Caros amigos
Não tenho nada pessoal contra o Presidente
Jair Bolsonaro e não me considero traído por ele, como, por razões que
desconheço, pensam ou interpretam alguns amigos e conhecidos que me
acompanharam e apoiaram durante a campanha eleitoral pelo governo do
Distrito Federal.
Entrei naquele jogo porque quis. Tive o
apoio de Bolsonaro e de seus filhos Eduardo e Flávio, assim como da
equipe de campanha do Presidente em tudo que lhes foi possível.
Ao mesmo tempo, como não poderia ser
diferente, fiz campanha para ele aqui no DF e coloquei-me conivente com
as suas propostas para tirar o Brasil do rumo que tinha tomado sob a
custódia nefasta do PT e de seus aliados conhecidos e escondidos.
Não tenho, portanto, qualquer razão para
pensar que haja alguma “dívida eleitoral” entre eu e o Presidente. Ele
nada me deve, assim como eu nada lhe devo.
Por outro lado, como eleitor da proposta
de governo feita vencedora por quase 58 milhões de brasileiros,
mantenho-me atento e ansioso por sua integral implementação, o que me
tem levado a, coerentemente, criticar os fatos e as atitudes que, no meu
julgamento, a põem em risco.
Faço-o porque tenho, de fato, o Brasil acima de tudo e porque, consequentemente, só presto contas à minha consciência.
Há quem diga que Bolsonaro, em determinado
momento da campanha, deixou de apoiar-me. Não é verdade! Aqui no DF,
ele nos apoiou até o último dia da campanha.
Estive com ele, no Rio de Janeiro, pouco
tempo antes do primeiro turno e fizemos um pequeno vídeo no qual ele
reafirmou seu apoio a minha candidatura.
Naquela ocasião, encontrei-o,
convalescente da facada, na residência em que ele fazia as “lives” e as
gravações. Lá encontrei também, além do sempre fiel Gustavo Bebianno, o
Pastor Malafaia, o Sen Magno Malta, o então candidato Julian Lemos e o
hoje Senador Flávio Bolsonaro.
Todos os candidatos que ali estavam,
inclusive eu, não lhe faziam visita para estimar-lhe melhoras, mas para
tirar uma “casquinha” do seu crescente cacife eleitoral.
Fiquei espantado com o aspecto do
Presidente, cansado e justificadamente abatido. Fui o último da fila e
já era tarde da noite quando chegou a minha vez de gravar, ele estava
realmente debilitado e orientou-me para que eu transmitisse a minha
mensagem, deixando a ele apenas o encerramento.
Fiquei envergonhado de mim mesmo por o
estar explorando naquelas condições. Na saída, cheguei a comentar com
Flávio Bolsonaro a minha impressão de que seu pai precisava ser poupado
de esforços prolongados como aquele.
Foi a última vez que o encontrei pessoalmente.
Independente disso, sei que fui, em todos
os momentos, um aliado leal da sua conquista. Fiz o que julgava ser o
meu dever, visando o bem do Brasil.
Em momento algum, antes ou depois da sua
vitória, pensei ou tomei atitudes que pudessem ser interpretadas como
busca de reconhecimento pelo apoio que dei à proposta que ele
representava e por cuja implementação ele é, hoje, o maior responsável.
Continuo a apoiar incodicionalmente o seu
governo, sem, no entanto, perder meu senso crítico ou abrir mão do meu
direito ou da obrigação de criticar.
Tenho a consciência tranquila de que faço o
que deve ser feito e lhes asseguro que não dou nem a menor importância
aos impropérios postados nas redes sociais contra mim por pessoas que
considero “sem noção” e que tenho chamado de “insensatos bolsolavianos”.
Como diz o ditado árabe: “Os cães ladram e a caravana passa”!
Forte abraço a todos!
Gen Paulo Chagas
Publicado em Atualidades
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