Coluna diária de Alexandre Garcia, via Gazeta do Povo:
A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) – aquela que promovia
manifestações com balões de políticos e está sendo processada pelo
ministro Ricardo Lewandowski – está entrando nesta segunda-feira com uma
ação popular contra o Supremo.
Essa ação é para o Supremo explicar o porquê está comprando camarão
ao vapor, medalhões de lagosta com manteiga queimada, bacalhau à Gomes e
Sá e os melhores vinhos. Tudo isso vai custar R$ 1,34 milhão.
Por coincidência, esse é o dinheiro que o imposto de renda me tirou
no governo Lula. O ex-secretário da Receita Everardo Maciel me contou
que seria uma encomenda para calar a boca. E eu disse: “Não faz mal. Eu
vou pagar, mas não vou calar a boca”.
Estavam me cobrando de novo o que eu já tinha pago na minha empresa
dizendo que eu devia ter pago na pessoa física. Enfim, já está pago. Só
que eu não esqueço, é muito dinheiro.
E por coincidência é o mesmo valor dos medalhões de lagosta do
Supremo. Será não vão usar o meu dinheiro que entrou lá atrás para tudo
isso? Teoricamente é possível.
Reunião de presidentes
O presidente da República e o presidente da Câmara, ou seja, o
presidente de dois poderes tiveram encontros sábado e domingo para falar
sobre a reforma da Previdência e a agenda a da Câmara nos projetos como
o Pacote Anticrime – anticrime de chinelo e anticrime de colarinho
branco, os assaltos, a ladroagem, os homicídios; e a corrupção.
O fato é que temos que tornar a lei mais séria. Com lei e sentença
que vão ser cumpridas de fato, e não o sujeito botar uma tornozeleira e
ir para casa. Aí é brincadeira. As pessoas fazem o balanço: “Será que
vale a pena que roubar R$ 5 milhões e ficar dois anos na cadeia? Ah,
vale. Porque depois eu vou gastar meus R$ 5 milhões”. Isso tem que
acabar.
Tem que acabar também o bandido tripudiando sobre a Polícia com arma
na mão. Não dá. Inimigo de arma na mão no front está querendo levar
chumbo.
Finalmente vai acabar o monopólio da Petrobras
Eu estive ao vivo por 23 minutos no Jornal Nacional na votação do
Congresso em 1997, em que teoricamente acabou esse monopólio. Mas já faz
mais de 20 anos e na prática não acabou. Na prática a Petrobras faz o
preço do combustível, portanto, é um cartel.
Daí os problemas com os caminhoneiros, o preço do gás manipulado em
outros governos de populismo dando prejuízo para a Petrobras.
Agora, sobretudo, a Petrobras, que era para ser do povo, era de
partidos políticos que estavam no governo. Foi usada na corrupção e na
propina para encher o bolso de políticos e cofres de partidos políticos.
Agora a Petrobras anunciou que vai vender 9 das 13 refinarias que
possui por R$ 15 bilhões. Vai baixar a economia de mercado sobre o setor
de combustíveis: cada refinaria vai ter um custo, vai ter o seu preço e
as pessoas vão escolher onde vão abastecer.
Não será mais aquela coisa de preço único na fonte. Já os impostos
diferentes dependendo dos estados é outra coisa que precisa ser
unificada.
Um alerta e uma novidade
O mundo está mudando muito rápido, em progressão geométrica – e a
gente vai ainda em passo de tartaruga. Empregos, por exemplo: temos 13
milhões de desempregados, mas temos um novo tipo de atividade rentável.
Já são 3,8 milhões de pessoas autônomas vinculadas à projetos
moderníssimos como Uber e iFood. Os dois juntos são os maiores
empregadores do país. Eles empregam 35 vezes mais gente que a maior
folha de pagamento estatal, os Correios.
As pesquisas estão mostrando que são 24 milhões de brasileiros
autônomos, com algum tipo de vínculo, mas não tem aquela história de
carteira assinada, de recolher isso e aquilo, e burocracia.
É uma novidade que a gente precisa ficar atento: as novas profissões,
as novas atividades e também as novas formas de renda do indivíduo e da
família. Fica esse registro da mudança.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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