sexta-feira, 31 de maio de 2019

PF realiza maior apreensão de skunk em Recife desde 1958


Três pessoas foram presas em flagrante com a maior quantidade de skunk (uma espécie de maconha com maior teor de substâncias entorpecentes) já apreendida pela Polícia Federal (PF) em Pernambuco desde a inauguração do Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, em 1958. Foram apreendidos 22 quilos da droga em poder de Nicolas Cordeiro Cidade, 20 anos, Kaio de Oliveira Costa, 22 anos, e a itabunense Aniellen Pereira Batista, 23 anos. O trio tentava transportar a droga até Itacaré, na Bahia. As prisões foram realizadas na manhã da terça-feira (28). Os suspeitos foram conduzidos para a Superintendência da Polícia Federal no Recife, onde foram autuados. Todos foram encaminhados para audiência de custódia. De acordo com a PF, o entorpecente foi percebido durante a inspeção feita com o aparelho de raio-X. Os 22 pacotes estavam escondidos sob as roupas dos suspeitos. Além do skunk, também foram apreendidos uma pequena quantidade de haxixe e ecstasy embaladas a vácuo, documentos e quatro aparelhos celulares.
“Em interrogatório, dois dos presos informaram que foram contratados por um presidiário em Manaus, no Amazonas, e outro por um desconhecido, também de Manaus, durante contato pelo WhatsApp. Nenhum deles deu maiores detalhes sobre quem os contratou para transportar a droga”, informou Giovani Santoro, assessor da PF. Segundo Giovani, os três afirmaram que cada um ganharia R$ 3 mil pelo serviço.Todos alegaram que a motivação para transportar drogas foi devido à situação financeira. O voo com os trio saiu de Manaus e fez escala em Recife, para seguir para Ilhéus. Ao desembarcarem, realizariam trajeto por via terrestre até Itacaré, onde a droga seria entregue aos traficantes. Esta já é a sexta apreensão de drogas no Aeroporto dos Guararapes no ano de 2019. Até o momento, 11 pessoas foram presas, sendo quatro homens e seis mulheres. Desde janeiro, foram apreendidos 22 quilos de cocaína e 24,5 de skunk no local. O skunk é plantado em ambiente controlado, o que permite que a planta tenha maior concentração do tetrahidrocanabinol, ou THC, substância psicoativa responsável pelos efeitos alucinógenos. Normalmente, a concentração de THC nos tipos comuns de maconha varia entre 2% e 4%. Já no skunk, há entre 14% e 15%, da substância, mas já foram apreendidos tipos com até 30% de THC, o que torna esse tipo de maconha ainda mais prejudicial. Os efeitos do skunk são os mesmos da maconha, porém muito mais intensos. (OP9)

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