segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Pesquisa faz consumidor virar o ano com fruta típica que teve redução de preço


Ceia econômica com frutas típicas
Ceia econômica com frutas típicas
A orientação é antiga, mas nunca sai de moda. Os preços de frutas típicas para consumo nas festas do Réveillon seguiram caminhos opostos na Ceasa Minas, o maior entreposto do gênero em Minas Gerais, sugerindo às famílias quais mercadorias estão mais convidativas na ceia para a virada do ano.
O quilo da ameixa caiu de R$ 4,99 para R$ 4,46, o do pêssego recuou de R$ 3,98 para R$ 3,53 e o da nectarina, de R$ 3,86 para R$ 3,39. O da manga também está menor, foi de R$ 1,49 para R$ 1,31.
A pesquisa da Ceasa comparou o preço médio dos 18 primeiros dias de dezembro com o mesmo período do ano passado.
A professora aposentada Vânia Carazelli, de 71 anos, comemora a queda nos preços da manga e do pêssego, duas das frutas que ela mais gosta: “Os valores estão bem menores do que do ano passado. Ainda bem. Nosso bolso agradece”.
Em situação inversa, porém, algumas frutas estão mais caras que no mesmo período do ano passado. O preço da uva niágara teve leve aumento, de R$ 6,69 para R$ 6,7. O do morango, no entanto, escalou de R$ 5,84 para R$ 7,45. O da melancia de R$ 0,85 para R$ 1,08.
O chefe da Seção de Informações de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Fernandes Martins, informou que estes dois últimos resultados ocorreram em razão, principalmente, das chuvas em regiões produtoras.
Martins destaca que também houve alta no preço do abacaxi, de R$ 1,57 para R$ 1,67. Neste caso, o aumento foi influenciado, entre outros fatores, pela demanda forte, comum com a chegada do calor.
Ex-vilão
O levantamento da Ceasa constatou que um ex-vilão da cesta básica, agora, está com preço bem camarada. Trata-se do tomate longa vida.
O preço médio do quilo do fruto, que em dezembro do ano passado custava R$ 2,33, despencou para R$ 1,21.
Segundo Martins, o resultado é consequência da oferta maior no entreposto. A quantidade maior do fruto à disposição dos clientes ocorreu porque muitos produtores, ávidos pelo preço do ano passado, apostaram na lavoura em 2019, acreditando que o valor ficaria parecido com o de 2018.
“No ano passado, o tomate vinha com preços baixos no segundo semestre, o que acabou desestimulando novos cultivos e reduzindo a oferta naquele fim de ano. Como consequência, os preços foram maiores”, explica Martins.

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