Foto: Sergio Lima/Folhapress
A empresária Kátia Rabello, que controlava o Banco Rural,
envolvido no escândalo do mensalão, ganhou uma ação na Justiça das Ilhas
Cayman na qual poderá receber uma indenização de até US$ 400 milhões, o
equivalente a R$ 1,5 bilhão. O maior escritório de advocacia de Cayman,
um paraíso fiscal no Caribe, foi condenado sumariamente por ter violado
a relação de confidencialidade entre cliente e advogado. O Walkers
revelou que Kátia era a beneficiária final de uma empresa offshore
envolvida em irregularidades no Brasil. Paraísos fiscais são países que,
além dos impostos baixos, adotam legislação que dificultam saber quem é
o verdadeiro dono do negócio. A Justiça de Cayman decide primeiro o
mérito de uma ação para depois calcular o valor da indenização, o que
deve ocorrer nos próximos meses. O pedido de Rabello é de US$ 400
milhões, segundo dois advogados de Cayman ouvidos pela reportagem da
Folha. Kátia, que foi presa em 2013, estava em liberdade condicional
desde 2017, quando o condenado fica solto, mas com horários para
recolhimento domiciliar e limitações de viagens. Ela foi beneficiada
pelo indulto natalino concedido pelo ex-presidente Michel Temer em
dezembro de 2017 e aplicado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF
(Supremo Tribunal Federal), em junho passado. Com isso, teve extintas as
penas de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição
financeira e evasão de divisas.
Folha de S.Paulo
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