Organização Mundial da Saúde também alertou que transmissões estão
ocorrendo dentro das famílias e que mortes evitáveis aumentaram em
sistemas de saúde que foram duramente impactados pela pandemia
Foto: Salvatore Di Nolfi/Keystone/AP
A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta nesta segunda-feira (30) para o crescimento de mortes evitáveis nos sistemas de saúde que foram afetados pela pandemia de coronavírus e voltou a reforçar a necessidade de testar todos os suspeitos e de adoção de medidas de isolamento social.
O diretor executivo da OMS, Michael Ryan, alertou que a transmissão em vários partes do mundo está acontecendo dentro das próprias famílias, afirmando que as transmissões estão "passando das ruas" para "dentro das famílias" e voltou a falar da necessidade de isolamento social de toda a comunidade.
Ryan reforçou a necessidade de se frear a velocidade das novas infecções, "isolando e testando casa suspeito, e colocando em quarentena todos os casos", assim como também "todos os contatos devem ficar em quarentena em casa".
A OMS tem pedido desde fevereiro que os países afetados pela Covid-19 testem todos os suspeitos e adotem medidas de isolamento social para ganharem tempo a fim de fortalecer seus sistemas de saúde.
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, ressaltou que, mesmo com as medidas de isolamento, "é vital respeitar a dignidade e o bem-estar de todas as pessoas" e importante que "os governos mantenham seu povo informado sobre a duração prevista das medidas e forneçam apoio a idosos, refugiados e outros grupos vulneráveis."
Aumento das mortes evitáveis
Tedros também alertou nesta segunda que a Covid-19 está afetando todo o sistema de saúde e os doentes que dependem dele. "Surtos anteriores demonstraram que, quando os sistemas de saúde são sobrecarregados, as mortes devido a condições evitáveis e tratáveis pela vacina aumentam drasticamente."
Tedros pediu que os países continuem campanhas de vacinação, serviços de pré-natal e atendimentos da saúde da família. "Mesmo estando em meio a uma crise, os serviços essenciais de saúde devem continuar. Os bebês ainda estão nascendo, as vacinas ainda precisam ser entregues e as pessoas ainda precisam de tratamento que salva vidas para uma série de outras doenças", disse o diretor-geral.
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