Deu no O Globo
O Facebook não conseguiu identificar comportamentos suspeitos e a divulgação de fake news em grande escala na rede social durante a eleição brasileira do ano passado, de acordo com relatórios da empresa obtidos e publicados nesta sexta-feira, dia 30, pelo jornal americano “The Wall Street Journal”. De acordo com o jornal, a plataforma dependeu de veículos de mídia para identificar questões relativas às eleições presidenciais, porque não tinha desenvolvido ferramentas para uma “detecção proativa” de certos problemas. A empresa de tecnologia não possui ferramentas para detectar conteúdo classificado como fake news, até porque uma empresa privada não deve arbitrar o que é ou não verdadeiro.
O Facebook, porém, possui políticas de combate ao mau uso da rede e toma algumas medidas, como a retirada de perfis falsos da rede, a identificação de aplicativos externos usados para o compartilhamento de postagens em massa na rede social e o aprimoramento das políticas de privacidade. Segundo o The Wall Street Journal, a empresa descobriu também um grupo de direita apoiador de Jair Bolsonaro que encorajava os seguidores no Facebook a usar uma ferramenta externa, que permitia ao grupo publicar informação duas vezes por dia nos perfis dos seguidores.
“VOXER” – Ainda de acordo com o jornal, o documento mostra que o Facebook desconhecia o fato até ser alertado por jornalistas. Segundo a empresa, o aplicativo e todas os post publicados a partir da ferramenta foram excluídos da rede social. Um fonte na companhia informou que o caso foi identificado após reportagem do O Globo mostrar em março de 2018, com exclusividade, que o Movimento Brasil Livre (MBL) passou a publicar conteúdo em massa, usando o perfil de seus seguidores, por meio do aplicativo “ Voxer ”. A ferramenta, que permite compartilhar postagens de forma automática em contas de outros usuários, foi desativada pelo Facebook, após ter sido procurado pelo O Globo durante a apuração da reportagem.
A empresa entendeu que o mecanismo de compartilhamento automático de postagens violava as normas da rede social, porque, além de reproduzir até duas postagens por dia no perfil de cada usuário, permitia que o MBL também redigisse os comentários dos próprios usuários. Por meio da assessoria de imprensa no Brasil, o Facebook informou que a companhia tem feito “progressos significativos no combate a redes coordenadas que usam contas falsas e na luta contra a desinformação”.
“Somente no ano passado, derrubamos dezenas de redes desse tipo em todo o mundo. Nossos sistemas de detecção automatizados estão ficando cade vez mais inteligentes na identificação e remoção de contas falsas, para que possamos operar em escala. Mas estamos cientes de que esse é um desafio contínuo”, diz o Facebook em nota. Segundo o “The Wall Street Journal”, os documentos, partilhados entre os funcionários da empresa, mostram também como o Facebook continua a tentar lidar com a forma como seus serviços podem ser manipulados para espalhar desinformação política em anos de eleições. E revelam ainda como a companhia se prepara para as eleições de 2020 nos EUA, quatro anos depois de ter estado no centro de muitas
MARIELLE – Ainda segundo os relatórios obtidos pelo jornal americano, o Facebook demorou quatro meses para desmantelar uma rede que espalhava desinformação sobre Marielle Franco após o assassinato da vereadora, em março de 2018. A análise do Facebook concluiu que a empresa não foi capaz de descobrir e identificar comportamento suspeito ou desinformação em grande escala após o assassinato da vereadora.
O Facebook não conseguiu identificar comportamentos suspeitos e a divulgação de fake news em grande escala na rede social durante a eleição brasileira do ano passado, de acordo com relatórios da empresa obtidos e publicados nesta sexta-feira, dia 30, pelo jornal americano “The Wall Street Journal”. De acordo com o jornal, a plataforma dependeu de veículos de mídia para identificar questões relativas às eleições presidenciais, porque não tinha desenvolvido ferramentas para uma “detecção proativa” de certos problemas. A empresa de tecnologia não possui ferramentas para detectar conteúdo classificado como fake news, até porque uma empresa privada não deve arbitrar o que é ou não verdadeiro.
O Facebook, porém, possui políticas de combate ao mau uso da rede e toma algumas medidas, como a retirada de perfis falsos da rede, a identificação de aplicativos externos usados para o compartilhamento de postagens em massa na rede social e o aprimoramento das políticas de privacidade. Segundo o The Wall Street Journal, a empresa descobriu também um grupo de direita apoiador de Jair Bolsonaro que encorajava os seguidores no Facebook a usar uma ferramenta externa, que permitia ao grupo publicar informação duas vezes por dia nos perfis dos seguidores.
“VOXER” – Ainda de acordo com o jornal, o documento mostra que o Facebook desconhecia o fato até ser alertado por jornalistas. Segundo a empresa, o aplicativo e todas os post publicados a partir da ferramenta foram excluídos da rede social. Um fonte na companhia informou que o caso foi identificado após reportagem do O Globo mostrar em março de 2018, com exclusividade, que o Movimento Brasil Livre (MBL) passou a publicar conteúdo em massa, usando o perfil de seus seguidores, por meio do aplicativo “ Voxer ”. A ferramenta, que permite compartilhar postagens de forma automática em contas de outros usuários, foi desativada pelo Facebook, após ter sido procurado pelo O Globo durante a apuração da reportagem.
A empresa entendeu que o mecanismo de compartilhamento automático de postagens violava as normas da rede social, porque, além de reproduzir até duas postagens por dia no perfil de cada usuário, permitia que o MBL também redigisse os comentários dos próprios usuários. Por meio da assessoria de imprensa no Brasil, o Facebook informou que a companhia tem feito “progressos significativos no combate a redes coordenadas que usam contas falsas e na luta contra a desinformação”.
“Somente no ano passado, derrubamos dezenas de redes desse tipo em todo o mundo. Nossos sistemas de detecção automatizados estão ficando cade vez mais inteligentes na identificação e remoção de contas falsas, para que possamos operar em escala. Mas estamos cientes de que esse é um desafio contínuo”, diz o Facebook em nota. Segundo o “The Wall Street Journal”, os documentos, partilhados entre os funcionários da empresa, mostram também como o Facebook continua a tentar lidar com a forma como seus serviços podem ser manipulados para espalhar desinformação política em anos de eleições. E revelam ainda como a companhia se prepara para as eleições de 2020 nos EUA, quatro anos depois de ter estado no centro de muitas
MARIELLE – Ainda segundo os relatórios obtidos pelo jornal americano, o Facebook demorou quatro meses para desmantelar uma rede que espalhava desinformação sobre Marielle Franco após o assassinato da vereadora, em março de 2018. A análise do Facebook concluiu que a empresa não foi capaz de descobrir e identificar comportamento suspeito ou desinformação em grande escala após o assassinato da vereadora.
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