A guerra contra a pobreza, iniciada pelo presidente Lyndon Johnson ainda
nos anos 1960, só agravou o problema e criou uma cultura de desestímulo
ao trabalho, alerta Genevieve Wood, em artigo publicado pela Gazeta do Povo:
Quando o presidente Lyndon Johnson lançou seu programa Guerra à
Pobreza, na década de 1960, ele prometeu eliminar a pobreza dos Estados
Unidos.
Mais de cinco décadas mais tarde, vários programas assistencialistas e
US$25 trilhões depois, o sistema de bem-estar social fracassou.
A taxa de pobreza continua praticamente a mesma e dezenas de milhões de norte-americanos dependem da ajuda do governo.
Hoje, os Estados Unidos gastam cerca de um trilhão de dólares por ano
em 80 programas assistencialistas federais, estaduais e municipais
diferentes.
Cerca de 40 milhões de norte-americanos são considerados pobres. Se
tivéssemos dividido esse US$1 trilhão entre 40 milhões de pessoas,
poderia ter dado a cada uma delas aproximadamente US$25 mil por ano – ou
US$100 por ano, para famílias de quatro pessoas.
Estamos claramente gastando muito dinheiro, então por que não conseguimos acabar com a pobreza?
Nosso sistema de bem-estar social desestimula o trabalho. Ele
desestimula as famílias a permanecerem unidas. E estimula a dependência
do governo.
Em outras palavras, o assistencialismo faz com que os pobres continuem pobres.
Em muitos casos, o assistencialismo prejudica aqueles que deveria ajudar, sobretudo as crianças.
Por que isso aconteceu?
À medida que os benefícios assistenciais aumentaram, com o passar dos
anos eles também funcionaram como uma alternativa de renda para os
trabalhadores com filhos.
E à medida que o pagador de impostos se torna o provedor das
famílias, isso leva muitos homens a abandonarem suas responsabilidades,
deixando cada vez mais mulheres como as chefes de lares com apenas um
dos pais.
Por outro lado, as mães solteiras são desestimuladas a se casarem com
os pais de seus filhos porque isso reduz os benefícios delas.
Infelizmente, o ciclo se perpetua até hoje, já que muitas crianças
que crescem com ajuda assistencialista acabam por seguir os passos dos
pais quando formam suas próprias famílias.
Então o que temos de fazer?
Primeiro, temos que entender que o problema com o sistema atual é que
ele desestimula o trabalho. O trabalho é a forma mais rápida e
eficiente de se sair da pobreza e prosperar.
Programas assistencialistas deveriam ser criados para dar uma ajuda
temporária, ao mesmo tempo estimulando os beneficiários hábeis a
encontrarem trabalhado e ganharem o próprio sustento.
Em estados que implementaram limites de tempo e exigências de que o
beneficiário procure emprego, esses beneficiários contaram com
treinamento, encontraram emprego e aumentaram suas rendas drasticamente.
Eles também abandonaram os programas assistencialistas.
Depois, temos de continuar a gerar empregos que ajudem os beneficiários a fazerem a transição.
Como vimos nos últimos anos, a redução de impostos individuais e
empresariais e a diminuição das regulamentações que prejudicam o
crescimento dos negócios são fundamentais para se criar empregos em
massa, para se gerar altos níveis de emprego e para aumentar os salários
dos trabalhadores.
A maioria dos norte-americanos quer uma rede de segurança que ajude
aqueles que mais precisam e quer ajudar os pobres a encontrarem um
trabalho.
Aprendemos, depois de décadas de experiência, que jogar mais dinheiro
na pobreza não acaba com ela. A ajuda temporária, o treinamento
profissionalizante, o crescimento da economia e o estimulo à
autossuficiência sim.
Se vamos travar uma guerra contra a pobreza da próxima geração, vamos travá-la com mais inteligência.
Genevieve Wood propõe prioridades políticas na Heritage Foundation como colaboradora do Daily Signal.
© 2019 Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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