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Presidente também falou sobre caso Adélio Bispo, comparando-o com o caso Celso Daniel
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta, 31, que não há
quebra de decoro em suas falas sobre a morte de Fernando Santa Cruz, pai
do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe
Santa Cruz. “Não tem quebra de decoro, quem age dessa maneira perdeu o
argumento. A história tem dois lados e não pode valer um lado só”,
disse. Bolsonaro ainda repetiu que “não tem verdade nenhuma” nas
revelações da Comissão da Verdade, criada pela então presidente Dilma
Rousseff para apurar crimes cometidos durante a ditadura militar.
“Alguém acredita que o PT está preocupado com a verdade? Quando falaram
em ‘comissão da verdade’ todo mundo riu do nome”. Na segunda, Bolsonaro
disse que poderia “contar a verdade” sobre como o pai de Santa Cruz
desapareceu na ditadura militar. “Um dia, se o presidente da OAB quiser
saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto pra
ele. Ele não vai querer ouvir a verdade”, disse. Bolsonaro questionava a
atuação da OAB ao falar das investigações sobre Adélio Bispo,
responsável pela facada contra o presidente no ano passado, durante a
campanha eleitoral. Adélio foi considerado inimputável pela Justiça por
transtorno mental. O presidente não recorreu. Nesta quarta, ele
comparou Adélio Bispo ao prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel,
assassinado por “queima de arquivo”. “A defesa de Adélio fez a opção de
passá-lo por maluco, mas ele tem a chance de falar agora”, disse o
presidente, afirmando que está disposto a conversar com ele “ou com
algum familiar seu”. Bolsonaro afirmou ter preocupação que Adélio tenha o
mesmo destino do então prefeito da cidade de Santo André, no ABC
Paulista, assassinado em janeiro de 2002. “Estou dando uma chance porque
ele está condenado, então tem que ser rápido porque o caso Celso Daniel
foi muito rápido, foram nove vítimas executadas por queima de arquivo
no processo todo”, disse Bolsonaro. O presidente ainda associou o ataque
de que foi vítima e o assassinato de Celso Daniel “à esquerda”.
Estadão
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