Uma esquadrilha de mosquitos da dengue conseguiria esgotar as vagas da maioria dos hospitais brasileiros. Augusto Nunes:
O bloco Unidos da Quarentena não conseguiu esconder a excitação
provocada pelo esgotamento das vagas reservadas a infectados pelo
coronavírus no hospital Emílio Ribas, em São Paulo. A ala dos repórteres
descreveu minuciosamente tanto a angústia dos familiares de doentes em
estado grave quanto a aflição dos profissionais da saúde sem meios de
atender à demanda subitamente ampliada pela pandemia.
O Emílio Ribas, merecidamente, é uma referência mundial em matéria de
tratamento de moléstias infecciosas. Por isso mesmo, os jornais não
deveriam afogar na enxurrada de notícias perturbadoras a informação
espantosa: os leitos de UTI são apenas 30. É isso mesmo: trinta. Se uma
instituição reverenciada internacionalmente enfrenta carências desse
calibre, é fácil imaginar o que se passa nos hospitais dos grotões do
Brasil.
Nenhum deles escaparia da superlotação se fosse atacado por uma esquadrilha de mosquitos da dengue.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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