segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

"O povo continua acreditando na gente", diz Bolsonaro a baianos


O 1º encontro de Apoiadores do Aliança Pelo Brasil em Salvador aconteceu no último sábado, no Hotel Fiesta

Tribuna da Bahia, Salvador
27/01/2020 10:33 | Atualizado há 1 hora e 14 minutos
   
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Por: Henrique Brinco

O presidente Jair Bolsonaro não pôde comparecer pessoalmente no 1º Encontro de Apoiadores do Aliança Pelo Brasil em Salvador, realizado no último sábado, no Hotel Fiesta. O gestor do Executivo federal, que está em agenda no exterior, gravou um vídeo exclusivo para os eleitores baianos. "O Brasil recuperou a sua confiança, o mundo acredita gente e o Brasil está dando certo. O povo continua acreditando na gente", iniciou, pedindo empenho dos aliados para a coleta de assinaturas suficientes para a formação da sigla na Bahia.
"Agradeço a todos vocês que estão se empenhando na coleta de assinaturas para formar esse grande partido que será conhecido como aquele que resgatou a confiança na política brasileira", completou Bolsonaro, sendo ovacionado pela plateia em seguida. O filho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, também pediu celeridade para criar o partido, segundo ele, "conservador nos costumes e liberal na economia". "Vamos conseguir criar esse partido o mais rápido possível", declarou.
O pico do evento foi se deu durante o discurso do presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Manoel Cardoso Linhares. Durante a fala, um apoiador do presidente Jair Bolsonaro se levantou da plateia e o acusou de ser ligado ao ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT). O homem levantou o celular e mostrou uma foto de Manoel ao lado de Ciro.
O gestor, então, se explicou: "Bolsonaro me chamou. Se você quer ver foto de Bolsonaro aqui, eu represento as entidades do turismo no Brasil. Se você quiser se aproximar, eu bato uma foto com você". Neste momento, outros bolsonaristas presentes no evento passaram a vaiar o homem, que permaneceu no local até o fim.
Outro ponto importante da noite foi o discurso do deputado estadual Capitão Alden, que atualmente está no PSL e promete migrar para a sigla após ser criada. O parlamentar defendeu que a militância estude mais política e a Constituição Federal antes de fazer comentários descabidos nas redes sociais. "Tem que ler a Constituição Federal para debater. [...] Quem é conservador tem que saber falar bem", afirmou.
O evento foi organizado pelo vereador Alexandre Aleluia (DEM), que tem se aproximado do deputado federal Eduardo Bolsonaro e pode ser o comandante da sigla na Bahia se a meta de assinaturas for atingida. Ele nega que tenha sido escolhido para presidir o Aliança. "Não [sou presidente do Aliança] porque não há partido. Agora é um movimento político. Estou fazendo tudo para ajudar", explicou. O edil acrescentou que a escolha do presidente baiano da legenda partirá do "Capitão Jair Messias Bolsonaro - para quem missão dada é missão cumprida".
Aleluia classifica a missão de ajudar a oficializar a legenda como "histórica", e defendeu que a Bahia e o Brasil precisam de um partido que "realmente represente valores da maioria silenciosa". No momento, o Aliança está em processo de coleta das assinaturas necessárias para a criação do partido junto à Justiça Eleitoral.
"A Bahia, até o Carnaval, vai chegar na meta do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. Vai ultrapassar", especulou Aleluia. Segundo o edil, no Estado, os correligionários da legenda criada pelo clã Bolsonaro precisam reunir nove mil assinaturas.
Mais de 15 grupos de direita estiveram presentes no encontro. A ocasião também serviu para turbinar o processo de coleta de assinaturas para a criação da sigla. Para tirar um partido do papel, são necessárias cerca de 500 mil assinaturas válidas em todo o país. Quem confere a validade do processo é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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