segunda-feira, 30 de março de 2020

Mourão diz que é preciso deixar individualismo de lado e buscar consenso no combate à pandemia



Mourão diz quando Bolsonaro diz gripezinha, “é o linguajar dele”
Leandro Colon e Gustavo Uribe
Folha
O vice-presidente, general Hamilton Mourão, 66, diz que é hora de as autoridades deixarem o individualismo de lado no combate ao coronavírus no Brasil e defende um consenso frente à pandemia. “O fulano está pensando só nisso porque é de direita e o outro só aquilo porque é de esquerda. Não, nós temos de buscar um meio-termo e a igualdade”, disse.
“Acho que está havendo uma falta de coordenação das ações no final”, declarou sobre a crise entre os governadores e o presidente Jair Bolsonaro. Segundo Mourão é preciso encontrar um modelo de isolamento que não seja “oito ou oitenta”.
CONFIANÇA – Questionado sobre a decisão de Bolsonaro de não mostrar o exame negativo para o vírus, respondeu: “Acho que tem de confiar na palavra do presidente. Seria o pior dos mundos o presidente chegar e declarar que testou e deu negativo e depois aparecer que deu positivo”.
O coronavírus é uma doença séria ou uma gripezinha?
Ele [o vírus] é sério. O presidente, quando fala de gripezinha, é o linguajar dele. Busca passar certo grau de confiança para a população. Aí a turma fica com raiva e quer pular na jugular dele.
O senhor falou que o presidente foi mal interpretado no pronunciamento de terça-feira, dia 24,. Ele não é irresponsável em falar em gripezinha, resfriadinho, pedir todos na rua, atacar a mídia?
Sobre a questão da briga do presidente com a mídia e da mídia com o presidente, já houve um momento em que deixou de haver a crítica, sinceramente. Às vezes, vejo jornalistas renomados falando, principalmente na televisão, com raiva. Pelo amor de Deus, não vamos ter raiva.
Como o senhor avalia o papel da mídia na cobertura da pandemia?
A mídia está fazendo o papel dela e está informando.
Por que o senhor diz que o presidente foi mal interpretado?
Porque ele quis explicar as consequências de um “lockdown” drástico e o que ia acontecer na economia. Então apresentou aquela preocupação.
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