sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Lava-Jato agora mira doleiros e gerentes do Banco do Brasil em SP e Natal


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Charge do Baggi (Arquivo Google)
Deu em O Globo
A força-tarefa da Lava-Jato deflagrou nesta sexta-feira uma nova-fase da operação, denominada Alerta Mínimo, a 66ª etapa da investigação. No total, são setes mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos pelos agentes da Polícia Federal em São Paulo e Natal expedidos pela 13ª Vara Federal Criminal do Paraná. A ação desta manhã mira um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo doleiros e gerentes do Banco do Brasil .
São investigadas as atuações de três gerentes e um ex-gerente do BB cooptados por operadores financeiros para facilitar operações de lavagem de dinheiro entre 2011 e 2014. O valor movimentado em transferências bancárias superou R$ 200 milhões. Parte desse dinheiro foi utilizado para pagamento de propinas por empreiteiras que praticaram corrupção contra a Petrobras.
VANTAGENS – Há evidências de que gerentes vinculados a três agências do Banco do Brasil localizadas em São Paulo receberam vantagens indevidas para burlar os mecanismos de prevenção a lavagem de dinheiro da instituição.
De acordo com as investigações, a conduta indevida dos gerentes possibilitou que contas em nome de empresas de fachada controladas por organizações criminosas fossem abertas e operassem na instituição financeira por longo período, realizando centenas de operações de lavagem de dinheiro, inclusive depósitos e saques de valores expressivos em espécie.
EM SIGILO – Os gerentes teriam atuado para encerrar registros do sistema de detecção de lavagem de dinheiro do banco, o que impediu ou dificultou a comunicação de operações suspeitas ao Coaf.
Após a identificação do esquema ilícito, a PF e o Ministério Público Federal (MPF) ofereceram ao Banco do Brasil a oportunidade de realizar apurações sigilosas internas. Essa medida resultou na obtenção de outras provas de lavagem de dinheiro.

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