domingo, 29 de setembro de 2019

Política econômica é uma imensa burrice e ninguém sugere mudá-la


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Charge do Bruno Galvão
Francisco Bendl
Segundo a teoria econômica clássica, também chamada neoliberal, seguida pelo governo Bolsonaro, ainda são necessários fechar os dois anos (2019 e 2020) para “arrumar a casa”. O problema então será daqui a dois anos quando, supostamente, veremos a economia retomar o seu crescimento. Então, a minha pergunta: Como?
Se daqui a dois anos aumentar o número de desempregados, via crescimento populacional, e a economia informal continuar batendo recordes, de onde que virá essa retomada?
DÚVIDAS – O povo sem dinheiro, endividado, desempregado e profissionalmente desatualizado, de que maneira vai contribuir e de forma decisiva, lógico, para o nosso desenvolvimento?
Posso estar errado, e me corrijam se for o caso, mas enquanto nossos governantes não colocarem o cidadão, a pessoa, o ser humano, na condição de prioridade absoluta, duvido que qualquer “teoria” – e assim já se denomina – resolva nossos impasses!
O que me causa espécie é que por mais simples que seja a solução para o desemprego, o governo faz ouvidos moucos, e teima na solução de mercado, prioritariamente, como meio de resolver nossos problemas mais graves!
IMENSA BURRICE – A prevalecer o critério do governo, nenhum país teria problemas. Bastaria vender todas as estatais (como se não houvesse estatais nos país desenvolvidos…), e o mercado resolveria tudo. A meu ver, trata-se de uma burrice sem tamanho, além de desprezo pelo sofrimento do povo.
Enfim, há nossa alienação e omissão como donos desse país. O cidadão brasileiro paga o preço também por esse menosprezo à nação e a nós mesmos, eternamente explorados pelas elites.
Eu não usaria a palavra nomenklatura, mas citaria as castas em que se transformaram os três Poderes. Até porque a nomenklatura era a casta dirigente, que gozava de regalias, mordomias, bons salários, tratamentos diferenciados com o resto da população.
NOSSA REALIDADE – É exatamente o que acontece conosco de uns anos para cá, com o crescimento vertiginoso dos gastos dos três Poderes, na razão inversamente proporcional à fragilidade do povo, às suas carências, às suas necessidades mais prementes.
E na cúpula dos três Poderes é onde vivem nababescamente tanto situação quanto oposição, se revezando. Nos tribunais superiores, por exemplo, os ilustres magistrados e cuidam de si e de sua corporação, inclusive dando “interpretação diferente” às leis que os incomodam.
Mas todos os Poderes, independente de quem os constitui, vivem como bilionários, logo, a nome mais apropriado seria castas, porque todos nós temos de sustentá-los, protegê-los, mantê-los, e ainda agradecer que estamos vivos…

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