Lula quer ver gente? Então procura aí um sindicato qualquer, desses que
você encontra a cada esquina, e vai fazer discurso lá dentro. J. R.
Guzzo, via Metrópoles:
Lula, ou alguém da sua bolha, teve uma grande ideia durante sua
recente visita a Paraty, a título de férias: seus “seguranças” (um deles
com arma de fogo na cintura), que não são autoridade de trânsito, nem
de coisa nenhuma, fecharam uma rua da cidade porque o ex-presidente não
queria ser perturbado, na casa onde se hospedava, com a passagem de
veículos e pessoas pela vizinhança.
É claro que em cinco minutos estava formada uma fila de carros na
rua. É claro que começou um buzinaço. É claro que logo se formou o coro
de sempre: “Lula, ladrão, teu lugar é na prisão”. Daí ele fica bravo, e
acha que está sendo perseguido pela “direita”. Queria o que?
O ex-presidente, e o conselho de gênios políticos que o assessora
dizendo que ele está sempre certo, precisam pensar em alguma coisa para
conviver com esse problema – a hostilidade que o acompanha por onde for.
Se continuarem achando que estão certos e os outros estão errados, sua
vida fora da prisão será um Paraty permanente.
Lula quer ver gente? Então procura aí um sindicato qualquer, desses
que você encontra a cada esquina, e vai fazer discurso lá dentro, bem
protegido, para a “militância”. O que não dá, pelo menos no momento, é
fazer um passeio a pé da Candelária até a Central do Brasil, ou desfilar
por dois quarteirões inteiros da Avenida Paulista. Não está dando nem
em Paraty.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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