MPF quer impedir que Escola Militar interfira no corte de cabelo dos alunos e Bolsonaro pede para que pais recorram
Decisão
do Ministério Público Federal da Bahia também impede autoridades de
opinarem sobre a cor das unhas e a maquiagem dos estudantes
31/12/2019 às 09:30 JORNAL DA CIDADE ONLINE
Nesta
segunda-feira(30), o Ministério Público Federal (MPF) da Bahia
determinou que escolas públicas militarizadas sejam impedidas de
interferir em corte de cabelo, cor de unhas e maquiagem de estudantes ou
os impeçam de 'namorar' e se manifestar politicamente.
O modelo
tem crescido e faz com que uma escola municipal ou estadual passe a ter
administração compartilhada entre a secretaria da Educação local e a
Polícia Militar. A ideia é semelhante ao que o governo Jair Bolsonaro
anunciou este mês como prioridade para o Ministério da Educação (MEC).
Para o MPF, elas têm visão “autoritária” e restringem a liberdade de
expressão.
“As
escolas públicas são para comunidade geral, não se pode suprimir as
individualidades. Os alunos necessariamente não querem ser militares,
podem querer ser artistas, por exemplo”, diz o procurador do MPF-BA
Gabriel Pimenta.
Através das redes sociais o Presidente
Jair Bolsonaro recomendou que as escolas, os pais ou os alunos recorram
da decisão do MPF, para que a recomendação seja cassada.
“-
Sugerimos que a Escola, qualquer pai, mãe, aluno, ou interessado da
comunidade manifeste irresignação (recorra) à 1ª Camara de Coordenação e
Revisão do MPF (sede da PGR/Brasília).
- Dessa forma a recomendação poderá ser cassada”, afirmou Bolsonaro.
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