Foto: Agência Estado
Ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado
A força-tarefa da Operação Lava Jato divulgou nesta quarta, 3,
nova denúncia criminal contra o ex-presidente da Transpetro Sérgio
Machado e o operador financeiro Paulo César Chafic Haddad, por lavagem
de dinheiro e corrupção passiva e ativa. Segundo a acusação, pelo menos
R$ 13,5 milhões foram pagos em propina para garantir o direcionamento de
negócio em favor das empresas Noroil Empresa de Navegação Ltda. e
Vilken Hull. A denúncia, divulgada nesta quarta, 3, foi levada à Justiça
Federal em abril. Segundo os procuradores da Lava Jato, ‘ao longo da
investigação ficou comprovado que, da mesma maneira que foi demonstrado
na Petrobrás, o esquema criminoso de pagamentos de propina se estendeu
para a Transpetro’. Sérgio Machado, então presidente da subsidiária,
indicado e mantido no cargo por integrantes do MDB, tinha a função de
arrecadar propinas para seus padrinhos políticos, sustenta a
Procuradoria. “Em contrapartida ao pagamento de vantagens indevidas, ele
promovia o direcionamento de contratações e repassava informações
sigilosas a fim de beneficiar determinadas empresas”, diz a denúncia.
Segundo a acusação, entre fevereiro e agosto de 2010, ‘Machado
solicitou, para si e para integrantes do MDB, R$ 11,9 milhões em propina
para garantir a contratação da Noroil pela Transpetro’. “Nesta ocasião,
além de praticar atos de ofício irregulares, o então presidente da
subsidiária forneceu a Paulo Haddad, representante da Noroil,
informações sigilosas sobre a proposta apresentada pela empresa
concorrente na disputa”, diz o Ministério Público Federal. Em outra
ocasião, entre julho de 2011 e janeiro de 2012, Machado ‘solicitou
novamente propina a Paulo Haddad, desta vez representando a empresa
Viken Hull (que pertence a holding Viken Shuttle A.S), na importância de
cerca de R$ 1,6 milhão para garantir a contratação do navio Suezmax
pela Transpetro, pelo prazo de dez anos’.
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