sábado, 1 de junho de 2019

Brasil é o país de maior potencial de crescimento, mas seus governantes atrapalham



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Charge do Bruno Galvão (Arquivo Google)
Carlos Newton
Essa disputa político-ideológica que atinge atualmente o Brasil e outros países só interessa às classes mais privilegiadas, que incluem não somente a elite do empresariado e seus executivos, como também a nomenklatura dos três Poderes e seus quadros acessórios. Na verdade, a disputa ideológica é uma enganação.
DESIGUALDADE – Na França, por exemplo, os levantes organizados pelos coletes amarelos  não terão reflexo algum no que verdadeiramente interessa – a desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres, ou a diferença entre os maiores e os menores salários.
É ridículo rotular os participantes dessa disputa como comunistas, liberais, capitalistas, democratas, socialistas, conservadores ou progressistas, nada disso interessa, porque as ideologias já morreram, esses militantes estão sendo usados para que, na essência, nada mude, exatamente como está ocorrendo no Brasil, com manifestações que não servem para nada.
CRIATIVIDADE – O fato concreto é que todos os grandes ideólogos da humanidade acabaram tendo desmentidas as suas teorias. Nenhuma delas resistiu à criatividade do dia a dia dos homens. Para ficarmos nos extremos, nem o comunismo de Marx e Engels nem o capitalismo de Adam Smith e Milton Friedman podem ser levados a sério na atual etapa da evolução humana. É preciso adaptar essas teorias aos dias de hoje, mas os fanáticos ideológicos não o fazem.
Chega a ser ridícula a ressurreição da extrema-direita em várias nações, inclusive no Brasil, ainda há quem acredite no poder mágico do liberalismo radical, a pobreza intelectual dessa gente chega a ser constrangedora.
Os países com melhor qualidade de vida são os nórdicos, que  conseguiram aproveitar o que há de melhor no capitalismo e no socialismo. Com essa hábil alquimia ideológica, conseguiram um patamar civilizatório mais avançado, mas ainda enfrentam graves problemas.
CONFLITOS SOCIAIS – Os países nórdicos têm conflitos internos, devido à necessidade de atrair imigrantes para fazer os serviços pouco qualificados na escala profissional. Como suas populações estão se reduzindo e não se miscigenam com os imigrantes, o resultado é que se formaram  guetos étnicos nas cidades, onde nem a Polícia consegue entrar, como acontece em Estocolmo, capital da Suécia.
Em tradução simultânea, isso significa que ainda não há paraíso na Terra. Há apenas algumas ilhas da fantasia, que protegem suas populações e marginalizam os forasteiros. Por isso, as desigualdades sociais permanecem. 
NADA MUDA –Aqui na sucursal Brazil, Jair Bolsonaro foi eleito para fazer um país grande, como aconteceu com Donald Trump na matriz USA. Acontece que lá é mais fácil, porque o governo opera em dólar, a moeda que ainda domina o mundo, embora esteja começando a entrar em decadência.
Assessorado por Paulo Guedes, que ainda acredita em Adam Smith e Milton Friedman, o presidente Bolsonaro vai vender todas as estatais, e não irá acontecer nada de bom ao país.
Guedes parece um disco rachado, fica repetindo que a reforma da Previdência vai resolver tudo. É uma tremenda ilusão. Diante do despreparo de Guedes em conduzir a economia, dá até para sentir pena dele, que se tornou o retrato do “inocente útil”, que Bolsonaro, em sua falta de cultura, chama de “idiota útil”, ao denominar aqueles que defendem teorias equivocadas.

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