sábado, 28 de dezembro de 2019

Desastres naturais causaram perdas econômicas de US$ 140 bilhões em 2019


"Alimentados pelas mudanças climáticas, esses desastres resultando na morte e no deslocamento de milhões de pessoas, e causando bilhões de dólares em danos", afirmou a ONG britânica

Redação
BAHIA.BA
 Foto: Chinatopix Via AP
Foto: Chinatopix Via AP

Uma pesquisa realizada pela ONG britânica Christian Aid, publicada nesta sexta-feira (27), relacionou as mudanças climáticas como o motivo de pelo menos 15 desastres naturais em 2019. Segundo eles, cada um dos desastres trouxeram um prejuízo de mais de US$ 1 bilhão na economia do mundo. Sete desses desastres atingiram a marca dos US$ 10 bilhões como prejuízo econômico mundial.
A ONG afirma que os fenômenos meteorológicos extremos atingiram todos os continentes em 2019. “Alimentados pelas mudanças climáticas, esses desastres resultando na morte e no deslocamento de milhões de pessoas, e causando bilhões de dólares em danos”, afirmou a nota.
Levando em conta as vidas humanas perdidas, a ONG enfatiza que a imensa maioria das mortes foi causada por apenas dois eventos: as inundações no norte da Índia, com 1,9 mil mortes, e o ciclone Idai, em Moçambique, com 1,3 mil mortes. Lembrando que são as populações mais pobres que sempre pagam o preço mais alto pelas consequências das mudanças climáticas.
Desastres
Na Argentina e no Uruguai as inundações causaram danos de US$ 2,5 bilhões em janeiro, as áreas afetadas receberam chuvas cinco vezes maiores que a média, um ano depois de uma seca severa. Variações acentuadas pelas mudanças climáticas e solos secos agravam as consequências, em caso de chuva forte.
O ciclone Idai devastou uma cidade de Moçambique em março. De acordo com os cientistas, reforçado pelo aquecimento do Oceano Índico, enquanto o aumento do nível do mar agravou as inundações que se seguiram. Já os estragos provocados pelo ciclone Fani, na Índia e em Bangladesh, em maio, são estimados em mais de US$ 8 bilhões.
O relatório afirma que os maiores prejuízos financeiros são registrados nos países ricos, como Japão e Estados Unidos. Em meados de dezembro, a resseguradora suíça Swiss Re tinha uma primeira estimativa anual avaliada em US$ 140 bilhões em perdas econômicas relacionadas a catástrofes e desastres humanos em 2019, contra US$ 176 bilhões em 2018.

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