Coluna de Alexandre Garcia, publicada pela Gazeta:
Vicenti Santini decolou da Índia ministro interino da Casa Civil e
pousou em Brasília ministro interinamente demitido. Quando ele chegou
aqui, Bolsonaro já havia chegado e o demitiu sumariamente.
Santini usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) de forma legal,
mas ferindo um compromisso do presidente com o seu eleitorado sobre o
cuidado no uso dos recursos do governo.
O trajeto do ex-secretário foi: de Brasília até Davos e de Davos a
Nova Delhi. Ele estava com duas assessoras. Quando o presidente soube
ficou irritado e o demitiu antes de avisar o ministro dele, Onyx
Lorenzoni – que está em férias nos EUA. Onyx já nomeou outra pessoa.
Outro demitido foi o presidente do INSS. Quem o desligou do órgão foi
o secretário de Previdência, Rogério Marinho. O motivo foram as longas
filas para o serviço de aposentadoria, entre outros.
A piada de Weintraub
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, também foi punido. O
motivo está relacionado com o caso do segurança do vôo do presidente
Bolsonaro para o Japão que portava cocaína em um avião da FAB.
Naquela época, o ministro Weintraub postou no Twitter a seguinte
observação: “no passado o avião presidencial já transportava drogas e em
maior quantidade. Alguém sabe o peso do Lula ou da Dilma?”.
A Comissão de Ética do governo considerou essa atitude foi uma
infração ao Código de Conduta por falta de respeito à dois
ex-presidentes da República. A punição foi uma advertência.
Bolsonaro não mordeu isca de fake news
O presidente Bolsonaro chegou no aeroporto às 8h30 mais ou menos. Na
frente do Palácio Alvorada, antes de tomar um banho, ele deu entrevista e
disse aquilo que não é surpresa para os que me acompanham.
Ele disse que nem ele, nem Moro morderam a isca dessa fake news que
inventaram sobre o ministro estar sendo fritado e que ele ia perder a
pasta de Segurança Pública. O presidente reafirmou que os dois não
morderam a isca.
O relatório de Mourão sobre Witzel
Depois do banho ele foi ao Palácio do Planalto trabalhar e almoçou
com o vice presidente, general Hamilton Mourão. Ele deve ter feito um
relatório para Bolsonaro sobre as histórias do Witzel.
Aliás, depois de divulgar sem pedir licença uma conversa entre ele e
Mourão, Witzel pediu desculpas, na terça-feira (28), ao general por ter
divulgado o áudio. Eu acho que ele não tem mais idade para fazer isso
sem perguntar ou ser uma distração.
Bolsonaro também almoçou com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e
Silva. Como sempre, as Forças Armadas é que são mobilizadas em primeiro
lugar para socorrer os estados em casos de calamidade pública como os
que estão acontecendo no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Espírito
Santo.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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