Rodrigo Maia disse – em sua enésima tentativa de estigmatizar Paulo
Guedes – que a fala do ministro era um fator de insegurança para o país e
negativa para a confiança dos investidores. Coluna de Guilherme Fiuza,
via Gazeta do Povo:
Um procurador pediu ao Tribunal de Contas da União a abertura de
investigação sobre prejuízos causados à economia nacional pelo ministro
Paulo Guedes – por conta de sua fala que mencionou o AI-5 (mencionou
como algo indesejável, mas claro que isso sumiu no noticiário). O
referido procurador disse que o ministro da Economia fez o dólar
disparar. Cumpre fazer de saída um esclarecimento ao leitor: isto não é
uma piada. Ou melhor: é, mas foi sem querer.
Você tem todo o direito de estar otimista com a agenda positiva de
Paulo Guedes, que entregou em 2019 todas as metas fixadas por sua equipe
– inclusive metas ousadas, como a lendária reforma da Previdência. Mas o
seu otimismo, em se tratando de Brasil, não pode ficar cego para certos
choques de realidade paleozoica como a descrita acima. Sim, o país
ainda tem em seu serviço público, em áreas de alta responsabilidade – e
com excelente remuneração – figuras carnavalescas como esse tal
procurador.
Não o citaremos nominalmente apenas pelo singelo detalhe de que o
objetivo de um procurador carnavalesco é procurar carnaval, como o nome
já diz, e aí o melhor a fazer é economizar confete e serpentina para
deixá-lo requebrando sozinho, sem música, sob as manchetes amigas.
A pirueta ridícula desse personagem nem mereceria qualquer comentário
– por ser ridícula – mas, ainda que desprezível, ela tem sua
importância: é uma representação alegórica do Brasil fisiológico que
lutará com todas as suas forças contra a libertação do país. A agenda
liberal em curso fará sumir do mapa boa parte desses parasitas de boa
aparência apadrinhados pelos populistas simpáticos que arrancam as
calças do povo, que ninguém é de ferro. A prova disso é que o
primeiro-ministro Rodrigo Maia – aquele grande brasileiro que passa a
vida tentando sabotar Paulo Guedes e depois vira pai das reformas dele –
adotou o mesmíssimo discurso. Maia é hoje um dos despachantes dessa
casta perfumada e reacionária que dorme e acorda pensando naquilo:
sabotar o governo.
Rodrigo Maia disse – em sua enésima tentativa de estigmatizar Paulo
Guedes – que a fala do ministro era um fator de insegurança para o país e
negativa para a confiança dos investidores. Pare de ler este texto, dê
uma rápida volta ao mundo e pergunte em todos os continentes quem poria
seu dinheiro sob a responsabilidade de Paulo Guedes e quem o poria aos
cuidados de Rodrigo Maia.
Perguntou? Pois é. Conclusão: Rodrigo Maia dizer que Paulo Guedes
afasta investimento é mais ou menos como o capim declarar que o sol
ameaça a vegetação. Ficou claro? Admita que nunca foi tão fácil entender
a fotossíntese.
O procurador semianalfabeto que resolveu usar o TCU para fazer sua
panfletagem colegial contra o fascismo imaginário deveria ser punido. Um
servidor público pago por você não pode fabricar uma premissa vagabunda
– o AI-5 como fator de pressão cambial não serve nem para samba-enredo –
com o intuito de transformar a obrigação de fiscalizar as contas
públicas num arroubo de politicagem. O nome disso é contrabando. Não tem
ninguém vendo? Quem é que cuida da birosca?
Esse negócio de tráfico institucional já deu cadeia no Brasil – Lula
está condenado a mais de um quarto de século de prisão justamente por
usar as instituições para enriquecer o seu bando – e vem mais por aí. A
decisão do TRF-4 condenando o ex-presidente em segunda instância no
processo de Atibaia (e aumentando a pena em 5 anos) foi um recado
claríssimo ao Supremo Tribunal Federal – que estava tentando melar esse
processo na mão grande, com tramoias como aquela do caso Bendine. O
sonho do STF é fazer os crimes da Lava Jato desaparecerem com uma
varinha de condão.
O problema é que o Brasil real acordou e já avisou nas ruas que a
grana do cartel fez o diabo pelos seus prepostos – menos lhes dar uma
varinha de condão. Entendam de uma vez por todas, prezados protozoários
de butique: o truque não funciona mais.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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