Coluna de Alexandre Garcia, publicada pela Gazeta do Povo:
Hoje eu estou no Rio Grande do Sul, não estou acompanhando Brasília
de perto, mas deu para assistir ao lançamento de outro programa que
substitui o Mais Médicos: o nome é Médicos pelo Brasil.
São 18 mil vagas com bons salários para os médicos brasileiros. Eu
não consigo deixar de comentar sobre o contrato de trabalho escravo que
nós fizemos com os cubanos via Organização dos Estados Americanos (OEA).
Vergonha para nós brasileiros. Vergonha para a OEA.
Um contrato no qual um médico cubano era tratado como escravo: eles
recebiam somente um quarto do salário, e o resto era para o governo
cubano. Essa era uma forma de ajudar o governo cubano como se o nosso
BNDES já não estivesse financiando o porto de Mariel para a construtora
brasileira pagar propina para o partido que inventou tudo isso.
Esses pobres cubanos escravizados há 60 anos foram usados para
arrecadar dinheiro para aquele governo podre e genocida que está caindo
aos pedaços, mas resiste em cima do pobre povo cubano.
Os cubanos que aqui ficaram - são quase 2 mil - já receberam
condições para ficar por aqui. Mas os que quiserem exercer a medicina
vão ter que prestar exame, porque o curso de medicina de Cuba é mais ou
menos uns 20% do que é o curso aqui no Brasil, em termos de tempo e
estudo.
Essa é uma nova atitude do governo brasileiro - que vai beneficiar
médicos brasileiros com um bom programa, é claro - mas que também vai
ajudar os cubanos que conseguiram ficar aqui porque provavelmente a
família não ficou lá, e eles não querem mais voltar para aquela
ditadura.
STF
O Supremo Tribunal Federal reiniciou com tudo. Tratou do impedimento
de repassar informações de corruptos e lavadores de dinheiro no Coaf, da
queixa do presidente da OAB sobre referências ao pai dele que pegou em
armas para implantar no Brasil um regime marxista como o cubano.
Além disso, tratou das relações com o Ministério Público; na verdade,
tratou de relações com as ruas. Nunca o Supremo esteve tanto na boca e
na crítica das pessoas comuns. O Supremo sempre esteve em uma torre de
marfim. Agora não, pois a gente acompanha a Justiça para saber se
justiça é feita.
Código de trânsito
O presidente Bolsonaro propôs algumas mudanças no Código de Trânsito e
chegou a dizer que tem que fechar as autoescolas porque elas não
ensinam nada. Na quinta-feira (1), ao ir da minha casa ao aeroporto eu
observei isso.
As pessoas estão com carteira de habilitação no bolso, mas fazem as
maiores barbaridades no trânsito. Tinha um que ia entrar na esquerda,
mas ficava no lado direito e depois diminuiu a marcha para cortar os
outros que estavam com a velocidade maior, em vez de apertar no
acelerador. O exame para carteira teria que ser um exame de inteligência
também para ver se a pessoa age no trânsito de modo racional.
Eu estou citando isso, mas o que eu queria falar é sobre um
atropelamento em São Paulo. O sujeito vinha de Porsche em alta
velocidade e atropelou uma senhora de idade na faixa de pedestres.
Ele matou, olhou e fugiu. Achar um Porsche é fácil e se descobriu
que, em 2014, enquanto dirigia um Mustang em alta velocidade também
tinha atropelado e matado um motoqueiro. Ele fora condenado a regime
semiaberto, mas a pena foi convertida em prestação de serviços à
comunidade.
Isso prova que a autoescola não ensina nada, e que o sujeito não
aprendeu. O homem que atropelou a senhora já foi solto por um habeas
corpus, porque o desembargador argumentou que solto ele não causaria
prejuízo às investigações. É por isso que morre tanta gente no Brasil.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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