BOCÃO NEWS
01 de Julho de 2019 às 10:37 Por: José Medrado*
Li,
recentemente, um interessante material de pesquisa, de estudo a que me
reporto aqui, motivado pela tragédia que matou um pai de família,
fazendo um rapaz influenciador digital ser preso. Busca-se, através das
redes sociais caminhos para se chegar à fama, o dinheiro e o
reconhecimento. As pessoas têm se travestido de tudo, ainda que não
guardem formação em quase nada do que se lançam. Viaja-se na onda
reinante. É preciso ter centenas de seguidores, para se sentir
valorizado, se não tem, compra-se. As pessoas se tornam consultoras de
tudo. Começa, assim, os problemas de desajustes, aos não preparados, ou
que inebriados pela força dos likes passam a se achar pessoas acima da
vontade do outro, muitas vezes não se dando limite em nada. Um dos
instintos que ainda são básicos em nossas vidas é o da aceitação,
buscamos ser aceitos, como forma de preservação (herança do nosso
processo evolutivo), desta forma trabalhamos sempre o pertencimento. Os
nossos antepassados se protegiam em seus grupos, nós em nossas redes.
Muitos estão se viciando, afirmam alguns estudos, na vida nas redes sociais, principalmente os jovens. Os likes funcionam como mecanismo de recompensa cerebral, como se desse um beijo em alguém. Aí é que reside o problema: a não separação do virtual para o real. Muitos que vivem o glamour de milhares de seguidores não se dão conta que na vida real, eles podem não ser os influenciadores que se sentem. Assim, a frustração, a impotência diante dos fatos reais podem gerar um grande vazio, uma grande revolta com as pessoas no seu entorno.
Tem assim, surgido grandes quantidades de problemas de convivência e o seguir regras, pois sendo tratadas diferentemente do que acham que deveriam, no mundo real, aparece o FOMO (fear of missing out ou, em português, medo de ficar por fora), gerando “lutas”, “brigas” por conquistas de likes-aceitação.
Crianças têm se matado para provar que são capazes de ir adiante em desafios, adultos tentam seus limites...Infelizmente, até vidas estão se perdendo neste delírio da intolerância, do posso tudo porque sou, alguns pensam, digital influencer.
*José Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal. Escreve para o BNews às segundas-feiras.
Muitos estão se viciando, afirmam alguns estudos, na vida nas redes sociais, principalmente os jovens. Os likes funcionam como mecanismo de recompensa cerebral, como se desse um beijo em alguém. Aí é que reside o problema: a não separação do virtual para o real. Muitos que vivem o glamour de milhares de seguidores não se dão conta que na vida real, eles podem não ser os influenciadores que se sentem. Assim, a frustração, a impotência diante dos fatos reais podem gerar um grande vazio, uma grande revolta com as pessoas no seu entorno.
Tem assim, surgido grandes quantidades de problemas de convivência e o seguir regras, pois sendo tratadas diferentemente do que acham que deveriam, no mundo real, aparece o FOMO (fear of missing out ou, em português, medo de ficar por fora), gerando “lutas”, “brigas” por conquistas de likes-aceitação.
Crianças têm se matado para provar que são capazes de ir adiante em desafios, adultos tentam seus limites...Infelizmente, até vidas estão se perdendo neste delírio da intolerância, do posso tudo porque sou, alguns pensam, digital influencer.
*José Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal. Escreve para o BNews às segundas-feiras.
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