afirma que atuar em rede é o caminho. “É a partir dessa pro-atividade que conseguiremos fortalecer a sociedade civil, criando uma agenda comum e inclusiva, além de articular estratégias para o desenvolvimento social do país.”
Na visão de Eugênio Mattar, também fundador do Movimento Bem Maior e CEO da Localiza, “a redução da desigualdade é condição para uma sociedade melhor e passa por criar igualdade de oportunidades. Diante disso, o Movimento Bem Maior investe em ações e projetos estratégicos, dialogando com a esfera pública, com o intuito de escalar expressivos projetos-piloto numa escala nacional.”
Em tempos de pandemia do coronavírus, a solidariedade e a união tornam-se ainda mais evidentes. Na perspectiva do igualmente fundador João Araújo, "é fundamental informar, responder as demandas urgentes e proporcionar soluções nos diversos cenários.”
Campanhas e Ações com a parceria do Movimento Bem Maior 
Várias empresas e entidades estão fazendo ações como matchfunding com seus colaboradores (Sulamérica, Banco ABC Brasil e Pátria Investimentos), campanhas com colaboradores (Machado Meyer Advogados, Softtek), entidades setoriais (ABRAINC, AFEAL, IBRADIM), mobilizando seus associados, lojas destinando percentuais de suas vendas (Uol/PagSeguro, Carla Amorim, Mixed, Privalia, Fogo de Chão, Schlammek Kosmetik), artistas, cantores e modelos realizando lives, leilões, jogadores de futebol, via CBF, em prol da captação.
Gerando Falcões - organização social que atua nas favelas e periferias de São Paulo, distribuindo voucher de alimentação, que equivale a uma cesta básica.
União SP -  Apoio a organização que capta recursos privados, comprar e distribui produtos, de acordo com a demanda do momento da pandemia direcionado para o Estado de São Paulo.
Ao Vivo pela Vida, é um festival online que arrecadará doações para o Fundo Emergencial para a Saúde e Ação Cidadania (cestas e material de higiene), em parceria com a Dadivar e Suba.
Showlivre, uma live musical para arrecadação de doações para o Fundo Emergencial para a Saúde.
Seleção Solidária, parceria CBF, CUFA e Transforma Brasil arrecadação para Ação Cidadania
Universitários contra o Corona, articulação dos estudantes das universidades brasileiras para arrecadação para o Fundo Emergencial para a saúde.
Ligando as Pontas, ação direta de conectar Families Office, Empresários, Empresas, pessoas físicas e filantropos as demandas recebidas.
Filantropia no centro do debate
O desafio de enfrentar uma pandemia mundial fez o cenário nacional da filantropia emergir com uma velocidade sequer imaginada. Essa onda de solidariedade trouxe, definitivamente, o fortalecimento da cultura de colaboração no país.
É neste momento que o Movimento Bem Maior reforça que sua trajetória de filantropia é o caminho para o fortalecimento de uma sociedade mais igualitária e sustentável para além da pandemia do coronavírus.
“Vivemos em um tempo que trabalhar em rede, ter um olhar mais coletivo e dar as mãos para as pessoas com quem compartilhamos a cidade é uma realidade. A filantropia é uma decisão fundamental para a transformação do mundo e do Brasil, resignificando a definição de colaboração e união, e estimulando uma cultura de empatia e doação. O investimento social privado é estratégico e complementar a políticas públicas e corporativas. Juntos poderemos fazer a diferença em um mundo tão desigual.” Afirma Carola Matarazzo.
São inúmeros exemplos que mostram a intenção de liderar com empatia, colaboração e respeito, onde, como sociedade, nos unimos de forma organizada, em rede, em benefício do coletivo, para enfrentar o problema que está a nossa frente. O Brasil tem a chance de mudar a posição que ocupa no Índice de Solidariedade (122ª),  reconstruindo o tecido social brasileiro. E colocar a filantropia no centro do debate.
O momento inspira reflexão de nosso papel como indivíduos e sociedade e quais são nossas prioridades e escolhas. Elas afetaram não só a vida, mas a sociedade que estamos inseridos. Para seguir em frente, após algo tão intenso, acreditamos que o centro da discussão deverá ser a desigualdade estruturante e o abismo social em que o país vive.
Afinal, a consciência enraizada das demandas devem ser o mote para elevar a solidariedade e a filantropia como uma nova ordem mundial.





Sheila Brasil
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