Delegado Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro, chegou a ser oficializado como diretor-geral, mas teve a nomeação suspensa por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro afirmou
nesta quarta-feira (29) em discurso nas cerimônias de posse dos ministros André
Mendonça (Justiça e Segurança Pública) e José Levi (Advocacia-Geral da União)
que "brevemente" concretizará o "sonho" de dar posse ao delegado
Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal.
Ramagem chegou
a ser nomeado diretor-geral, após publicação no "Diário Oficial da
União", e tomaria posse na mesma cerimônia. Mas, por decisão do ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a nomeação foi suspensa. Moraes
apontou possível desvio de finalidade na indicação. Diante da decisão
do ministro, o presidente
cancelou a nomeação de Ramagem, amigo da família Bolsonaro. Ele assumiria
no lugar do delegado Mauricio Valeixo, cuja demissão motivou o ministro Sergio
Moro a deixar o governo, substituído por André Mendonça.
"Uma das questões importantes, que quem nomeia sou eu:
a nossa PF não persegue ninguém, exceto bandidos. Respeito o Poder Judiciário,
mas antes de tudo respeitamos a nossa Constituição. O Ramagem foi impedido por
uma decisão
monocrática de um ministro do STF. Eu gostaria de honrá-lo no dia de hoje
dando posse como diretor da PF. Tenho certeza que esse sonho meu, mas dele,
brevemente se concretizará, para o bem da PF e do Brasil", declarou
Bolsonaro.
O presidente disse que Ramagem foi escolhido como
"homem de elite" pela direção da Polícia Federal, durante o governo
Michel Temer, para chefiar a segurança do então candidato após Bolsonaro ter
sofrido um atentado a faca em um ato de campanha em Juiz de Fora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário