segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Tendências para escolas do futuro passam por tecnologia, inclusão e gestão

Positivo

Diante do avanço da tecnologia, o acesso à informação e ao conhecimento, os professores de hoje se deparam com grandes desafios. Não é mais função exclusiva da escola educar, afinal, as crianças estão aprendendo por elas mesmas com os novos recursos. Como perceber esses desafios e se manter atualizado às tendências pedagógicas? De acordo com o especialista Mozart Neves Ramos, “o Brasil ainda tem uma escola do século XIX, professores do século XX e alunos do século XXI”. Para o presidente da Divisão de Ensino do Grupo Positivo, Paulo Arns da Cunha, “é fundamental inserir na sala de aula as ferramentas que esses alunos estão acostumados – e querem usar. Há diversas possibilidades de agregar a tecnologia ao conhecimento. A criatividade do professor fará a diferença”, ressalta.
A integração da tecnologia na sala de aula não exclui a metodologia off-line, mas serve como um complemento e até uma maneira de potencializar esses ensinamentos. “Os cidadãos são formados na escola. Os valores, deveres e direitos serão sempre trabalhados, tanto no ambiente virtual como no físico”, enfatiza Cunha. Para ele, é preciso considerar o aluno de forma empática e se colocar no lugar dele para organizar a escola e um projeto pedagógico que converse com os estudantes atuais e do futuro. “Precisamos entender como as crianças e jovens de hoje aprendem. A interação para eles é fundamental. Não temos mais alunos passivos, que simplesmente absorvem o que o professor tenta passar. E quando o aluno não se sente levado em consideração, ele não consegue produzir de forma adequada a partir de todas as suas potencialidades”, explica.
Inclusão e Conscientização
Diversidade, inclusão, direitos humanos e questões ambientais são preocupações legítimas da sociedade atual. Por isso, é preciso formar alunos que também tenham essa preocupação e estejam preparados para serem parte dessa conscientização. “Esses conceitos não podem ser apenas a política da escola, mas devem estar dentro do projeto pedagógico. A escola não deve seguir os preceitos por causa da legislação, mas entendê-los como diferenciais de formação”, afirma Cunha.
A doutoranda em Educação e coordenadora do curso de Pedagogia da Universidade Positivo, Valéria Brasil, também destaca as tendências para a educação inclusiva. “As instituições de ensino recebem alunos com deficiências, síndromes, transtornos e que legalmente têm direito ao acesso ao conhecimento. Como profissionais da Educação, é preciso entender todas as peculiaridades desses alunos. Para isso, nessas situações, deve-se privilegiar a socialização, acessibilidade de tempo-espaço, entender o indivíduo como único, e só depois disso pensar no currículo escolar”, explica a professora.
Aproximação da família
“A escola do futuro tem que gerar espaços de diálogos e reflexões com as famílias. Não pode se limitar a reuniões pedagógicas - e a interação com canais tecnológicos pode auxiliar nesse processo”, ressalta Cunha. Com a facilidade em criar aplicativos, essa aproximação com os pais pode ser facilitada e a falta de tempo, tão comentada, não será mais desculpa. “A conversa próxima dos pais também colabora para deixar a expectativa deles mais próxima da realidade. Com anos de experiência, percebo que, em algumas situações, os pais deixam grandes responsabilidades para a escola, pensando que é obrigação dela resolver todas as questões relacionadas aos filhos. Mas não é assim, é um trabalho conjunto”, explica Valéria.
Gestão do negócio escolar
Além das propostas pedagógicas e didáticas, outra questão é muito comentada para a sustentação da instituição de ensino: a gestão escolar. “As escolas têm que ter mais cuidado na eficiência da gestão financeira, da mercadológica, dos recursos humanos. Se o gestor de uma escola tem plena consciência de todas as implicações das relações trabalhistas, por exemplo, pode reduzir os custos operacionais. Assim, pode fazer investimentos financeiros em inovação com maior facilidade”, explica Cunha.
Em resumo, as tendências nas questões educacionais se destacam no uso de tecnologia dentro da sala de aula, na compreensão da singularidade dos alunos, na participação dos pais na educação e nas questões administrativas da escola para que os recursos possam ser melhor aproveitados. "Assuntos como esses devem estar em constante discussão com os profissionais da Educação. Essa abordagem determinará a existência das instituições - e todos os conceitos devem ser explorados dentro das disciplinas e atividades regulares", finaliza Cunha.

Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo concentra, na Educação Superior, a experiência educacional de mais de quatro décadas do Grupo Positivo. A instituição teve origem em 1988 com as Faculdades Positivo, que, dez anos depois, foram transformadas no Centro Universitário Positivo (UnicenP). Em 2008, foi autorizada pelo Ministério da Educação a ser transformada em Universidade. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de Graduação presenciais, quatro cursos de Doutorado, sete cursos de Mestrado, mais de 190 programas de Especialização e MBA, sete cursos de idiomas e dezenas de programas de Extensão. A Universidade Positivo conta com três unidades em Curitiba, uma unidade em Londrina (PR), uma unidade em Joinville (SC), além de polos de Educação a Distância (EAD) em mais de 60 cidades espalhadas pelo Brasil. Em 2018, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric.  

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