sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

“Eu organizei sozinho a minha saída”, diz Carlos Ghosn ao negar participação de familiares em fuga


Ghosn diz que “se libertou” da perseguição política no Japão
Deu no O Globo
Em comunicado distribuído nesta quinta-feira, dia 2, por sua assessoria, o ex-titã da indústria automobilística Carlos Ghosn afirmou que organizou “sozinho” sua fuga do Japão, onde é processado e cumpria prisão domiciliar, para o Líbano, negando assim qualquer participação de sua família.
“As alegações nos meios de comunicação segundo as quais minha esposa Carole e outros membros de minha família teriam desempenhado um papel na minha partida do Japão são falsas e mentirosas. Eu organizei sozinho a minha saída. Minha família não teve nenhum papel”, explicou Ghosn em um curto comunicado.
CIRCUNSTÂNCIAS CONFUSAS – As circunstâncias de sua fuga, no entanto, permanecem muito confusas. Ghosn desembarcou na segunda-feira em Beirute, onde publicou um comunicado à imprensa, onde afirmou que ‘ não fugiu da justiça, mas sim se libertou  da injustiça e da perseguição política no Japão’. Sua assessoria de imprensa confirmou à AFP que ele concederá uma entrevista coletiva nos próximos dias.
O executivo foi detido em Tóquio em novembro de 2018, acusado de fraude financeira, e deveria ser julgado no Japão a partir de abril de 2020. Depois de passar 130 dias na prisão, ele cumpria prisão domiciliar.
JULGAMENTO ADIADO – Ghosn decidiu fugir do Japão depois de saber que seu julgamento foi adiado para abril de 2021, e também porque não teve permissão de falar com a esposa, Carole, disseram fontes próximas do ex-chefe da Nissan nesta quinta-feira. As circunstâncias sobre a viagem de Ghosn ao Líbano ainda não foram esclarecidas.
Nesta quinta-feira, a polícia fez uma operação na residência onde o ex-executivo cumpria prisão domiciliar em Tóquio. Ao mesmo tempo, a Interpol emitiu uma ordem de prisão de Ghosn, que foi entregue às autoridades no Líbano.
PRISÃO – Na Turquia, as autoridades anunciaram a prisão de ao menos sete pessoas na tentativa de elucidar as circunstâncias da fuga  para o Líbano, via Istambul, do ex-titã da indústria automobilística.
Em Beiture, ao governo libanês negou que o presidente Michel Aoun tenha recebido Carlos Ghosn, assim que o ex-CEO da Renault-Nissan chegou ao Líbano, como alguns meios de comunicação chegaram a noticiar na quarta-feira.

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