Pedro do Coutto
Reportagem de O Globo de sábado, assinada por Pedro Capetti, destaca que, apesar da criação de vagas no segundo semestre, o desemprego no país permanece atingindo 12,4 milhões de homens e mulheres que continuam aguardando uma oportunidade. Portanto, as reformas trabalhista e previdenciária ainda não surtiram reflexo na composição da mão de obra brasileira. Francamente, digo eu, o processo será lento, não podendo alterar-se como num passe de mágica.
Mas não é esta a questão essencial. O mais importante é que no horizonte não surgiram ainda sinais da ampliação da oferta de vagas.
PROGRAMAS PARALELOS – Uma maior oferta de vagas é fundamental não só para recuperar empregos, como também para abrir espaço aos jovens que tentam entrar no mercado de trabalho até mesmo como aprendizes. É preciso, ao lado do combate ao desemprego, haver programas paralelos com medidas capazes de permitir o ingresso de jovens no mercado de trabalho.
No Brasil nascem por ano 1,7% e morrem 0,7% da população. Assim, a diferença de 1% tem de ser projetada sobre o total de habitantes. Por aí se vê que a cada ano a população brasileira aumenta em 2 milhões de pessoas. Se é esse o índice demográfico, evidentemente também a cada 12 meses 2 milhões de pessoas procuram ingressar no mercado de trabalho. Não encontrando vagas, produzem reflexo no mercado de consumo que no fundo sustenta a produção econômica.
MUDANÇAS NA EQUIPE – Talvez por isso, como acentua Adriana Fernandes, em O Estado de São Paulo, o ministro Paulo Guedes começou a articular mudanças em sua equipe, no princípio remanejando posições, porém na realidade todos sabemos que se trata de um movimento natural para substituições de técnicos que, segundo Guedes, não estão produzindo ideias e projetos capazes de romper o círculo que impede a retomada do desenvolvimento econômico.
O ministro, na minha opinião superestimou a capacidade das reformas, sobretudo a da previdência, para refletir positivamente na ampliação de vagas no mercado de trabalho e, consequentemente, no mercado de consumo. E o mercado de consumo é a única forma possível de levar a indústria a produzir um volume maior do que aquele que está se desenvolvendo no panorama econômico social do país.
Adriana Fernandes informou quais as recolocações esboçadas para os cargos no Ministério da Economia. Um deles a do secretário Mansueto de Almeida, que nega ter seu nome na lista.
UM OUTRO ASSUNTO – O presidente Bolsonaro está agindo com precipitação, ao utilizar o peso e a influência de seu cargo para evitar que até empresas particulares possam publicar seus anúncios na Folha de São Paulo.
Esse caminho deixa no ar uma sensação de perplexidade. Não só pela intervenção do poder público sobre entes privados, mas também pela repercussão nacional e internacional de tal medida. Essa indevida intervenção de Bolsonaro só produzirá efeitos negativos para a administração pública e para o governo.
Reportagem de O Globo de sábado, assinada por Pedro Capetti, destaca que, apesar da criação de vagas no segundo semestre, o desemprego no país permanece atingindo 12,4 milhões de homens e mulheres que continuam aguardando uma oportunidade. Portanto, as reformas trabalhista e previdenciária ainda não surtiram reflexo na composição da mão de obra brasileira. Francamente, digo eu, o processo será lento, não podendo alterar-se como num passe de mágica.
Mas não é esta a questão essencial. O mais importante é que no horizonte não surgiram ainda sinais da ampliação da oferta de vagas.
PROGRAMAS PARALELOS – Uma maior oferta de vagas é fundamental não só para recuperar empregos, como também para abrir espaço aos jovens que tentam entrar no mercado de trabalho até mesmo como aprendizes. É preciso, ao lado do combate ao desemprego, haver programas paralelos com medidas capazes de permitir o ingresso de jovens no mercado de trabalho.
No Brasil nascem por ano 1,7% e morrem 0,7% da população. Assim, a diferença de 1% tem de ser projetada sobre o total de habitantes. Por aí se vê que a cada ano a população brasileira aumenta em 2 milhões de pessoas. Se é esse o índice demográfico, evidentemente também a cada 12 meses 2 milhões de pessoas procuram ingressar no mercado de trabalho. Não encontrando vagas, produzem reflexo no mercado de consumo que no fundo sustenta a produção econômica.
MUDANÇAS NA EQUIPE – Talvez por isso, como acentua Adriana Fernandes, em O Estado de São Paulo, o ministro Paulo Guedes começou a articular mudanças em sua equipe, no princípio remanejando posições, porém na realidade todos sabemos que se trata de um movimento natural para substituições de técnicos que, segundo Guedes, não estão produzindo ideias e projetos capazes de romper o círculo que impede a retomada do desenvolvimento econômico.
O ministro, na minha opinião superestimou a capacidade das reformas, sobretudo a da previdência, para refletir positivamente na ampliação de vagas no mercado de trabalho e, consequentemente, no mercado de consumo. E o mercado de consumo é a única forma possível de levar a indústria a produzir um volume maior do que aquele que está se desenvolvendo no panorama econômico social do país.
Adriana Fernandes informou quais as recolocações esboçadas para os cargos no Ministério da Economia. Um deles a do secretário Mansueto de Almeida, que nega ter seu nome na lista.
UM OUTRO ASSUNTO – O presidente Bolsonaro está agindo com precipitação, ao utilizar o peso e a influência de seu cargo para evitar que até empresas particulares possam publicar seus anúncios na Folha de São Paulo.
Esse caminho deixa no ar uma sensação de perplexidade. Não só pela intervenção do poder público sobre entes privados, mas também pela repercussão nacional e internacional de tal medida. Essa indevida intervenção de Bolsonaro só produzirá efeitos negativos para a administração pública e para o governo.
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