quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Raquel Dodge abre inquérito para investigar a ação orquestrada no “Dia do Fogo”


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Site do Globo Rural foi o primeiro a denunciar o “Dia do Fogo”
José Carlos Werneck
Agora não se trata de fake news nem de notícias infundadas de militantes inconsequentes, irresponsáveis e histéricos, mas de uma suspeita com reais fundamentos e que merece uma apuração rigorosa. A respeitabilissima e serena procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse, nesta segunda-feira, que existe “suspeita de ação orquestrada” em queimadas na Amazônia.
Ela deu a declaração depois de reunião com integrantes da Força-Tarefa Amazônia, criada pela Procuradoria para discutir o assunto. “Há suspeita de ação orquestrada, há suspeita de uma atuação que foi longamente cultivada para chegar a esse resultado”, afirmou.
INQUÉRITOS – “O que nós percebemos é que há sinais disso, há elementos que justificam a abertura de inquéritos para investigar e punir os infratores”, acrescentou.
As queimadas têm repercutido internacionalmente, e o presidente da República autorizou o envio de integrantes das Forças Armadas a estados da Região Amazônica.
De acordo com a procuradora, ficou decidido na reunião da força-tarefa que o grupo pedirá a abertura de um inquérito para que as queimadas sejam devidamente investigadas.
PERSECUÇÃO – “Como resultado da reunião de hoje, estou requisitando abertura de inquérito para promover a persecução penal daqueles que incentivaram que queimadas fossem adotadas em terras federais”, afirmou Dodge.
A procuradora disse que pedirá à PF para investigar o caso e a Polícia Federal já apura se houve convocação para ‘dia do fogo’ no Pará já que segundo o Ministério Público paraense, um jornal do município de Novo Progresso publicou um anúncio para o “dia do fogo”.
A Polícia Federal está investigando se houve uma convocação para queimadas no Pará e vai apurar se houve ação criminosa nas queimadas na Amazônia brasileira.
‘COALIZÃO’ – Raquel Dodge declarou que os ministérios públicos dos estados e da União decidiram fazer um trabalho conjunto e formar uma “coalizão”.
“Esta é a primeira das medidas de persecução penal que os ministérios públicos dos estados brasileiros e o Ministério Público Federal, por intermédio de promotores de Justiça e procuradores da República tomarão ao longo das próximas semanas. O que nós queremos é sincronizar a atuação do Ministério Público brasileiro para que as queimadas e os incêndios cessem e para que os infratores, aqueles que estão cometendo esses gravíssimos crimes de pôr fogo na floresta sejam identificados e punidos”, declarou a procuradora.
DIA DO FOGO – Também Leda Albuquerque, Procuradora-Geral de Justiça do Amazonas, disse que uma das frentes discutidas foi a investigação para identificar pessoas ligadas ao “dia do fogo” em Altamira, no Pará. “Nós temos o local em que isso se deu. Será possível essa busca dessa identificação”, ressaltou.

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